Prosseguimos nossa viagem através de Mateus, capítulo 14.
Por esse tempo, Herodes, o tetrarca, assim chamado por ser o governador da quarta parte de uma região, ouviu falar de Jesus. Achou que era João Batista ressuscitado dos mortos.
A última vez que soubemos dele, foi quando perguntou a Jesus se era o que havia de vir ou não. Agora, Mateus relata a sua morte. http://www.espalhandoasemente.com/2017/11/jesus-nos-chama-aprender-com-ele.html
Herodes mandou prender e amarrar (o texto fala desse jeito) João, colocando-o na prisão, por causa de Herodias. Será que tudo isso era medo? Prender e amarrar um homem que não andava armado, que apenas falava a verdade.
Herodias era mulher de Filipe, irmão de Herodes, que morava em Roma. E Herodes a tomou como sua esposa.
João Batista, sempre falo, é um dos meus preferidos. Amo. De paixão.
Esse homem, cheio de ousadia e verdade, disse a Herodes, o tetrarca: “Não te é permitido viver com ela”.
Herodes desejava matá-lo. João era a Voz que lhe dizia a verdade, que lhe lembrava quem era. E não era nada agradável. Herodes, quero nos lembrar, o tetrarca, tinha medo de João, o batista, porque o povo o considerava profeta.
No aniversário de Herodes, a filha de Herodias dançou e agradou a todos. Herodes lhe prometeu o que quisesse, e ela, influenciada por sua mãe, pediu a cabeça de João Batista, em uma bandeja. Interessante perceber que Herodes ficou aflito, mas por causa do juramento e dos convidados, mandou matar João e o apresentou numa bandeja. Não era comprometido com a verdade ou com a justiça. Era comprometido com sua reputação. Apenas.
Os discípulos de João sepultaram-no e foram contar a Jesus. Quando Jesus ouviu o que havia acontecido, retirou-se de barco, em particular, para um lugar deserto.
Quero chamar nossa atenção para algumas coisas. A primeira é a influência que podemos, e temos, sobre as pessoas. A filha de Herodias, podia pedir o que quisesse. Quem sabe, que lhe fosse construído um palácio, ou que se casasse com algum nobre guerreiro interessante. Foi influenciada, por sua mãe, a pedir a cabeça de João Batista.
Herodias deveria ser um instrumento positivo de influência para a filha. Usou a filha para ser um instrumento da sua vingança.
Que tipo de influência temos sido?
João, o Batista, tinha total conhecimento de quem era. A voz. E como voz, não se calava. Denunciava a mentira, proclamando a verdade. Não importava a quem doesse. Como dizem por aí, ele “dava nome aos bois”. Não temia a verdade. Era comprometido com ela, a ponto de morrer.
Com o que somos comprometidos?
Herodes tinha medo de João porque o povo o considerava profeta. Acreditou que Jesus era João ressuscitado. Mas ficou por aí. Não se aprofundou. Não desejou realmente saber quem era um e quem era outro. Apenas informações superficiais, que não provocam qualquer mudança.
Temos procurado conhecer a verdade?
E como tem sido nosso julgamento com relação ao sucesso ou não das pessoas que nos cercam? João não escreveu um livro, não teve um filho, provavelmente não plantou uma árvore. Não empreendeu um negócio. Pertencia à linhagem dos sacerdotes, mas não servia no templo. Era a voz. Que proclamava a verdade no deserto. Estava no lugar que o Senhor o colocou. Não onde os homens acreditavam que devia estar. Cumpriu seu propósito.
Jesus testemunhou sobre ele, dizendo que “dos nascidos de mulher, ninguém foi maior que João”, Mateus 11.11 http://www.espalhandoasemente.com/2017/11/joao-o-batista.html; http://www.espalhandoasemente.com/2016/04/joao-batista-em-um-dia-ruim.html
Qual testemunho Jesus daria de mim? E de você?
De quem temos dado testemunho?
E quanto à filha de Herodias, seja qual seja seu nome? A quem temos pedido conselhos? Analisamos os conselhos recebidos ou nem pensamos a respeito? Saímos logo pedindo a cabeça de João Batista na bandeja, nos deixando ser manipulados?
Quem são nossos conselheiros? http://www.espalhandoasemente.com/2016/03/quem-sao-os-meus-conselheiros.html
Ao ouvir sobre a morte de João, Jesus se retirou para um lugar deserto. Façamos o mesmo. Pensemos um pouco.
Como temos nos posicionado? Como João? Como Herodes? Como Herodias? Como sua filha? Quem dará testemunho de nós? Como será esse testemunho? Cumpriremos nosso propósito como João cumpriu?
Amanhã prosseguimos viagem. Hoje, pensemos. Talvez precisemos tomar algumas posições. Ou retomar. Ou alterar.
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