domingo, 12 de junho de 2016

Josué, uma semente no deserto

Vamos caminhar um pouco pelas páginas da história de Josué e aprender com ele?

Era escravo no Egito. Foi libertado pelo Senhor, como todos os israelitas. Presenciou as maravilhas que o Senhor operou para libertar o povo de Israel. Viu o Mar Vermelho se abrir. Como todos os outros.

Teve sede como todos. Teve que acampar em Mara. Viu água saindo da rocha. Chegou a Elim.

Passou exatamente por tudo que os outros passaram. Fez escolhas diferentes.

Servia a Moisés. Subiu o monte com ele. E em Êxodo 33.11, vemos que não se afastava da Tenda do Encontro. Mesmo quando Moisés voltava ao acampamento, continuava lá. Tinha sede de Deus. De estar no lugar onde o Senhor aparecia. Estar em Sua presença.

Durante a caminhada pelo deserto, diversas rebeliões se levantaram. Josué permaneceu fiel. Não participou de nenhuma.

Ao longo desta caminhada, foi sendo forjado por Moisés e por Deus a ser um líder. Vendo Moisés agir. Ouvindo o Senhor. Gastando tempo na Tenda do Encontro. Um passo de cada vez.

Quase não ouvimos falar dele, exceto um detalhe aqui, outro ali. Como uma semente escondida na terra e crescendo, crescendo. Silenciosamente. Secretamente. Solitariamente. Regada pelo Senhor. Fortalecida por suas escolhas.

Foi escolhido para ser um dos doze espias e “conferir” se a terra era de fato boa. Com os outros onze homens, explorou aquela terra, por quarenta dias. Viu tudo que os outros viram. Mas diferente dos outros dez, junto com Calebe, afirmou que a terra era excelente e que o Senhor a daria, como havia prometido. Viu os gigantes, as cidades fortificadas, mas afirmou, com toda certeza, que o Senhor era com eles, e conquistariam a terra.

Quando o Senhor está prestes a recolher Moisés, informa que Josué será aquele que levará o povo de Israel a tomar posse da terra.

Todos os homens de guerras, soldados e guerreiros que saíram do Egito, tombaram no deserto, exceto Josué e Calebe. Guerreiros. Saíram do Egito. Morreram no deserto.

O deserto não é lugar para a morte de guerreiros. É lugar de treinamento. De crescimento. Não de morte. Mas quantos guerreiros são derrotados e morrem em suas areias! Tragicamente.

Qual o segredo de Josué? Quarenta anos no deserto. Permaneceu na presença do Senhor. Sabia quem Yahweh era. Sabia quem ele era. E para onde estava indo. Seus olhos estavam na terra que havia sido prometida.

O deserto era real. Era o seu dia a dia. Josué acordava, olhava em volta. Acampamento. Areia, pó e pedras.

Mas a terra que havia sido prometida também era real. Mesmo que não estivesse vendo. Seus pensamentos estavam na terra que manava leite e mel. Permaneceu fiel. A Yahweh e Suas promessas. Olhava o seu futuro.

Podemos estar vivendo no deserto. Atravessando-o. Dormindo e acordando nele. Ainda que sejamos, como Josué, daqueles que não se apartam da Tenda do Encontro. Que não participam de rebeliões. Que servem com lealdade. Que validam a Palavra do Senhor. Que animam o povo a prosseguir. A crer. Mas precisamos crer que será apenas o tempo que precisamos para sermos forjados. E nos tornarmos os líderes que levarão o povo do Senhor a tomar posse de sua terra, de seu futuro.

Que aprendamos com Josué, a crer nas promessas do Senhor. A ter um coração submisso. A não permitir que nenhuma raiz de amargura cresça e estrague a semente que está sendo germinada junto ao Senhor, no secreto, no solitário, na Tenda do Encontro. Nós e Ele. Ele e nós.

Em breve, ainda que consideremos um longo tempo, estaremos tomando posse das promessas que o Senhor tem para nossas vidas. Abençoando e liderando pessoas a fazerem o mesmo.

Que caminhemos em obediência, gratidão e expectativa. A cada dia.

Muito ainda temos pela frente e precisamos ouvir atentamente o que o Senhor tem a nos ensinar.

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