segunda-feira, 6 de março de 2023

Juízes 7.1-25

Leitura do dia 06/03.

Já lemos que quando Gideão viu o Senhor, adorou, construiu um altar, derrubou o altar de Baal, o poste de Asera e ofereceu um holocausto, os inimigos vieram do leste e se reuniram no Vale "O Senhor Semeia". Parece um paradoxo. Mas como ter vitória se não houver um embate? http://www.espalhandoasemente.com/2019/03/juizes-61-40.html

É agora. O Senhor vai dizer a ele COMO vencer os midianitas.

Ao raiar do dia, Gideão e seu exército estão acampados. Prontos para a guerra. O Senhor fala a Gideão que o povo que está com ele é numeroso demais. Venceriam e se encheriam de soberba, acreditando que foi a força deles e não do Senhor que os fez vencer. Ele ordena a Gideão que passe o exército em revista. Os que estiverem com medo, devem voltar. E que observem do monte Gileade. Observem! E aprendam! E deixem de ser covardes a partir dessa observação. 

Fico pasma! Vinte e dois mil homens, que haviam atendido ao chamado para a guerra, voltam. Com medo. Ficaram apenas dez mil homens. E o vale de Jezreel está forrado de inimigos. 

O Senhor diz a Gideão que ainda é muita gente. Ordena que todos desçam à beira da água. Lá, o próprio Senhor irá provar os homens para Gideão. E lhe dirá quem deve ir e quem deve ficar. A prova é simples. "Que todos bebam água. Separa quem beber lambendo igual a um cachorro. Quem se ajoelhar para beber, separa do outro lado."

 Gideão separa. O número dos que se ajoelharam é muito maior. Ficou muito fácil para contar. Somente trezentos bebem a água como cachorro. Consegue perceber a sabedoria nesse teste? Os trezentos já estavam em guerra. Prontos para a batalha. Atentos. Alertas. Os outros, não. E o Senhor fala a Gideão que entregará os midianitas em suas mãos, com esses trezentos. Eram trinta e dois mil homens, agora somente trezentos. Os trezentos ficaram com as provisões dos que foram embora e suas trombetas. Não se fala em armas. 

Naquela noite o Senhor ordena que Gideão desça ao vale e ataque os midianitas. Mas se ainda tem medo de ir ao ataque, que desça com seu servo até o acampamento do inimigo e escute. "Escuta o que dizem. Você ficará animado e terá coragem para atacar."

Gideão e Purá, seu servo, descem ao posto avançado do acampamento inimigo. O povo ali reunido era como grandes nuvens de gafanhotos. Como a areia do mar. Não se podia contar.

Gideão chega ao acampamento no exato momento em que um homem contava ao seu companheiro um sonho. Um pão de cevada rolava para dentro do acampamento. Batia com força em uma tenda. Ela caía, virava ao avesso e ficava estendida na terra. Seu companheiro afirma que só pode haver uma interpretação para o sonho. "Isto quer dizer que Deus entregou os midianitas e todo o acampamento nas mãos de Gideão!" Assim que Gideão ouviu, ajoelhou-se e glorificou ao Senhor. Como não fazê-lo?

Imediatamente voltou ao acampamento de Israel e bradou, cheio de fé e coragem. Animado como o Senhor afirmou que ficaria: "Levantai -vos, porque o Senhor entregou todo o arraial dos midianitas em nossas mãos!"

Antes do COMO, o Senhor, de alguma forma, nos faz saber que está conosco. Nos fala de várias maneiras, a mesma mensagem, "sou contigo". O Senhor fala conosco como e quando quer. Nosso primeiro passo é a obediência. Muitas vezes, antes do COMO, precisamos saber com quem. Os covardes não devem ser nossa companhia. Mas, nem todos os corajosos estão preparados para a guerra. É preciso coragem e atenção. Já estamos em guerra. Não é amanhã que devemos estar prontos. É hoje. O inimigo pode atacar de qualquer lado, a qualquer momento. Precisamos estar alertas. "Sede sensatos e vigilantes. O diabo, vosso inimigo, anda ao redor como leão, rugindo e procurando a quem devorar." - I Pedro 5.8 Não podemos nos distrair, mesmo quando formos beber água! 

Não importa se você está malhando trigo num tanque, morrendo de medo dos midianitas. Se Ele disse que você é corajoso, acredite. Você é. Obedeça, derrube os altares e ídolos. Adore e ofereça sua vida e suas ofertas apenas ao Senhor. Seja cheio do Seu Espírito e conclame todo o povo para a guerra. Mas tenha a humildade e sabedoria de obedecê-Lo. Não leve os covardes, mesmo que tenham atendido ao seu chamado. Não leve os desatentos, mesmo sendo corajosos. Leve os que forem testados pelo Senhor. Apenas estes. Mesmo que sejam poucos. Mesmo que seja impossível. O Senhor é contigo. 

Só posso fazer dupla com Paulo e dizer: "A que conclusão, pois, chegamos diante desses fatos? Se Deus é por nós, quem será contra nós?" - Romanos 8.31

Podemos até não saber COMO, mas estamos certos que ele vencerá. Obediência sempre move o coração de Deus. 

Então, vejamos: Seu exército: Trezentos guerreiros, corajosos e atentos. Sua distribuição: Três pelotões com cem soldados cada. Suas armas: Trombetas em uma mão e jarros com tochas dentro, na outra. Sua ordem: "Olhem para mim. O que eu fizer, façam exatamente igual." O momento da ação: Quando ele estivesse chegando à fronteira do acampamento. A posição: Gideão à frente de um dos pelotões. E os outros dois pelotões ao redor do acampamento. Seu grito de guerra: "À espada, por Yahweh e por Gideão." (Mas, não há nenhuma espada). Sua ação: Tocar as trombetas e bradar o grito de guerra como se fossem uma só voz. Depois, todos deveriam ficar imóveis. O horário da ação: Um pouco depois da meia-noite, após a hora da vigília, quando as sentinelas fossem trocadas. O fim da ação: Após o toque das trombetas, o despedaçar dos jarros com as tochas dentro e o grito de guerra, deveriam manter-se imóveis, cada um no seu lugar, ao redor do acampamento.

Sim, Gideão era um homem corajoso! Enxergo aqui, um homem que confiou ao Senhor a escolha de seus guerreiros, de acordo com os Seus critérios. Não o vejo choramingando por suas armas. Trombetas e tochas. O Senhor era com ele. E a espada estava no grito de guerra daquele exército. Enxergo um valoroso guerreiro, aos brados, afirmando ao seu exército, que o Senhor havia entregue o inimigo em suas mãos, antes da guerra, de fato, ter acontecido.

Recordo que o inimigo era uma multidão que não podia ser contada, espalhada pelo imenso Vale de Jezreel.

Enxergo um líder que vai à frente do seu exército. Um homem que tem a ousadia de dizer: "Olhem para mim. Façam exatamente o que eu fizer." Enxergo um homem confiando no Senhor. "Faremos nossa parte, em seguida ficaremos imóveis e Ele fará a parte dEle." Sem nenhum plano "b". Sem nenhum desespero no "e depois, faremos o quê?"

Enxergo um exército confiável. Que segue seu líder. Que acredita em sua palavra. Que confia em sua estratégia. Que olha para seu líder e não para as circunstâncias e o imenso exército inimigo espalhado por todo o vale. Homens dignos de honra.

E qual o resultado disso? O arraial dos midianitas virou uma agitação só. E, gritando, todos fugiram. Completamente desesperados. Pois enquanto, exatamente enquanto os trezentos homens soavam suas trombetas, o Senhor fez uma confusão em todo o acampamento inimigo. Cada um levantou sua arma contra o seu companheiro. E fugiram apavorados!

Não havia possibilidade de ser diferente, depois de uma entrega tão completa. Trezentos. Contra milhares.

A obediência sempre move o coração de Deus.

Recordo-me de uma frase por mim ouvida inúmeras vezes: "Um com Deus é maioria, dois é covardia." - Marcos de Souza Borges, Coty

Pelo menos dois deles tinham certeza de que seriam derrotados pelo Deus de Gideão. O que sonhou e o que interpretou. Imagino a gritaria, o desespero! Então, o Senhor ainda os confunde e eles se atacam, uns aos outros. Só restava fugir desesperadamente!

Que aprendamos a amar a companhia do Senhor, Sua presença. Sabendo que, no momento certo, o COMO, o com quem e o quando nos serão revelados, ao modo dEle, um Deus totalmente confiável. O maior estrategista de todo o Universo. O Senhor dos Exércitos, Poderoso nas batalhas. O Invencível. Que está conosco, todos os dias, até a consumação dos séculos (Mateus 28.20).

Amanhã continuamos, mas antes, leia o texto "O Deus que olha além das aparências. E conta conosco". http://www.espalhandoasemente.com/2016/08/o-deus-que-olha-alem-das-aparencias-e.html


segunda-feira, 2 de janeiro de 2023

E chegou 2023!

E chegou 2023!

Talvez você diga que estou atrasada. Afinal, hoje já é dia 2 e já são 21h18.

Mas, quando o assunto é a leitura da Palavra de Deus, os levantes são muitos. E, após um dia inteiro tentando, somente agora consegui!

Vamos lá!

Quero fazer dois convites:

1. Se você quer ler a Bíblia inteira em um ano, já está atrasado. Mas ainda dá tempo. Vamos publicar aqui os textos de ontem, de hoje e de amanhã. Faça um esforço. Até sexta você consegue colocar a leitura em dia e começar pra valer!

2. Se você quiser ir mais devagar, também temos um programa. Um pedacinho da Bíblia todos os dias, de segunda a sexta. Sábado e domingo você pode ler sem seguir nosso programa. 

Vamos lá?

Se você deseja participar do Plano de Leitura Bíblica 1 - seguem os links de ontem, de hoje e de amanhã:

Leitura de 01/01:

http://www.espalhandoasemente.com/2019/01/genesis-11-23.html - Gênesis 1.1-2.3

http://www.espalhandoasemente.com/2019/01/genesis-24-25.html - Gênesis 2.4-25

http://www.espalhandoasemente.com/2019/01/genesis-3.html - Gênesis 3.1-24

Leitura de 02/01:

http://www.espalhandoasemente.com/2019/01/genesis-41-26.html - Gênesis 4.1-26

http://www.espalhandoasemente.com/2019/01/na-postagem-anterior-lemoso-capitulo.html - Gênesis 5.1-7.24

Leitura de 03/01:

http://www.espalhandoasemente.com/2019/01/genesis-81-1032.html - Gênesis 8.1-10.32

Prontinho, amanhã, dia 03/01, posto a leitura de 04/01 e assim por diante.


Agora, se você quer ler aos pouquinhos e ruminar um texto até garimpar tudo que conseguir, acompanhe conosco o Plano de Leitura Bíblica 2, seguem os links:

Leitura de 02/01 - http://www.espalhandoasemente.com/2019/01/genesis-11-23.html - Gênesis 1.1-2.3

Leitura de 03/01 - http://www.espalhandoasemente.com/2019/01/genesis-24-25.html - Gênesis 2.4-25

Amanhã, dia 03/01, posto o link para o dia 04/01 e assim por diante.

Hoje estou postando os dois juntos, a partir de amanhã posto separado.

Nossa leitura não é teológica. Ela quer despertar em você o desejo de se alimentar diariamente da Palavra. E aprender lições que vão transformar sua vida, no dia a dia.

Se quiser conversar conosco, basta comentar no próprio texto que respondemos rapidinho.

Um abraço!

Boa leitura!

Deus te abençoe!

                                                                                                                                                                                      Symone Lima


"Tua palavra é lâmpada para meus pés e luz para meu caminho". - Salmo 119.105

terça-feira, 30 de março de 2021

O Noivo e a Noiva

Recentemente fui a um casamento.
Você pode nunca ter ouvido, mas creia, o casamento é o relacionamento que aponta para o desejo do eterno relacionamento entre o Senhor, Criador dos céus e terra, e a humanidade.
O casamento, sim, é a representação do ápice do amor.
Como em um casamento verdadeiro, ambos devem concordar com a união. Por isso, por mais óbvio que seja, é feita a pergunta. É preciso um consentimento espontâneo, repleto de carinho e desejo.
“É ele que quero para sempre”. 
“É por ela que esperei a vida inteira”.
Observando o casamento que fui, percebi como é clara a imagem que o Senhor, o Noivo, deseja nos passar.
Pois bem, o noivo estava pronto, vestido de maneira simples, de branco. Esperando a noiva.
A noiva estava se preparando. 
Vestido branco. Lindo. Imaculado. Jamais usado. Escolhido exatamente para aquela ocasião. E só aquela. 
Em sua volta, maquiador, cabeleireira, fotógrafos, estes, amadores.
Ela desejava estar linda e imaculada. Sem mancha nem ruga. Para o noivo.
Parecia-me um vislumbre do Apocalipse. 
Não das pragas e dias ruins que todos tememos. Mas, da vitória profetizada depois desses dias. Quando a Noiva e o Noivo se encontram.
O que chamou minha atenção foi que o noivo estava pronto. Aguardava pacientemente pela noiva. E, nesse casamento, até a ajudou com os botões do vestido. 
Era, na minha visão, como Jesus. 
É obrigação da Noiva se arrumar para Ele. Se “aprontar” (ficar pronta), mas Ele sempre vem em nosso auxílio.
Entendi que Ele, o Noivo, está pronto. Espera pacientemente a Noiva, que somos nós. 
Ah, somos nós que devemos nos “aprontar”. E ir ao Seu encontro.
Um filme passou pela minha cabeça. Vi várias partes das Escrituras se cumprindo.
“Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e a tua casa” (Atos 16.31). 
O noivo fez questão de convidar a “casa” da noiva para estar com ele. Era por isso que eu estava ali. Que todos nós estávamos. Porque o Noivo não ama apenas a Noiva. Ama sua família também. Ele os quer a todos.
“Maridos, amai vossas esposas como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela” (Efésios 5.25).
Vi um noivo todo o tempo servindo à noiva e sua família. Buscando em aeroporto. Fazendo e servindo café. E não só café, mas todos os bons acompanhamentos. Tudo completo. Servindo.
"... quem desejar ser importante entre vós será esse o que deva servir aos demais. E quem quiser ser o primeiro entre vós que se torne vosso escravo. Assim como o Filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida como único resgate por muitos" (Mateus 20.26b-28).
Vi o noivo pagando o preço para a noiva estar feliz. Olhar em volta e ver os pais e a família da noiva reunidos, naqueles momentos que são e serão únicos e eternos. Memoráveis, sim, deliciosas lembranças.
Vi o noivo levantando de madrugada. Cuidando da família da noiva. Agora, sua família.
Vi o noivo rindo e chorando. Amando a noiva. Servindo-a. Cuidando dela.
Foi um filme lindo. Real. Inesquecível.
Vi o noivo chorando. Emocionado. Ele a escolheu. Para viver e cuidar dela para sempre.
Como o Senhor Jesus fez.
No nosso caso, como o da noiva deste lindo casamento, basta nos “aprontarmos” e dizer sim.
Ele nos espera de braços abertos. E, como um romance que termina no “viveram felizes para sempre” e que nos enche de expectativas porque gostaríamos de ver, nas próximas páginas, o desenrolar dos próximos anos, o tão temido Apocalipse termina nos contando dos novos céus e nova terra onde os Noivos viverão uma inédita e linda história jamais escrita. Um segredo a ser revelado.
Sejamos a Noiva que espera ansiosamente para se encontrar com o Noivo. Ele, Jesus, está pronto. Seus olhos estão fitos em nós.
"O meu amado é meu, e eu sou dele;" (Cantares de Salomão 2.16).
Estamos prontos para Ele? Desejamos ser apenas dEle? Ansiamos estar em Sua presença?

quarta-feira, 29 de julho de 2020

Hoje, meditando em Êxodo 20.1-17

Em Sua fala a Moisés, o Senhor se identifica como Libertador, Resgatador. Pessoal.
Tal como o povo de Israel, éramos escravos. Nossa terra era o pecado. Nossa casa, a servidão. Ele nos libertou.
Além de ser nosso Libertador, revela-Se como Único. Por isso, não devemos ter nenhum outro deus. Somente Ele deve ocupar essa posição.
Embora possamos achar estranho Sua afirmação quanto à visitar a maldade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração, podemos, também, enxergar Sua misericórdia. A maldição é visitada somente até, no máximo, a quarta geração. Sua misericórdia, no entanto, em milhares de gerações.
Essa maldição é visitada apenas na geração daqueles que O aborrecem. Se nossos pais, avós e bisavós O aborreciam, podemos (e devemos) mudar isso em nossas vidas, amando-O e guardando Seus mandamentos. Toda nossa descendência será abençoada, alcançada por Sua misericórdia.
Seu nome carrega Sua identidade. É santo. Não deve estar à toa em nossos lábios.
Como o Senhor Jesus disse, o sábado foi feito por causa do homem e não o homem por causa do sábado. Ele sabe que precisamos de descanso. Não apenas os homens (em uma sociedade patriarcal), as mulheres também. Não apenas os ricos, os servos também. Não apenas os da terra, os estrangeiros também. E não apenas os seres humanos, os animais também. Todos precisamos de um tempo de descanso. Um tempo de separação. Um tempo para renovar nossas forças. Físicas, sentimentais e espirituais. Temos nos separado para o descanso?
Para usufruirmos Suas promessas é mister honrarmos nossos pais. Somente assim continuaremos na “terra” que Ele nos deu. Honra importa respeito, atenção e cuidados.
Seus mandamentos são todos protetivos. Sua intenção não é nos sobrecarregar com regras. É nos ensinar a viver bem. Cuidando de nossa vida espiritual em primeiro lugar, tendo-O como único Senhor. Depois, cuidando de nossas almas e corpos. Então, dando valor aos nossos pais.
A família é muito importante para um viver equilibrado.
A seguir, o Senhor ordena cuidados que nos deixarão livres e aptos a um relacionamento sadio conosco e com o próximo.
O matar não apenas tira a vida do outro. Rouba de mim a companhia, a segurança. Como aconteceu com Caim (Gênesis 4.14).
O adultério não apenas traz destruição à pessoa traída. Ele desfaz e desgasta todos os envolvidos. Como uma folha de papel colada em outra, que se esfacela ao tentarmos separar.
O furto tira do outro, mas também me faz mal. Leva ao falso entendimento de que não preciso me esforçar e conquistar o que é meu. Rouba o prazer da conquista, que é poderoso.
A mentira, principalmente em juízo, diminui quem somos. Rouba nossa liberdade. Nosso relaxar. É preciso estar sempre em alerta. Rouba nosso descanso. Nos faz ser outra pessoa. Nos maquia.
E o que dizer da cobiça? Ela destrói. Nos tira a gratidão pelo que possuímos. O desejo de conquistar o nosso. A alegria da vida.
Ah, que maravilha viver onde eu e o outro nos respeitamos e agimos como gostaríamos de agir conosco!
Mandamentos sim, mas repletos de amor e cuidado!

terça-feira, 28 de julho de 2020

Hoje, meditando em Êxodo 19.1-25

Quando completou três meses que o povo de Israel saíra do Egito, foram ao deserto do Sinal. Ali, acamparam. Em frente ao monte onde o Senhor aparecera a Moisés.
Moisés subiu ao monte, foi encontrar-se com o Senhor. Ele tomou a iniciativa. Ao subir, o Senhor o chamou. Ordenou que falasse aos filhos de Israel. Primeiro, deveria lembrá-los de que os carregava como se fosse uma águia, em Suas asas. E os trouxera a Ele.
Tudo que o Senhor faz é para nos aproximar dEle. Ele quer manter e aprimorar nosso relacionamento.
Depois de lembrá-los, o Senhor foi além. Estava separando Israel para ser Sua propriedade peculiar, especial. Toda a terra é dEle, mas Israel seria Seu tesouro, uma nação de sacerdotes. Separada para ensinar toda as nações a temer e amar ao Senhor. Separada para ensinar como todos os povos deveriam viver. Desde que obedecessem.
Moisés apresentou ao povo a proposta do Senhor. O povo respondeu que O obedeceriam. Moisés, como o intercessor que era, apresentou ao Senhor a resposta.
Como a Israel, o Senhor tem nos chamado para ser esse povo, separado para Ele.
Ele tem nos dado hoje e amanhã. Um tempo de preparação para o terceiro dia. Precisamos lavar nossas vestes. Deixar nosso prazer de lado e pensar nEle. O que importa é o terceiro dia. Mas, só iremos usufruir deste dia se nos prepararmos hoje e amanhã.
Você não está em casa à toa. Está para se preparar para o terceiro dia. É no terceiro dia que o Senhor nos faz estremecer. É no terceiro dia que conquistamos. É no terceiro dia que a ressurreição vem.
É no terceiro dia que subimos ao monte. Somente após a buzina tocar longamente. Se subirmos antes, morreremos. O tempo da espera é necessário. Não para ficarmos à toa. Para estarmos preparados. Estarmos prontos.
O povo de Israel se preparou para o terceiro dia e ainda assim, estremeceu.
Lembre-se também que, é bom estar no monte, mas é preciso descer, por causa do povo. Somos os que devem levar o povo ao encontro do Senhor. Temos feito isso? Para onde temos levado os que estão à nossa volta?
Ao terceiro dia, o Senhor ordenou que Moisés subisse ao monte. Quando subiu, ordenou que descesse. Para, em seguida, subir. Não mais sozinho. Agora, com Arão.
Os mandamentos do Senhor serão entregues em breve. Mas, o primeiro a aprender a obediência, mesmo sem entender, deve ser Moisés, o líder.
Se o Senhor lhe ordenar que suba, suba. Se assim que estiver no monte, com a respiração disparada e as pernas tremendo pelo esforço, lhe ordenar que desça e suba novamente, obedeça. Ele sabe o que faz.
Ah, como a obediência é importante! Aprendamos a obedecer.

Hoje, meditando em Êxodo 18.13-27


Somos humanos. Não super heróis.
Não conseguimos levar as cargas sozinhos. Não conseguimos liderar sozinhos. Precisamos uns dos outros.
Precisamos de conselhos. Precisamos de ajuda.
Que aprendamos a ouvir conselhos e submetê-los ao Senhor, como Moisés fez.
Que aprendamos a aconselhar e deixar o resultado nas mãos do Senhor, como Jetro fez.
É necessário procurar as pessoas certas para nos ajudar.
Elas devem ser capazes, tementes ao Senhor. Homens e mulheres de verdade. Não falsificações como muitas vezes vemos por aí.
Devem aborrecer a avareza, ou seja, não podem ser apegadas ao dinheiro. Pessoas assim não ajudarão sem receber algum tipo de vantagem ou propina.
Pessoas assim precisam realmente ser procuradas e escolhidas.
Que aprendamos como Moisés a escolher as pessoas corretas. Pelo que elas são. Não pelo que possuem.
Cargas precisam ser divididas. E divididas com homens e mulheres de verdade. Que sabem o que fazem. Para quem fazem. E porque fazem.
Ah, quantas lições a aprender com Moisés e Jetro!

terça-feira, 24 de março de 2020

Diário de Bordo Quarentena, dia 24/03/2020

Essa foto já é antiga, mas, vamos lá.
Hoje é o sétimo dia que não saio de casa. Salvo, se quiser considerar, que no sábado levei o lixo na lixeira do andar, desci e subi pela escada ao ir à portaria buscar uns livros que chegaram. Uma parte do meu “Kit Quarentena”.
Estamos aqui. Em reclusão. Falando com os outros filhos e os netos pelo watsapp. Íamos para a casa da Fê, mas ficamos com tantas dúvidas e receios, que resolvemos ficar essa semana por aqui. Na nossa arca de Noé de 30m².
Para Gabi, já era o oitavo dia sem sair de casa.
Tentamos imprimir uma rotina para estabilizar nossas almas. Com momentos para orar, meditar, ler, escrever, fazer as arrumações da casa, a alimentação, exercícios, alongamentos e, à noite, assistir um ou dois capítulos de alguma série e rir um pouco com certos posts. Não podemos assistir todos os noticiários que falam sobre o Covid19, se quisermos manter nossa sanidade.
Hoje, Gabi precisava pegar a receita de um remédio. Tudo bem, dava para esperar mais uns dias. Mas nossas frutas estavam no fim. Nossas verduras também. Então, lá foi ela aventurar-se pelo mundo fora de nossa protegida arca.
Vestiu-se de calça jeans, camiseta, blusa de manga comprida. Nada de brincos, anéis ou qualquer outro acessório. Quis que ela fosse de capa de chuva. Ela apenas levou a sombrinha. Despedimo-nos com um abraço e um beijo. Podemos. Estamos apenas nós duas em nossa arca.
Ela foi. Eu fiquei. Penso no inimigo invisível que está enfrentando. Queria tê-la enrolado com aquele plástico que tem nos aeroportos. Como enfrentará essa saída? O que ficará pensando enquanto está na rua?
Termino de fazer o almoço. Arrumar a cozinha.
Ela demora. Resolvo almoçar.
Quando estamos as duas juntas, há muitos momentos de silêncio. Cada uma em um cômodo de nossa pequena arca, com suas leituras e escritas. Mas sabemos que estamos à distância de um braço da outra. De um grito. Um suspiro.
Agora, como há muito tempo não me sentia, estou sozinha. Parece que foi à rua há dias. Sua demora traz um nó no meu pescoço. Sinto-me fraca. Resolvo almoçar.
Ligo a televisão. Sento no sofá. Tento me distrair com uma etapa do campeonato de Surf. A comida está uma maravilha, uma delícia como gosto de dizer e alguns implicam. Mas é horrível estar sozinha. Oro quase que o tempo inteiro por ela. Que as ruas estejam vazias. O consultório médico. A farmácia. O mercado. A portaria. O elevador.
Deixei tudo preparado para sua chegada. Lavar tudo que puder ser lavado. Passar álcool em gel em tudo que não puder. E até a porta da máquina de lavar, aberta.
Parece que estamos vivendo um filme fatalista. “Senhor”, penso, “essa sou eu”? A mesma pessoa que acabou de animar uma amiga para não ficar ansiosa?
Falo com a Fê no celular. Ela diz que precisa ir ao mercado. Digo que não. O Danilo vai. Ela está no grupo de risco. Instruo a que ele, quando chegar, tire a roupa à porta de casa e corra para o banheiro. E que ela limpe absolutamente tudo que chegar da rua.
Finalmente a campainha toca. Abro a porta. Tenho vontade de abraçá-la. Não posso. Estendo a mão com uma luva de plástico improvisada e entrego o lixo para ser levado, enquanto recolho as sacolas de compras. Fazemos tudo rapidamente. Em sincronia. Num piscar de olhos.
Deixo o álcool em gel na porta. Do lado de fora. Ela volta. Limpa as mãos. Deixa o sapato à porta. Como combinamos. Tira a roupa. Coloca na máquina de lavar. E corre para o chuveiro.
Eu, estou agindo como uma louca. Na maior velocidade. Limpo o pote do álcool em gel. Tiro todos as sacolas. Lavo todas as frutas e verduras. Uma a uma. Com esponja e detergente. Lavo as embalagens dos produtos. Limpo os lugares onde qualquer coisa que veio da rua tenha encostado.
Meu Deus, pela primeira vez na minha vida, tenho compaixão dos neuróticos por limpeza e “desinfectações”. Como uma pessoa consegue sobreviver a uma neura dessas? Não entendo. Não conseguiria.
Faço as limpezas e guardo tudo com uma rapidez tal que pareço estar atrasada para pegar um voo. Meu coração está acelerado. Meus braços pinicam. É como se um milhão de bichinhos (além do normal) estivessem andando pelos meus braços.
Troco de chinelo. Levo as sacolas das compras no lixo. Não sei se posso usá-las e, na dúvida, prefiro eliminá-las.
Volto. Deixo o chinelo à porta. Passo álcool no chão onde as sacolas ficaram.
Penso que se fosse neurótica, com toda certeza, teria morrido há muito tempo. Dou graças ao Senhor por ser uma pessoa calma. Calma já estou assim, imagina se fosse diferente?
Gabi sai do banho. Já desinfetei até o cinto e os óculos dela. Meu Senhor, passei álcool em gel até nas notinhas do mercado e da farmácia.
Tiro minha roupa. Coloco na máquina de lavar. Corro para o chuveiro. Entro debaixo da água com meus óculos, que lavo meticulosamente. Estou tomando banho correndo. Pensando em toda essa loucura. Vários filmes passam pela minha cabeça. Filmes como “Teoria da Conspiração”, “Os Doze Macacos” e “Eu sou a Lenda”.
Lembro que não preciso mais correr. Será que antes precisava? Estava disputando uma corrida com o coronavírus? Não sei. Fiz as coisas tão rápido que daria inveja até na Vó Lourdes.
Desacelero. Tomo meu banho com tranquilidade. Desfruto dele.
Penso que preciso escrever sobre isso. Preciso dizer às pessoas que é um tempo difícil. Que os temores vêm mas, como Davi, precisamos dizer à nossa alma, gritar até, se for preciso que “Quando eu tiver medo, confiarei em ti” (Salmo 56.3). E ir além, como Davi foi, no versículo seguinte “Louvo a Deus por Suas promessas, confio em Deus e não temerei, ...”
É certo que fala de homens. Hoje, nosso inimigo é invisível. Mas, na maioria das vezes, não é um inimigo invisível e real que enfrentamos?
Sim. Todos os dias, em tempo de paz ou guerra. De abraçar ou deixar de abraçar. É um inimigo invisível e real que enfrentamos. E, só um lugar onde encontro descanso. Onde se pode encontrar descanso. Há apenas um. Melhor que minha pequena arca. O abrigo do Altíssimo.
Sim, porque “Aquele que habita no abrigo do Altíssimo encontrará descanso à sombra do Todo-Poderoso. Isto eu declaro a respeito do Senhor: Ele é meu refúgio, meu lugar seguro, Ele é meu Deus e nEle confio. Pois Ele o livrará das armadilhas da vida e o protegerá de doenças mortais”. – Salmo 91.1-3
Estou tão cansada que preciso deitar uns minutinhos. Ordeno que minha alma se aquiete. https://www.youtube.com/watch?v=ANfpF0pNob4
Tenho que levantar e contar a você que sim, o medo vem, mas quando vier, precisamos confiar no Senhor. Dia após dia. Como o Paulo César Baruk canta: “...Dia após dia. Até que venha sobre minha casa o teu socorro...” https://www.youtube.com/watch?v=0EFK9_dMq4A
E Ele virá. É certo. E o livrará.
“O Senhor salva os justos; Ele é sua fortaleza em tempos de aflição”. – Salmo 37.39
Esperemos, pois, com paciência no Senhor.