sexta-feira, 16 de março de 2018

Somos Juízes?

Prosseguimos por Lucas. Agora, entramos no capítulo 13. Do versículo 1 ao 9.

Continuamos atentos aos profundos ensinamentos de Jesus.

Contaram a Ele que Pilatos misturou o sangue de alguns galileus com os sacrifícios que ele fez.

Jesus respondeu ao comentário com uma pergunta: “Vocês pensam que esses galileus eram mais pecadores que todos os outros, por terem sofrido dessa maneira?”

Ele mesmo responde, dizendo que não. E dá um alerta: “Se não se arrependerem, todos vocês também perecerão”.

Aproveita e pergunta se eles pensavam que os dezoito que morreram quando a torre de Siloé caiu eram mais culpados que todos os outros habitantes de Jerusalém.

E novamente Ele mesmo responde que não. E repete que se não se arrependerem, todos eles também perecerão.

Então conta a parábola de um homem que tinha uma figueira plantada em sua vinha. Ele procurou fruto nela. Não encontrou nenhum. Por esse motivo, falou ao que cuidava da vinha que já fazia três anos que procurava fruto naquela figueira e não achava. Mandou que a figueira fosse cortada. Afinal, ela estava inutilizando a terra que ocupava. O vinicultor pediu mais um ano. Disse que cavaria ao redor da figueira e a adubaria. Se não desse fruto no próximo ano, cortaria.

Vamos parar aqui e pensar.

Por que Jesus respondeu daquela maneira quando vieram lhe contar sobre os galileus que foram mortos por Pilatos? Ele conhece o coração do homem.

Quantas vezes temos ouvido pessoas dizerem que alguém está com uma determinada doença porque “está vivendo em pecado”!? Ou, pior, quando falam que determinada pessoa está passando por algum tipo de dificuldade financeira ou no emprego, ou até sentimental, por “estar em pecado”.

Pessoas que pensam assim, claramente não conhecem as Escrituras. Primeiro, estão julgando quando o Senhor não nos colocou como Juiz sobre ninguém. Não agora. Segundo, não conhecemos o coração das pessoas. Terceiro, vivendo aqui e estamos sujeitos às mesmas dificuldades que qualquer um está.

Claro, o Senhor pode nos curar e nos livrar. Mas, será que se “escaparmos” de tudo, teremos sido trabalhados como deveríamos ser?

Será que José seria o Primeiro Ministro do Egito se não tivesse sido vendido COMO ESCRAVO?

Será que Moisés seria o líder que foi se não tivesse passado pelo deserto?

Será que Paulo seria quem foi se não tivesse sofrido tudo o que sofreu, por amor ao Senhor e ao Evangelho?

Será que Estevão, que morreu apedrejado testemunhando sobre Jesus, estava em pecado?

Precisamos aprender a ler as Escrituras ao invés de olharmos e julgarmos os outros.

Precisamos saber que, como Jesus disse, é pelos frutos que as pessoas serão reconhecidas por Ele. Não pelas situações em suas vidas.

Paulo disse “Sei bem o que é passar necessidade e sei o que é andar com fartura. Aprendi o mistério de viver feliz em todo lugar e em qualquer situação, esteja bem alimentado, ou mesmo com fome, possuindo fartura, ou passando privações. Tudo posso nAquele que me fortalece”. – Filipenses 4.12,13

Ora, se Paulo não tivesse passado por necessidades e dificuldades, jamais aprenderia a viver feliz em todo lugar e em qualquer situação. Mas, porque aprendeu, pôde dizer “Tudo posso nAquele que me fortalece”. – Filipenses 4.13

Se estamos julgando as pessoas pelo que acontece com elas, que nos arrependamos. Se estamos sendo julgados pelo que acontece conosco, que encontremos consolo no Senhor e em Sua Palavra.

E que aprendamos a olhar para os frutos, como o Senhor bem nos ensinou.

Amanhã prosseguimos.


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