Continuamos caminhando pelas páginas de João, capítulo 13. Do versículo 18 ao 38.
Ontem vimos o Senhor dando-nos o exemplo.
Lavou os pés de Seus discípulos, como um servo. Mesmo sendo o Senhor.
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Continuamos a observar. Afinal, o jantar ainda não acabou.
Ele diz que não está se referindo a todos, porque conhece aqueles que escolheu. Mas para que a Escritura que diz que “aquele que partilhava do meu pão voltou-se contra mim”, se cumpra (Salmos 41.9). Está falando antes que aconteça para que creiam nEle quando acontecer.
Garante que quem receber aquele que Ele enviar, estará recebendo-O e quem O recebe, recebe Aquele que O enviou, o Pai.
Ao acabar de dizer essas palavras, fica perturbado em Seu espírito e declara que um deles, com certeza, irá traí-Lo.
Meu coração se aperta. Sei que é verdade. Já andei por essas páginas antes. Conheço as próximas páginas.
Seus discípulos, que já estavam pasmos, olham uns para os outros, sem saber a quem Ele se refere.
Um deles, João, muito chegado ao Senhor, e que nos conta essa história, está reclinado à mesa, ao lado dEle. Pedro faz sinais para que pergunte ao Senhor a quem está se referindo.
Pedro, sempre Pedro. Não gosta de suspenses. Se Jesus sabe que alguém vai traí-Lo, sabe quem é. E Pedro deseja saber.
João inclina-se até Jesus e pergunta-Lhe quem vai traí-Lo.
O Senhor pega um pedaço de pão. Responde a João que o traidor é aquele a quem dará o pedaço de pão molhado no prato.
Molhar o pão no prato e entregar o pedaço de pão a outro, era um ato de intimidade, amizade. Jesus molhou o pedaço de pão e deu-o a Judas Iscariotes.
Meu coração aperta-se mais.
Assim que Judas come o pão, Satanás entra nele. Entrou, porque deu lugar. Vimos nas páginas lá atrás, que era ladrão. Roubava da bolsa que deveria administrar.
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Jesus olha para ele. Ordena que aquilo que está para fazer, que faça depressa.
Ninguém à mesa entende porque Jesus lhe disse isso. Judas era o tesoureiro do grupo. Por isso, alguns pensaram que Jesus estava lhe dizendo que comprasse o que fosse necessário para a festa da Páscoa, ou que desse algo aos pobres.
Judas sai, assim que acaba de comer o pão. Já é noite.
Fico triste. Olho para você. Sabemos o que fará nas próximas horas.
Depois que Judas sai, Jesus volta a falar. Ele diz que o Filho do homem, agora, é glorificado e Deus é glorificado nEle. Se Deus é glorificado nEle, Deus também glorificará o Filho nEle mesmo e isso será em breve.
Chamando Seus discípulos de “meus filhinhos”, fala que estará com eles apenas mais um pouco. Que procurarão por Ele. E como disse aos judeus, agora lhes diz que para onde vai, eles não podem ir.
Aperto sua mão. A hora está muito próxima.
Jesus então, fala algo completamente extraordinário. “Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros. Como Eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros”.
Lembro-me da lei. Ela diz que devemos amar aos outros, como a nós mesmos. Realmente é um novo mandamento. Ele diz que devemos amar aos outros como Ele nos amou. Como Ele nos amou!
Você já havia prestado atenção nesse mandamento? Amar aos outros como Ele nos amou.
O que significa? Amar sem limites, incondicionalmente. Como Ele nos amou.
Isso é possível? Só se o amor dEle estiver em nós. Só se Ele estiver nos moldando. Só se Ele amar através de nós.
E mais! Não disse que todos saberão que somos Seus discípulos se formos bem sucedidos, ricos, milionários, lindos, maravilhosos e poderosos. Não, Ele disse que todos saberão que somos Seus discípulos, se nós nos amarmos uns aos outros. E não é apenas como nos amamos. É como Ele nos amou.
Tenho que me sentar. Minhas pernas ficaram bambas. Que mandamento é este? Temos visto esse amor em nossos dias?
Não é vergonhoso como temos nos comportado? Somos realmente Seus discípulos?
Meu estômago embrulha. Olho para os lados. Não, não estou mais nas páginas de João. Estou aqui. No hoje, no agora.
O que tem sido pregado na maioria dos púlpitos? Que devemos amar uns aos outros como Jesus nos amou ou que devemos ser bem sucedidos e estar de bem conosco?
Preciso, precisamos, clamar por misericórdia! Que o Senhor rasgue nossos corações. Que verdadeiramente sejamos Seus discípulos. Seus. Não discípulo de qualquer mestre, mas Seus discípulos.
Ainda estou com o estômago embrulhado, o coração apertado, mas escuto uma pergunta. É Pedro.
Volto minha atenção para as páginas de João. O que ele está falando? Será que fala que é impossível amarmos uns aos outros como o Senhor nos amou? Que já é mais do que suficiente amarmos como a nós mesmos? Nem isso escutamos na maioria de nossos púlpitos nos dias de hoje!
Mas Pedro pergunta aonde o Senhor vai. Sua preocupação não é com o novo mandamento que Jesus deu. Sua preocupação é saber onde o Senhor estará. Não quer ficar sem Ele.
Jesus responde que aonde Ele vai, eles não podem ir agora, mas tarde, porém, eles O seguirão.
Pedro pergunta porque não pode seguí-Lo agora. Disse que dará sua vida pelo Senhor.
Jesus lhe diz: “Você dará a vida por mim? Asseguro-lhe que, antes que o galo cante, você me negará três vezes!”
Ainda estou atordoada. Minha mente não para de pensar em amarmos uns aos outros como Ele nos amou.
Mas o que o Senhor quis dizer? Pedro O negará três vezes antes de amanhecer o dia?
Amanhã veremos.
Mas antes, pare um pouco. Sonde Seu coração, como estou sondando o meu.
Somos verdadeiramente Seus discípulos?
As pessoas olham para nós e enxergam Seu amor em nós ou apenas enxergam pessoas bem sucedidas e egoístas, que não se preocupam com o que acontece ao seu lado?
Temos amado uns aos outros como Ele nos amou?
Que Ele tenha misericórdia de nós!
Ele nos amou, e nos deu um novo mandamento. Devo obedecer?
https://www.youtube.com/watch?v=Va8srvjwgAA
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