Continuamos nossa caminhada através das Escrituras.
Ontem vimos a carta de Pedro. Fala da esperança da vida eterna. Do nosso chamado para uma vida de santidade. Somos pedras vivas para a casa de Deus. Devemos respeito às autoridades.
Também vimos suas instruções aos escravos. Às esposas. Aos maridos. Aos irmãos em Cristo. Aos líderes e jovens.
Fala sobre o resultado de sofrermos fazendo o bem. E sobre termos uma vida dedicada a Deus.
http://www.espalhandoasemente.com/2019/12/1-pedro-11-514.html
Hoje caminharemos pelas páginas da Segunda carta de Pedro.
De acordo com a Bíblia de estudos e sermões de Charles Haddon Spurgeon, Nova Versão Transformadora, Publicações Pão Diário (citada com permissão), o motivo da carta é o mal causado à igreja por falsos mestres que eram de duas classes: os libertinos e os escarnecedores.
O propósito de Pedro é exortar ao crescimento e advertir contra os falsos mestres. O ponto central desta carta é o conhecimento, enquanto o de 1 Pedro é a esperança.
Inicia sua carta identificando-se como escravo e apóstolo de Jesus Cristo.
Seu desejo é que todos tenham cada vez mais graça e paz, à medida que cresçam no conhecimento de Deus e de Jesus, nosso Senhor.
Afirma que Deus já nos concedeu tudo que necessitamos para uma vida de devoção, pelo conhecimento completo dEle, que nos chamou para Si, através de Sua glória e excelência. E, por isso, nos deu grandes e preciosas promessas. Essas promessas é que nos permitem participar de Sua natureza divina e escapar da corrupção do mundo, causada pelos desejos humanos.
Diante de tais promessas, que nos esforcemos ao máximo para correspondê-las. Que acrescentemos à fé a excelência moral. À excelência moral o conhecimento. Ao conhecimento o domínio próprio. Ao domínio próprio a perseverança. À perseverança a devoção. À devoção a Deus a fraternidade. À fraternidade o amor.
Quanto mais crescermos nessas coisas, mais seremos produtivos e úteis no conhecimento completo de nosso Senhor. Quem não se desenvolve desse modo está praticamente cego. Vê apenas o que está perto. Esqueceu que foi purificado de seus antigos pecados.
Que trabalhemos arduamente para mostrar que fomos chamados e escolhidos. Assim, jamais tropeçaremos. Nossa entrada no Reino será acompanhada de grande honra.
Lembremos que é importante ser chamado e escolhido. Essa escolha depende de nossa disposição em obedecer.
Pedro afirma que, enquanto viver, sempre estará lembrando essas coisas. Sabe que em breve morrerá. O Senhor o avisou. Então, quer garantir que se lembrem disso depois que partir.
É importante saber que nenhuma história foi inventada engenhosamente quando fala da poderosa vinda do Senhor Jesus. Eles O viram. E os profetas escreveram palavras dignas de confiança. Palavras que são como lâmpadas que ilumina um lugar escuro, até que o dia clareie e a estrela da manhã brilhe em nossos corações.
Também precisamos saber que nenhuma profecia das Escrituras surgiu do entendimento do próprio profeta. Eles faram impulsionados pelo Espírito Santo, da parte de Deus.
No passado, surgiram muitos falsos profetas no meio de Israel. O mesmo aconteceu entre os primeiros cristãos. E entre nós também, temos consciência disso. Esses ensinam astutamente heresias destrutivas. Até negam que o Mestre os resgatou. Muitos seguem a imoralidade vergonhosa. Por causa desses, o caminho da verdade será (e tem sido) difamado.
Por causa de sua ganância, inventam mentiras astutas para explorar as pessoas. Sua destruição não tardará. Já foram condenados há muito tempo.
Deus não poupou nem os anjos que pecaram. Não poupou o mundo antigo. Apenas poupou Noé, que proclamava a justiça. Deus condenou Sodoma e Gomorra como exemplo do que acontecerá aos perversos. Poupou Ló, resgatando-o, porque era um homem justo, que vivia sendo afligido com a vergonhosa imoralidade dos perversos, pela maldada que via e ouvia.
Vemos que o Senhor sabe e resgata das provações os que lhe são devotos e mantém os perversos sob castigo. Até o dia do julgamento. Ele é particularmente severo com os que seguem seus desejos e instintos distorcidos e desprezam a autoridade. Esses são orgulhosos e arrogantes. Atrevem-se até a zombar de seres sobrenaturais. Coisa que nem os anjos fazem.
Os falsos mestres são como criaturas irracionais movidas pelo instinto. Nascem para apanhar e morrer. Nada sabem sobre quem insultam. Serão destruídos por sua própria corrupção. Praticam o mal e o receberão de volta, como recompensa. Gostam de se entregar à imoralidade em plena luz do dia. São uma vergonha e uma mancha em nosso meio. Sentem prazer em enganar enquanto participam da amizade e comunhão. Cometem adultério com os olhos. Abrigam um desejo insaciável de pecar. Seduzem os instáveis. São bem treinados na ganância. Vivem sob maldição. Desviaram-se do caminho reto como fez Balaão, que amou a recompensa que receberia por fazer o mal. São como fontes secas. Como neblina levada pelo vento. Estão condenados às mais densas trevas. Com palavras vazias proclamam sua grandeza imaginária. Apelam para desejos carnais distorcidos com o fim de atrair de volta ao pecado os que mal escaparam de uma vida enganosa. Prometem liberdade, mas eles mesmos são escravos da corrupção. Afinal, cada um é escravo daquilo que o controla.
Quem nos controla?
Somos escravos de quem damos o controle de nossas vidas.
Pedro era escravo de Jesus. E nós, somos escravos dEle também?
De quem somos escravos? Quem é nosso senhor?
Tem mais, quem foi liberto do mundo ao conhecer o Senhor e se deixa emaranhar e escravizar novamente pelo pecado, está pior que antes. É como o cão que retorna a seu vômito, como a porca que, depois de lavada, volta e revolver-se na lama.
Pedro lembra que essa é a segunda carta que escreve. Em ambas quer lembrá-los e incentivá-los a pensar com clareza sobre o que disseram os profetas muito tempo atrás e do que nosso Senhor Jesus ordenou através dos apóstolos.
Alerta, acima de tudo, que nos últimos dias surgiriam escarnecedores que zombariam da verdade e seguiriam seus próprios desejos. Amantes de si mesmos que não acreditam que o Senhor Jesus voltará. Esquecem deliberadamente que Deus, por Sua palavra, criou tudo. Por essa mesma palavra, chegará o dia em que os perversos serão destruídos. Nada O impedirá. Mas, lembremos que um dia para o Senhor é como mil anos e mil anos é como um dia. Alguns pensam que Ele demora a cumprir Suas promessas. Isso não acontece. É paciente. Por nossa causa. Não deseja que ninguém seja destruído. Quer que todos se arrependam.
Um dia, porém, tudo será exposto.
Que nossas vidas sejam caracterizadas por santidade e devoção, esperando Seu dia e antecipando Sua vinda. Nesse dia, Ele incendiará os céus. Mas nós aguardamos com muita expectativa novos céus e nova terra, como prometeu. Um mundo pleno de justiça. Aleluias!
Enquanto esperamos esse dia, levemos uma vida pacífica, pura e sem culpa aos olhos de Deus. É o que importa.
Lembremos que é a paciência do Senhor que permite a salvação.
Estejamos atentos para não sermos levados pelos erros dos perversos, que distorcem as Escrituras.
Que cresçamos na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Que vivamos como pessoas dignas.
Continuamos amanhã. Leremos a Primeira carta do apóstolo João. Do capítulo um ao capítulo quatro.
Espero você. Até lá.
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