Depois de celebrarem a Páscoa em Gilgal, é o momento de conquistar a terra! Estamos no capítulo cinco.
Josué está perto de Jericó, pronto para a batalha. Fico imaginando a cena. De repente, sou Josué. Minha missão: levar o povo do Senhor a tomar posse da terra e de Suas promessas. À minha frente, a cidade de Jericó, totalmente fortalecida. Lembro-me dela. Quando espiamos a terra. Toda murada. Uma verdadeira fortaleza.
O que fazer? Qual estratégia a seguir? De repente, olho para cima. Avisto um homem em pé, espada desembainhada. Não o reconheço. Mas é poderoso. Indago se é por nós ou por nossos inimigos. O homem responde que é comandante do exército do Senhor.
Uau! O comandante do exército do Senhor na minha frente. Minha mente gira, povoada de perguntas. Que oportunidade a minha! Vou perguntar tudo, nos mínimos detalhes. Mas ele é o comandante do exército do Senhor. Não está aqui à toa. Deve ter uma mensagem para mim. Uma instrução. Lembro quem sou. Pergunto: Qual é a mensagem que o senhor tem para o seu servo?
Meu coração dispara. Vou receber uma instrução direta do comandante! Um minuto de suspense. O que ele dirá? Suspiro. Coração repleto de expectativas.
"Tire as sandálias dos seus pés, pois o lugar que você está é santo".
A princípio levo um choque. Como assim? Que mensagem é essa? E lembro que Deus muitas vezes não responde nossas perguntas como desejamos que responda. Responde como precisamos que responda.
O que estou fazendo? Tenho que levar o Seu povo a conquistar a terra que prometeu. O Santo de Israel. Não é uma conquista comum. Não é uma guerra comum. Ele é Único. Santo e Poderoso. Meu coração se inclina. E num ato de total sujeição, tiro as sandália. E me rendo. Sou Seu servo.
Não era o que esperava ouvir. Mas é o que devo ouvir. Isso me basta. Tem que me bastar. Como as instruções anteriores. O Senhor não falou para estudar táticas de guerra. Ordenou-me a meditar em Suas palavras, de dia e de noite. O tempo todo.
Lembro-me de Jó. Quantas perguntas. Quantas indagações. E quando o Senhor falou com Ele, apenas Se revelou. As perguntas foram esquecidas.
Quando ouvimos o que precisamos, nosso coração se cala. Ficamos tranquilos.
Por que com uma guerra prestes a acontecer, o comandante do exército do Senhor, lhe dá aquela ordem? Coloco-me novamente em seu lugar. Santidade. Relacionamento. Intimidade. É o que importa para o Senhor.
Quando desfrutamos de Sua presença, as estratégias vem. E o Senhor dá as instruções específicas. Como faz a seguir, com Josué. E logo veremos, percorrendo outras páginas.
Hoje, o que importa não é a batalha que vem a seguir. Não é a cidade fortificada de Jericó. O que importa é ouvirmos Sua voz. E obedecermos. Ainda que não entendamos. Ainda que não concordamos. Render-nos por completo. Reconhecer Sua autoridade sobre nós. E confiar. A cada dia.
O lugar em que estamos é santo.
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