segunda-feira, 29 de agosto de 2016

A criatividade de Deus é ilimitada

Ainda falando sobre as estratégias do Senhor.

Volto a Gideão e vejo os trezentos contra um incontável exército montado em camelos. Percorro I Samuel novamente, meu livro preferido. E me encontro com Jônatas, a quem tanto amo.

E tenho que falar novamente desse admirável guerreiro. 

“Um dia, Jônatas ordenou ao seu jovem escudeiro: Vamos, atravessemos até o posto avançado do exército filisteu que está posicionado do outro lado.” – I Samuel 14.1

Todos estavam parados. Esperando que algo acontecesse. Jônatas tomou uma atitude. Foi, juntamente com seu escudeiro. Passaram por desfiladeiros e penhascos. E Jônatas propôs ao seu escudeiro que avançassem até onde os filisteus estavam. Ele sabia tudo o que precisava saber. “Não existe nada que possa impedir a vontade de Yahweh de nos dar a vitória, quer sejamos muitos ou poucos!” – I Samuel 14.6

Para o Senhor agir, não há necessidade de um grande exército. E aqui quero dizer que não há necessidade de quase nada. Só uma coisa é necessária: a vontade do Senhor! E, como sempre falo, alguém disponível.

O Senhor possuía uma estratégia para libertar o povo de Israel do Egito. E encontrou Moisés. Que aceitou o chamado.

O Senhor possuía uma estratégia para libertar o povo de Israel dos midianitas. Encontrou Gideão. Que aceitou o desafio.

O Senhor possuía uma estratégia para libertar o povo de Israel dos filisteus. Encontrou Jônatas. Que soube agir.

O Senhor é criativo. Criatividade faz parte de Sua natureza. Pode agir de diversas maneiras, conforme lhe apraz. Não há limite para o Criador de todo o Universo.

Então, voltemos a Jônatas. Ele e seu escudeiro foram até o acampamento dos filisteus. Jônatas teve uma ideia. Não havia tempo para novelo seco, novelo molhado como no caso de Gideão. Ou esperar alguém ter um sonho. Ou qualquer outra coisa. O exército estava ali. Diante dele. Havia uma decisão a ser tomada. E deveria ser imediata. Jônatas propôs duas alternativas ao Senhor. Não sem se expor. Ah, acredite, esse tipo de exposição agrada ao coração de Deus.

Eis o que propôs: “Partiremos na direção deles, de peito descoberto.” Há batalhas, situações, que precisamos enfrentar de peito descoberto. Nós, o Senhor e a coragem. “Se aqueles homens nos advertirem: ‘Não vos movais até que cheguemos perto!’, ficaremos parados e não avançaremos sobre eles. Entretanto, se nos convidarem: ‘Subi até nós!’, então subiremos, porque é sinal que Yahweh nos dará a vitória e os entregará em nossas mãos!” Simples assim. Não sei o que aconteceria se os filisteus falassem para eles não se moverem. Era um risco que Jônatas estava disposto a correr. Muitas vezes, riscos são necessários. É preciso prevê-los e aceitá-los ou não.

Bem, não era tão simples se você pensar exatamente naquela cena. O exército dos filisteus acampados contra Israel. Uma guarnição inteira em Micmás. Todos armados. O exército de Saul, apenas seiscentos homens. Só Jônatas e Saul tinham espadas. Mais ninguém. E, de repente, dois homens, apenas um com espada, resolvem aparecer de peito descoberto diante do inimigo. Que disposição e coragem!

Mas foi o que Jônatas fez. Confiando que o Senhor pode livrar com muitos ou com poucos. Com armas ou sem. E os filisteus gritaram que eles fossem até lá. Nesse momento Jônatas entendeu e afirmou ao seu escudeiro: “Conserva-te atrás de mim, porque Yahweh acaba de entregá-los nas mãos de Israel.” Como? Não importa! Era o Senhor quem faria. E ele foi. Engatinhando. Seu fiel escudeiro atrás. Um só coração. Uma só vontade.

Jônatas sabia quem era. Seu escudeiro e ele, peito descoberto, avançaram sobre os filisteus. A informação que precisava, era sua. O Senhor havia entregue os filisteus nas mãos de Israel. Jônatas ia atacando e derrubando os filisteus e seu escudeiro os ia matando. Mataram cerca de vinte homens. Mas o exército era enorme!

Então, há como amo esses “então” que encontramos na Bíblia, um terrível pavor tomou conta de todo o exército filisteu. Tenho que rir. Em I Samuel 14.15, fala que o pavor atingiu os que estavam no acampamento, no campo, nos destacamentos e até nas tropas de ataque. Ocorreu um terremoto e grande medo de Deus caiu sobre todos.

Deus fez sua parte! Depois que Jônatas se expôs e cheio de coragem enfrentou os filisteu, de peito descoberto.

Do outro lado, as sentinelas de Saul observaram que os soldados filisteus se debatiam e corriam para todos os lados, desnorteados.

Naquele tempo a arca da aliança estava no meio de Israel e era o costume perguntar a orientação do Senhor, diante dela. Saul pediu ao sacerdote que trouxesse a arca para saber o que fazer mas, enquanto o sacerdote foi buscar, o tumulto no acampamento dos filisteus crescia de uma maneira tão violenta que não havia mais dúvidas. Deus estava nesse negócio. Saul falou ao sacerdote que não precisava de outra resposta. A resposta estava diante dele. Bem à sua frente.

Naquele momento, Saul e seus homens partiram para o local de batalha. Ao chegar lá, encontraram todos em total confusão, atacando uns aos outros. Alguns hebreus que estavam ali, desertaram e ficaram ao lado de Saul. E o povo os perseguiu. I Samuel 14.23 afirma que o Senhor concedeu plena vitória a Israel naquele dia.

Muitas vezes pensamos e até esperamos que o Senhor nos responda com fogo ou sei lá mais o quê, mas suas respostas podem vir das maneiras mais diversas. 

Sempre volto ao Salmos 32.8 onde o Senhor fala que nos guiará com os Seus olhos. Não é raro que as respostas que procuramos nos venham de maneira muito mais simples e diversa do que esperamos.

Precisamos conhecê-Lo para que aprendamos a discernir Sua vontade. O quê, o como e o quando sempre vem depois de com quem. Ele deve ser nosso objetivo. Sua presença em nós e conosco. Seu altar restaurado em nós. Todos os outros altares derrubados, extintos. Assim, ou como lemos acima, “então”, Ele nos concederá plena vitória. 

Precisamos ter coragem como Jônatas e seguir em frente. Em toda circunstância. A cada dia. Se somos com Ele, certamente Ele será conosco.

"E eis que estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos." - Mateus 28.20



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