domingo, 12 de novembro de 2017

Jesus estende a mão e ...

Continuamos nossa viagem pelo livro de Mateus. Estamos no capítulo 8.

Quando Jesus desce do monte, após todos aqueles preciosos e incisivos ensinos, grandes multidões, ainda impactadas, O seguiram.

E aqui, acontece uma das minhas cenas preferidas. Sempre que me deparo com ela, fico maravilhada.

Os leprosos viviam à parte. Eram consideramos imundos. Não podiam tocar em ninguém. Não podiam ser tocados. Um leproso aproxima-se de Jesus e por mais que tivesse dificuldades em função de sua situação, ajoelhou-se e O adorou.

Então lhe disse: “Senhor, se quiseres, podes purificar-me!” Que fé. Fico impressionada. Não questionou se era possível. Apenas disse que bastava Jesus querer.

E algo surpreendente acontece. Imagino sendo uma testemunha ocular daquela cena. Estaria boquiaberta com a atitude daquele leproso, adorando ao Senhor de joelhos e dizendo algo tão ousado, “Se quiseres, podes purificar-me”! É simplesmente demais para mim. Meu coração acelera. Fico imaginando o que Jesus vai falar. Porque considero esse homem cheio de fé.

Mas o Senhor não me deixa decepcionada. Não, Ele me faz quase cair no chão. Fico pasma. Ele estende a mão. Meu coração quase sai pela boca. Parece que vejo a cena em “câmera lenta”. Ele estende a mão. Será que vai tocar o leproso? É completamente impensável. Não se toca um leproso. Foge-se dele. Mas, para meu total espanto e contentamento, Ele toca o leproso. Toca nele! E diz: “Quero. Seja purificado.”

Por um minuto fico sem fala e sem ar. Imediatamente o leproso não é mais leproso. Ficou purificado. Completamente.

Mas ainda estou impactada com a cena de Jesus tocando-o e dizendo: “Quero. Seja purificado.” Meu coração não consegue simplesmente olhar para essa cena e seguir adiante. Ela me choca de maneira profunda.

Imagino a vida daquele homem desde que foi contaminado por tal doença. Teve que se afastar de suas atividades. De seus amigos. De sua família. Era visto com desprezo. Com julgamento. Sim, olhavam para ele com olhares acusadores, “qual pecado esse cometeu para estar nessa situação”. Percebia a aversão nos olhos das pessoas.

Agora, o Rei do Universo, estende Sua mão para ele. O toca. E responde sua afirmação com um: “Quero.” Sim, quero que seja purificado. Quero que volte às suas atividades. Quero que volte aos seus amigos. Quero que volte à sua família. Quero que volte a viver.

Quanta compaixão enxergamos em uma simples palavra de Jesus. “Quero”. Ele nos quer curados. Inteiros. Puros. Reabilitados. Vivendo! Ele se importa conosco. Não é mais um olhar acusador. Julgador. Apenas nos quer livres de tudo que nos sufoca, nos marginaliza. Nos devora aos poucos. Nos mata.

Continuo ali, no meio da rua, observando aquela cena inusitada. Meu Mestre tocando um leproso. E O vejo instruindo-o a procurar o sacerdote, único que podia oficial e legalmente declarar a purificação daquele homem e oferecer a oferta que Moisés ordenou para servir de testemunho.

Quem é esse que se importa individualmente com as pessoas? Multidões O seguiam. Ele curava a todos. E no meio de tudo ainda encontra tempo para tocar e falar com um leproso. Meu coração se enche de alegria. Ele ama. Sabe amar. Sabe demonstrar amor.

Tenho que parar aqui, erguer minhas mãos e adorá-Lo. Na verdade, quero abraçá-Lo e dançar com Ele.

Preciso ficar aqui. Ver essa cena mais algumas vezes. Perceber os detalhes. Não posso perder nada. Os olhos de Jesus cheios de compaixão e amor por aquele homem que havia sido marginalizado. Os olhos do leproso se arregalarem ante o toque de Jesus. E completamente iluminados com Sua resposta. A admiração das pessoas que os cercam. A alegria do homem ao se ver curado. Tantos detalhes!

Amanhã. Só amanhã, prosseguimos viagem.

Nenhum comentário:

Postar um comentário