sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Jesus no templo

Continuamos através do capítulo 21 de Mateus.

Jesus vai ao templo. Ao chegar, depara-se com a seguinte cena: o pátio do templo é como um mercado. Compradores, vendedores e cambistas. Ele fica indignado. Expulsa todos os que estavam comprando e vendendo. Derruba as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas.

O comércio no pátio do templo havia se tornado natural.

Cambistas estavam ali para trocar a moeda corrente pela moeda do templo, que era diferente. Animais eram vendidos para o sacrifício a preços exorbitantes.

Para mim, essa é uma das cenas mais impressionantes protagonizadas por Jesus.

Se em sua imaginação Jesus é aquele que fala sempre baixinho, quase num sussurro, e que não confronta ninguém, certamente você está em choque. Ele está irado, expulsando todos os comerciantes e os cambistas do pátio do templo, único lugar destinado aos gentios.

É uma cena realmente chocante. Ele vira a mesa dos cambistas. E diz em alto e bom som: “Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração, mas vocês estão fazendo dela um covil de ladrões!”

Como atrair nações para o Deus de Israel, se o pátio onde essas nações deveriam orar, é utilizado para comércio?

Jesus os chamou de ladrões, afirmando que aqueles homens estavam transformando a casa de oração em um covil. Covil é uma cova de animais selvagens. Não passou "panos quentes". Não disse palavras amenas. Somente selvagens para transformar a casa de oração em lugar de ladrões. Sua ira é santa e legítima. É justa. O complexo do templo havia se transformado em um lugar de comércio. Comércio e oração não combinam. Oração é relacionamento.
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Fico imaginando se o Senhor fizesse isso hoje. Se visitasse todos os lugares que são denominados na atualidade como "templo". Quantas mesas derrubaria? Quantos comerciantes e cambistas expulsaria? Quão indignado e irado ficaria?

Por serem considerados impuros cerimonialmente, os cegos e mancos não podiam chegar ao templo, mas encorajados pela atitude de Jesus, eles se chegaram. Ele os curou.

Mas, pasmem, quando os chefes dos sacerdotes e os mestres da lei viram, o texto diz "as coisas maravilhosas" que Jesus fazia e as crianças gritando no templo: “Hosana ao Filho de Davi”, ficaram indignados e Lhe perguntaram: “Não estás ouvindo o que estas crianças estão dizendo?”

Jesus respondeu que sim, Ele estava ouvindo. E perguntou àqueles que se consideravam os entendidos da lei se nunca haviam lido que dos lábios das crianças e dos recém-nascidos saía louvor. Com certeza, ficaram furiosos. Jesus estava aceitando o louvor de crianças, que O reconheciam como Filho de Davi, herdeiro legítimo do trono de Israel.

Foi um dia agitado. A "ordem" do templo foi questionada e totalmente "desorganizada". Compradores e vendedores expulsos do pátio dos gentios, mesas de cambistas viradas, pombas lançadas para tudo que é lado. Cegos e mancos curados. Crianças gritando "Hosana ao Filho de Davi". Muitas coisas para um dia só.

Quando Jesus saiu dali, foi para a cidade de Betânia, muito próxima a Jerusalém, onde passou a noite.

Quanto a nós, ficamos por aqui também. Analisando Suas atitudes, Suas prioridades, Sua ira santa e justa. Analisemos nossas atitudes também. Temos ficado alheios ao que tem sido feito "no templo"? Sua casa tem sido feita casa de oração ou covil de ladrões? Somos dos que derrubam as mesas dos cambistas ou dos que organizam o comércio? O zelo pela Sua casa tem nos consumido como consumia o Senhor (Salmos 69) ou temos sido consumidos por todo tipo de comércio em Sua casa?

Nossas vidas tem sido vidas de oração ou vidas de comercialização?

Jesus seria aceito em nossos templos? Ou seria odiado como os chefes dos sacerdotes e mestres da Lei odiaram-No?

Amanhã prosseguimos.





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