sexta-feira, 30 de março de 2018

Somos o filho mais velho?

Continuamos no capítulo 15 de Lucas.

Jesus contou a parábola do filho pródigo. Vimos que nela existem três principais personagens. Já vimos dois. Agora o último. O filho mais velho.

Ele era o primogênito. O herdeiro. A benção estava sobre ele. Sua porção era dobrada.

Trabalhava com o pai. Aprendendo a lidar com tudo que um dia seria dele e de seus filhos. Seu pai o ensinara, com prazer.

Seu irmão não se interessava em aprender. E um dia foi embora.

Ele continuou ali. Ao lado do pai. Trabalhando incansavelmente.

Mas não sabia quem era. Sentia-se como um escravo. Era o herdeiro. Tudo que era de seu pai, era dele. Mas não conseguia se enxergar assim. Obedecia por temor e não por amor.

Quando chega em casa uma tarde, após seu dia de trabalho, ouve um alarido de festa. Não entende. Não tem nada planejado. Ele é daqueles que tem tudo planejado. Um religioso. Que obedece por temor.

Pergunta a um empregado da casa. É informado que seu irmão voltou. Seu pai mandou matar o novilho gordo e está dando uma festa em sua homenagem.

A ira toma conta dele. Como assim? O irmão mais novo foi embora. Sem dar notícias. E ainda por cima, fica sabendo, desperdiçou tudo o que tinha, vivendo irresponsavelmente. Desfrutando de prazer. Pelo puro prazer. Sem se preocupar com nada.

Não vai entrar em casa. Não participará dessa festa ridícula.

Seu pai vai até onde está. Tenta convencê-lo a entrar. Ele está cansado. E desabafa: “Todos esses anos tenho te servido como um escravo e você nunca me deu sequer um cabrito para eu festejar com meus amigos. Agora, vem esse seu filho, que desperdiçou tudo com prostitutas, é recebido com festa e você manda matar o novilho gordo para ele? Que injustiça!”

O pai pacientemente responde que eles sempre estão juntos. Ele não é um escravo, afinal tudo que o pai tem pertence a ele. Ele é o primogênito. Um filho. Amado.

E conclui: “Mas nós tínhamos que comemorar e alegrar-nos, porque este seu irmão estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi achado”.

Será que somos como esse filho mais velho?

Servimos ao Senhor por amor ou por religiosidade? Por amor ou temor? Temos consciência de onde Ele nos tirou? Temos consciência de que nos tornou Seus filhos quando não éramos nada?

Será que O servimos por termos medo dEle, mas no fundo, nos sentimos como escravos? Ele nos deu o livre arbítrio. Podemos escolher. Claro, a melhor escolha é Ele. Mas somos livres para escolher. E quando O escolhemos, descobrimos o verdadeiro significado da liberdade!

Somos como esse filho mais velho que se recente quando alguém que não merecia perdão, o recebe gratuitamente do Senhor? E esquecemos que nós também não somos merecedores do perdão que recebemos?

A verdade é que, por mais que façamos por merecer, nunca mereceremos. Ele nos amou. Foi graça.  Nos perdoa. Foi graça.

Que aceitemos Seu amor. Que nos alegremos quando alguém não merecedor, como nós, encontra o perdão e a restauração.

Amanhã prosseguimos nossa caminhada através de Lucas. Capítulo 16.

Até lá.




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