quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Logo atrás, a ruína

Continuamos nossa caminhada através de 2 Crônicas.

Ontem vimos como Joás agiu com Zacarias, filho de Joiada que havia sido seu conselheiro e protetor. Seu coração deixou-se enganar por lisonjas, desviando-o do Caminho.
http://www.espalhandoasemente.com/2018/07/tudo-foi-quebrado.html

Hoje, caminharemos pelas páginas do capítulo 25.

Amazias, filho de Joás, tinha vinte e cinco anos de idade quando começou a reinar. Reinou vinte e nove anos. Praticou o correto e agradável diante dos olhos do Senhor. Mas - e esse mas me deixa intrigada - não foi totalmente sincero em seu coração.

O que será que aconteceu?

Quando o reino estava sob seu total controle, mandou matar os oficiais que haviam assassinado seu pai. Não executou os filhos dos assassinos. Agiu conforme o Livro da Lei de Moisés. Como o Senhor ordenou, quando disse que os pais não morreriam em lugar dos filhos, nem os filhos em lugar dos pais, mas cada um morreria por seu próprio erro e pecado.

Depois Amazias convocou Judá. Dividiu conforme as suas famílias. Nomeou comandantes de mil e chefes de cem homens. Fez isso em toda a região de Judá e Benjamim. Reuniu todos os homens com mais de vinte anos. Constatou que podia contar com trezentos mil guerreiros. Todos prontos para o serviço militar. Capazes de empunhar a lança e o escudo.

Resolveu contratar cem mil homens de Israel. Experientes em combate. Pelo valor de três toneladas e meia de prata.

Porém, um homem de Deus foi até ele e lhe advertiu. Disse-lhe que o Senhor não estava com Israel, portanto ele não deveria deixar o exército de Israel caminhar com ele. Mas, se julgasse que seria fortalecido para a guerra dessa maneira, o Senhor o faria cair diante do inimigo. Afinal, o Senhor tem todo o poder para cooperar e também para fazer cair e derrotar.

Amazias havia gasto aquelas três toneladas e meia de prata. Perguntou ao homem de Deus o que faria com essa perda. Se fosse eu, responderia que se tivesse consultado ao Senhor, antes, não teria perda alguma.

O homem de Deus prontamente respondeu que o Senhor tinha muito mais a dar a ele.

Amazias ouviu o homem de Deus. Separou as tropas de Efraim e ordenou que voltassem para sua terra.

Apesar de terem recebido a prata, sentiram-se ofendidos por não lutarem com Judá. Foram furiosos para sua terra.

Amazias, encorajado, conduziu seu povo. Foi ao Vale do Sal. Ali, com seu exército matou dez mil. Também capturou outros dez mil. Eles os conduziram ao alto de um penhasco e os atiraram de lá. Todos morreram despedaçados.

Enquanto isso, as tropas que Amazias havia mandado de volta, atacaram as cidades de Judá. Desde Samaria até Bete-Horom. Mataram três mil pessoas. Saquearam as propriedades. E levaram grande quantidade de despojos.

Então, me preparo para ler que Amazias retornou da guerra e orou ao Senhor, que lhe entregou Israel. Mas não. Não é isso que está escrito.

Amazias retornou da guerra trazendo os deuses do povo de Seir entre os despojos. Ele os estabeleceu como seus próprios deuses e protetores. Reverenciou e queimou incenso diante deles, adorando-os.

Claro que sabemos o que aconteceu em seguida. A ira do Senhor acendeu grandemente contra Amazias. O Senhor enviou um de Seus profetas, que lhe perguntou porque havia buscado os deuses de Seir, que sequer foram capazes de livrar seu próprio povo.

Enquanto o profeta ainda falava com o rei, foi interrompido. O rei perguntou-lhe quem havia feito dele seu conselheiro. Ordenou que se calasse ou morreria naquela mesma hora.

O profeta calou-se. Mas não sem antes advertí-lo, dizendo que sabia que o Senhor havia decidido destruí-lo. Primeiro porque havia adorado deuses falsos. Depois, por não dar ouvidos à advertência que ele trazia. Que coragem a desse homem!

Depois de buscar conselhos e sugestões, Amazias mandou uma mensagem a Jeoás, rei de Israel dizendo que queria encontrar-se com ele para medir forças.

Jeoás mandou responder a Amazias que este estava sendo arrogante e vaidoso por ter derrotado Edom. Que ficasse quieto em seu palácio, ou acabaria provocando uma desgraça apenas para destruir a si e a Judá.

Verdadeiramente o coração de Amazias estava cheio de arrogância e vaidade. Ele também não atendeu a essa advertência.

Por terem buscado adorar e servir às divindades de Edom, o Senhor quis entregá-los aos seus inimigos. 

Jeoás foi para a batalha contra Amazias em Bete-Semes, no território de Judá.

Judá foi completamente derrotado diante do exército de Israel. Os soldados fugiram para suas casas. Os mesmos soldados que venceram Edom.

Jeoás prendeu Amazias, e o levou até Jerusalém. Lá derrubou cento e oitenta metros do muro da cidade. Desde a porta de Efraim até a porta da Esquina. Tomou posse de todo ouro, prata e objetos sagrados encontrados na Casa do Senhor. Os mesmos objetos que haviam estado sob a guarda de Obede-Edom. Tomou também os tesouros do palácio real e fez reféns.
http://www.espalhandoasemente.com/2018/06/cada-um-tem-seu-lugar.html

A partir do momento em que Amazias decidiu não obedecer ao Senhor, muitos de seus colaboradores conspiraram contra ele em Jerusalém. Se viu obrigado a fugir para Láquis. Mas Foi perseguido e assassinado. Seu corpo foi transportado de volta, a cavalo. Foi sepultado junto aos seus antepassados.

Sim, é verdade, a ruína vem logo atrás da soberba (Provérbios 16.18).

Amazias começou servindo ao Senhor. Obedeceu conselhos de um homem de Deus (que nem sabemos seu nome, embora saibamos de quem era e a quem servia). Mas quando ganhou a guerra, atribuiu a vitória a si mesmo. Não percebeu que o Senhor o abençoou para que fosse vitorioso, porque havia obedecido. Não deu-Lhe glória.

Quando a soberba entrou em seu coração, foi atraído para outros deuses. Olhou os ídolos dos filhos de Edom. E os adorou.

O Senhor mandou-lhe um profeta, para que caísse em si e voltasse para Ele. Mas seu coração, cheio de soberba e vaidade, não quis ouvir. Escolheu a apostasia.

A ruína veio quando provocou Jeoás. Foi preso. O templo saqueado. Os muros de Jerusalém destruídos. Até que foi assassinado, fora de Jerusalém. Havia começado bem. Agradando ao Senhor. Mas terminou tão mal!

Mais uma vez, lembremo-nos de Paulo. Começou mal. Perseguindo a Igreja do Senhor. Mas terminou bem. Sendo ele mesmo perseguido, por causa do Caminho. Passou a combater o bom combate, até que completou sua carreira e guardou a fé (2 Timóteo 4.7).

Sempre temos essa escolha. Que sejamos como Paulo, não como Amazias.

Amanhã continuamos. Espero você.

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