Depois de uma pausa forçada de alguns dias, continuamos nossa caminhada por 2 Crônicas.
Vimos que Amazias, ao vencer a guerra, não olhou para o Senhor. Escolheu olhar para os ídolos de seus inimigos, adotando-os e prestando-lhes culto. Abandonou o Senhor.
Vimos também o que lhe aconteceu.
http://www.espalhandoasemente.com/2018/08/logo-atras-ruina.html
Hoje, andaremos pelas páginas do capítulo 26.
Judá escolheu Uzias para ser rei em lugar de Amazias, seu pai.
Estava com dezesseis anos de idade. Reinou cinquenta e dois anos. Reconquistou e reconstruiu Elate.
Lembre-se que quando perdemos um território, primeiro precisamos reconquistá-lo para depois reconstruí-lo. E nesse processo há muito que destruir e derrubar, para reconstruir em alicerce adequado. É muito mais difícil reconstruir do que construir. É necessário muito mais trabalho. Pense nisso. Precisamos proteger os territórios conquistados, para que a próxima geração não precise lutar para reconquistá-los.
Uzias andou no caminho correto e agradável ao Senhor durante toda a vida de Zacarias, que era seu mestre e o instruiu no temor do Senhor. Enquanto procurou agradá-Lo, Ele o fez prosperar.
A prosperidade vem do Senhor. Ele a dá quando procuramos agradá-Lo e não a nós mesmos. Sua prosperidade é diferente da nossa. Muitas vezes, completamente diferente.
Prosperidade não significa riquezas. Significa fazer uma boa viagem. Ter tudo que precisamos para essa viagem. Muitas vezes achamos que precisamos de algo que atrapalha nossa caminhada. Malas demais para carregar. Falsa prosperidade. Pedras de tropeço.
É triste ver que Uzias foi fiel enquanto Zacarias o instruiu. E depois, como será?
Uzias atacou os filisteus. Conseguiu derrubar o muro de três cidades. Edificou cidades na região de Asdode e em vários outros lugares no território dos filisteus. Tudo porque o Senhor estava ao seu lado.
Os amonitas pagavam impostos a Uzias. Sua fama se espalhou até a fronteira do Egito. Ele e seu reino se tornaram muito poderosos e respeitados. Porque o Senhor o promoveu.
Uzias construiu torres em Jerusalém. Na porta da Esquina, na porta do Vale e junto ao Ângulo. Também construiu torres no deserto. Perfurou muitas cisternas. Era proprietário de muitos rebanhos. Nas planícies e na Sefelá, os planaltos de Judá.
Mantinha trabalhadores em seus campos e vinhas. Nas colinas e nas terras férteis. Gostava muito de agricultura.
Possuía um exército bem treinado. Organizado em grupos de acordo com o número de soldados convocados. Seu exército era comandado por dois mil e seiscentos chefes de famílias. Guerreiros corajosos e decididos. Um exército poderoso de trezentos e sete mil e quinhentos soldados. Uzias equipou esse exército com escudos, lanças, capacetes, couraças, arcos e atiradeiras de pedras. Estavam à sua disposição.
Em Jerusalém, construiu máquinas, projetadas por especialistas, para serem posicionadas nas torres e nos cantos das muralhas. Elas deviam atirar simultaneamente grande quantidade de flechas e arremessarem grandes pedras contra as forças inimigas, na defesa das esquinas. Era um homem que pensava. Tanto no ataque quanto na defesa. Tinha visão estratégica. Como devemos ter.
Sua fama foi contada e divulgada até em terras muito distantes. O Senhor o ajudou, de forma extraordinária, até que se tornou bastante conhecido e poderoso.
Então...
Zacarias, seu mestre morreu. Ele não tinha uma experiência individual com o Senhor. Não tinha o coração como o de Davi. Não conhecia o Senhor.
Iniciou-se sua queda.
Assim que começou a vangloriar-se de suas conquistas e poder, seu coração se encheu de orgulho e soberba.
Sabemos o resultado do orgulho e da soberba. Essa atitude o conduziu à queda e ao insucesso. Deixou de ser ajudado pelo Senhor. Deixou de ser próspero.
Por causa de seu afastamento do Senhor, não sabia mais sua identidade, nem sua posição.
Entrou na Casa do Senhor para queimar incenso no altar, o que era permitido apenas aos sacerdotes.
Azarias, o sacerdote, foi atrás dele. Com oitenta sacerdotes do Senhor, homens ilustres e corajosos. Muitos corajosos. Afinal, era o rei. Podia ordenar a morte de todos.
Com grande coragem, opuseram-se a Uzias. Advertiram-lhe que não era sua competência incensar diante do Senhor. Somente os sacerdotes, descendentes de Arão, podiam incensar. Foram consagrados para isso. Uzias havia sido consagrado para ser rei.
Ordenaram-lhe, mesmo sendo o rei, que saísse do santuário. Disseram que havia sido infiel e pecado terrivelmente. Que já não tinha direito à glória que vem do Senhor.
Quanto isso é sério! Desprezou a glória do Senhor através de sua soberba. Perdeu o direito a ela. E a glória do homem é totalmente vã.
Uzia estava com o incensário na mão. Pronto para oferecer a queima do incenso sagrado, quando se encolerizou contra os sacerdotes.
Quando o sumo sacerdote Azarias e todos os sacerdotes olharam para ele, estava leproso na testa.
Apressadamente o lançaram fora. Até ele ficou apressado para sair quando notou que o Senhor o ferira.
Sofreu dessa grave doença de pele até o dia da sua morte. E pior, teve que viver, por ser considerado leproso, numa casa separada. Foi excluído da Casa do Senhor. Foi excluído da convivência com sua família. Foi excluído de seu próprio palácio. Não pôde mais reinar. Jotão, seu filho, passou a ter que administrar o reino em seu lugar, até sua morte.
Quando morreu, foi sepultado próximo a seus antepassados, em um cemitério de propriedade dos reis em Jerusalém. Não foi sepultado no tradicional túmulo dos grandes reis, por ser leproso.
Seu estado fez dele um excluído. Até em sua morte. Tudo porque a soberba e o orgulho passaram a dirigir sua vida, que não tinha mais lugar para a direção do Senhor. Esqueceu quem o havia promovido.
É muito triste vermos que os que escolhem se vangloriar em suas obras e dão lugar à soberba e ao orgulho, perdem suas identidades. Não conseguem mais saber quem são. Não conseguem mais identificar suas posições. São excluídos. Como leprosos que precisavam ficar separados de todos os outros.
Que tenhamos cuidado em tudo! Que reconheçamos que Ele é quem luta por nós. Quem nos ajuda. Quem nos abençoa. Quem nos promove.
É Ele quem nos dá vitória. E só a Ele pertence a glória. Se queremos nossa glória, perdemos a dEle.
Amanhã prosseguimos. Até lá.
Nenhum comentário:
Postar um comentário