sábado, 11 de maio de 2019

Ester 1.1-22


Leitura do dia 10/05.

Continuamos nossa caminhada através do Livro dos livros. O único livro que é vivo. E que produz vida verdadeira. Uau!

Ontem vimos o repovoamento de Jerusalém, com líderes e homens valorosos. Também vimos como foi a dedicação do muro. As provisões para o culto no templo. As diversas reformas realizadas. O que aconteceu enquanto Neemias precisou voltar a Artaxerxes e o que fez quando voltou. Até bateu em alguns e arrancou seus cabelos. Não sem motivo. 
http://www.espalhandoasemente.com/2019/05/neemias-111-1331.html

Hoje, voltaremos um pouco no tempo e iniciamos a leitura de um novo livro, Ester. Todos chamam a atenção para o fato do nome do Senhor não ser mencionado nenhuma vez em todo o livro. No entanto, conseguimos vê-Lo por trás de toda a trama descrita. Sempre pronto a livrar Seu povo.

Leremos os três primeiros capítulos. Na primeira postagem, o capítulo um.

Os acontecimentos descritos em Ester aconteceram na época em que Xerxes (ou Assuero, em hebraico) reinou. Entre 486 a 465 a.C. Seu reino abrangia 127 províncias. Da Índia até a Etiópia. Seu trono ficava em Susã, hoje, Irã.

No terceiro ano de seu reinado, ofereceu um banquete aos seus nobres e oficiais. A festa durou, nada mais, nada menos que 180 dias. Seis meses de festa! Com certeza foi uma enorme (eu diria fantástica) demonstração da grande riqueza de seu império. 

Imagino o frenesi dos empregados do palácio. Recebendo nobres e oficiais de todas as províncias dominadas por Xerxes. Não eram apenas hóspedes. Participavam de uma festa. Devia ser uma correria louca. Comidas e mais comidas, bebidas. O tempo todo “um limpa aqui, limpa ali”. Roupas de camas sendo trocadas. Gente caindo de bêbado aqui e ali. Sem fogões industriais, sem máquinas de lavar louça ou roupa, nem secar.

Quando a “festinha” de 180 dias termina, Xerxes oferece um banquete. Esse foi mais modesto. Durou “apenas” sete dias. Aconteceu no jardim do palácio. Também em grande pompa. Todos os moradores de Susã foram convidados. Todos. Sem exceção. Ricos e pobres.

O escritor de Ester nos conta que o pátio estava lindamente enfeitado. Exibia cortinas brancas de algodão (vindo do Egito, será?) e com tapeçarias azuis. Estavam presas com cordas de linho branco e fitas vermelhas em argolas de prata fixadas em colunas de mármores. Os sofás que, certamente, eram muitos, tinham armação de ouro e prata. Estavam sobre um piso de mosaico de pórfiro (uma rocha de origem vulcânica), mármore, madrepérola e outras pedras preciosas. Uau! Muito luxo. Eu ficaria, no mínimo, um dia inteirinho só observando aquele piso.

As bebidas foram servidas em taças de ouro. De diversos modelos. E, para mostrar a generosidade real, havia grande quantidade de vinho. Os oficiais do palácio foram instruídos a servirem quanto vinho cada um desejasse.

Nessa mesma ocasião, a rainha, Vasti, ofereceu um banquete. Só para as mulheres. Este banquete foi no palácio. Separado do de Xerxes.

No sétimo dia do banquete, o rei já estava bem alegre por causa do vinho. Ordenou aos sete eunucos que o serviam, que buscasse a rainha, usando a coroa real. Queria mostrar o quanto era bela.

Não sei se “usando a coroa real” significa que seria essa sua única vestimenta. Talvez estivesse cansada de bebedeiras e bêbados e soube que o rei já estava bem afetado. O fato é que recusou ir. Simples assim.

O rei ficou furioso. Completamente indignado. Arrisco dizer que o efeito do vinho deve ter passado quase imediatamente, tamanha raiva. 

Imediatamente reuniu seus conselheiros. Queria saber o que a lei dizia sobre uma rainha desobedecer a ordem de seu rei, transmitida por seus eunucos.

Os homens já estavam se descabelando, com certeza. Um dos conselheiros, Memucã respondeu que a rainha devia ser deposta, expulsa da presença do rei, para sempre. Se não agisse assim, antes do dia terminar, todas as esposas dos nobres das 127 províncias iam saber o que Vasti fizera e passariam a tratar seus maridos com desprezo e indignação sem fim.

O conselho pareceu razoável ao rei. Enviou cartas a todas as partes do império. Cada um leria em sua própria língua. Nelas proclamava que todo homem devia ser o chefe de sua própria casa e ter sempre a última palavra.

Se você é mulher e está lendo, com certeza, está indignada. Se é homem, achou o decreto do rei, pertinente.

Mas, o que a Bíblia nos fala a esse respeito? Bem, seria uma discussão acalorada e longa, estou certa. Quando estivermos em Efésios, voltaremos a esse assunto. Porém, gostaria de dizer apenas uma coisa. Paulo, entre outras ordens, ordena aos maridos que amem suas esposas como o Senhor Jesus amou a Igreja. Um marido que obedece essa ordem, pode ter a última palavra, sempre. Não será uma palavra egoísta. Será temperada em amor. Será para o bem. O Senhor nunca tratou a Igreja de forma reprovadora. Ele deu Sua vida por ela.

Bem, acalmem-se! Nada de apontar de dedos. Agora estamos em Ester. Provavelmente 481 a.C. Voltemos então, ao texto.

Vasti foi deposta.O rei ficará sem rainha?

Veremos na próxima postagem.

Espero você. Até já.

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