Leitura do dia 16/07.
Na postagem anterior vimos que a aflição esperava (e espera) todos que se afastam do Senhor, andando longe de Seus ensinos.
http://www.espalhandoasemente.com/2019/07/isaias-58-30.html
Agora, caminharemos pelo capítulo seis de Isaías.
Era o ano 740 a.C., o ano que o rei Uzias morreu.
Isaías nos conta que viu o Senhor. Ele estava em Seu trono. Um alto trono. A borda de Seu manto enchia o templo. Acima dEle estavam os serafins, seres celestiais. Eles possuíam seis asas. Com duas cobriam o rosto. Com duas cobriam os pés. E com duas voavam. A atitude deles era de total reverência à santidade do Senhor.
Além de voar, não estavam calados. Diziam uns aos outros: "Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos. Toda terra está cheia de Sua glória".
Suas vozes eram estrondosas. O templo foi completamente sacudido. Até os alicerces. Todo o edifício estava cheio de fumaça. Em reverência à santidade do Senhor.
Isaías ficou apavorado. Quando viu o Senhor em Sua santidade, viu que estava perdido. Era seu fim, ele disse. O profeta a quem o Senhor vinha falando e dando visões, não se gabou de ver o Senhor. Disse que era seu fim. Ai dele. Era um homem de lábios impuros. E habitava no meio de um povo que também possuía lábios impuros. E seus olhos estavam vendo o Rei, o Senhor dos Exércitos.
Quando vemos o Senhor em Sua santidade, não há o que dizermos a não ser: “Ai de mim, estou perdido”. Como não reconhecer quem somos quando O enxergamos como Ele é? Santo, puro, majestoso!
Enquanto estava naquele suspense, acreditando que seria morto, um dos serafins voou em sua direção. Trazia uma brasa ardente. Havia tirado essa brasa do altar com uma espécie de alicate de metal que aguenta altas temperaturas. Nem o serafim conseguia resistir àquela brasa.
Os lábios de Isaías foram tocados com essa brasa. Ardente. O serafim disse que a brasa ardente havia tocado seus lábios. Agora, sua culpa foi removida. Seus pecados, perdoados.
Isaías estava falando a verdade. Seus lábios eram, de fato, impuros. Precisavam ser queimados. Pela brasa ardente do altar do Senhor. Lembra? O fogo purifica.
Quando foi purificado, sua culpa removida e seus pecados perdoados, Ele ouviu o Senhor. Antes O viu. Reconheceu seu estado. Sua culpa e pecado. Após o perdão, conseguiu ouvir o Senhor. Sua pergunta.
Sim, o Senhor perguntou: “Quem enviarei como mensageiro a este povo? Quem irá por nós?”
Isaías conhecia o povo. Sabia que era um povo difícil, de dura cerviz. Mas, diante da pergunta do Senhor, após ter sido purificado e perdoado, não havia dúvidas em seu coração. Respondeu imediatamente: “Aqui estou; envia-me!”
Como não se oferecer ao Senhor depois de termos Seu perdão? Somos dEle. Como não nos oferecermos a Ele? Como não nos voluntariarmos a Seu serviço após ver Sua santidade?
O Senhor aceitou Isaías. Ordenou que fosse. E falasse ao povo. Entregou Sua mensagem. Era dura.
O pecado era tamanho que ouviam com atenção, porém não conseguiam entender nada. Observavam bem, mas não aprendiam. O coração estava endurecido. Seus ouvidos tapados. Seus olhos fechados. Assim, não veriam. Não ouviriam. Não entenderiam com o coração. Nem se voltariam para o Senhor para serem curados.
Chega um momento que o afastamento do Senhor é tão grande que ouvidos não funcionam. Olhos não enxergam. Corações não entendem. É o resultado de uma vida que anda pelo caminho do pecado. Que o arrasta como se arrastasse uma carruagem. Como se carregasse uma mochila presa às costas.
Quando Isaías ouve a mensagem que precisa entregar, seu coração se parte. Ele se desespera. É o povo do Senhor. Seu povo. Não consegue conter. Pergunta ao Senhor até quando aquela situação durará.
Tenho aprendido que o Senhor gosta de perguntas. Gosta que tenhamos a ousadia de Lhe perguntar. Mas, precisamos estar prontos para Sua resposta.
O Senhor respondeu que seria assim até que as casas fossem abandonadas, as cidades ficassem vazias e a terra desolada. Até que o Senhor houvesse mandado todos ao exílio.
O pecado era tal que, ainda que uma décima parte sobrevivesse, a terra seria invadida novamente e queimada. Destruição total. Haverá esperança?
Sempre que o Senhor vem com Seu julgamento, Ele vem para alinhar. Para curar. Para restaurar.
Sua palavra final a Isaías é de esperança. Israel seria como o terebinto e o carvalho quando são cortados e deixam apenas um “toco”. Esse toco brota. O “toco” de Israel seria como uma semente santa. Brotaria novamente. Com vida pura. Restaurada.
Que sejamos como Isaías. Que vejamos o Senhor em Sua santidade. E nos arrependamos por nossa fala, nosso atos. O que precisarmos.
Que ouçamos Sua voz. E nos ofereçamos a Ele. Que levantemos nossas mãos. Que estejamos dispostos. “Senhor, aqui estou. Envia-me”.
Que sejamos Seu remanescente puro. Que se levantará com Sua mensagem. Em total rendição.
Continuamos amanhã. Leremos a partir do capítulo sete. Até o capítulo nove.
Espero você. Até lá.
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