Leitura do dia 03/12.
Continuamos nossa caminhada pelas páginas de Gálatas.
Ontem vimos que só há uma mensagem verdadeira de boas-novas. Se alguém, até mesmo um anjo do céu pregar algo diferente, deve ser amaldiçoado.
Também vimos que a mensagem de Paulo vem de Cristo. Por revelação. Os apóstolos aceitaram e incentivaram Paulo a pregar aos gentios.
Paulo aborda a lei e a fé em Cristo e a lei e a promessa de Deus. Somos filhos de Deus, pela fé. Em Cristo não há diferença entre judeu e gentio, escravo e livre, homem e mulher.
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Hoje caminharemos a partir do capítulo quatro. Até o final da carta aos Gálatas.
Paulo afirma que éramos como crianças que ainda não atingiram a maioridade e deveriam obedecer a lei, como se fosse nossa tutora. No tempo adequado Deus enviou o Senhor Jesus que nos resgatou da lei e nos adotou como Seus filhos. Agora, somos herdeiros dEle.
O apóstolo teme que todo seu trabalho pelos gálatas tenha sido em vão. Antes de conhecerem Deus eram escravos de supostos deuses que na verdade, nem existem. Agora conhecem a Deus e são conhecidos dEle, por que desejar voltar a ser escravos dos princípios básicos, frágeis e inúteis do mundo?
Alerta aos gálatas que os falsos mestres estão extremamente ansiosos de agradá-los, mas, no final, sua intenção é afastá-los de Paulo e da verdade das boas-novas.
Paulo sofre por eles, como uma mulher que sente as dores de parto. Não deseja que se afastem da verdade. Quer que Cristo seja plenamente desenvolvido neles.
Lembra-os de que não estamos mais debaixo da lei. Somos filhos de Sara e não de Hagar. Ambas representam as duas alianças. Sara representa a Jerusalém celestial. Ela é nossa mãe. Hagar representa a Jerusalém daquela época, que vivia debaixo das rigorosas exigências da lei.
Assim como Ismael, filho nascido da vontade humana, perseguia Isaque, filho nascido do poder do Espírito, hoje os filhos da escrava perseguem os filhos da mulher livre.
O Senhor Jesus verdadeiramente nos libertos. Devemos permanecer em Sua liberdade, não nos submetendo novamente à escravidão da lei. Todo que se deixa ser circuncidado deve obedecer toda a lei, não apenas a da circuncisão. Se alguém procura tornar-se justo diante de Deus através do cumprimento da lei, está separado de Cristo. Caiu longe da graça. Somos justificados pela fé em Jesus.
Nós vivemos pelo Espírito, não pela lei. Vivemos pela fé. Em Cristo a circuncisão não é importante. O importante é a fé expressa através do amor. A fé sempre produzirá ações baseadas no amor.
Que, como Paulo exortou aos gálatas, tenhamos atenção. Um pouco de fermento leveda toda a massa. Não podemos deixar a corrida de lado. Não podemos deixar de seguir a verdade.
Somos exortados a viver em liberdade, mas não usar essa liberdade para satisfazer nossa natureza humana. Nossa liberdade deve ser usada para servirmos uns aos outros em amor. Seu conceito de liberdade talvez seja diferente do nosso. Achamos que liberdade é a autorização para fazermos o que desejarmos. Não é. É servir uns aos outros em amor. Afinal, toda a lei pode ser resumida em um único mandamento: “Ame o seu próximo como a si mesmo”.
Que não estejamos nos mordendo uns aos outros, correndo o risco de nos autodestruir. Para que tal não aconteça devemos deixar que o Espírito do Senhor guie nossas vidas. Assim, não satisfaremos os anseios da natureza humana. Satisfaremos os anseios do Senhor.
O desejo da natureza humana é fazer exatamente o contrário do que o Espírito deseja. O Espírito nos impele em direção aos desejos de Deus. Essas duas naturezas duelam o tempo todo. Se ficarmos nesse duelo, não teremos liberdade de fazer o que desejamos. Devemos ser guiados pelo Espírito, assim não estaremos debaixo da lei.
Paulo nos lembra que, sempre que seguimos os desejos da natureza humana temos os mesmos resultados, que não são nada bons:
- Imoralidade sexual;
- Impureza;
- Sensualidade;
- Idolatria;
- Feitiçaria;
- Hostilidade;
- Discórdias;
- Ciúmes;
- Acessos de raiva;
- Ambições egoístas;
- Dissenções;
- Divisões;
- Inveja;
- Bebedeiras;
- Festanças desregradas
- E outros pecados semelhantes.
Muito diferente do fruto que o Espírito produz que é:
- Amor;
- Alegria;
- Paz;
- Paciência;
- Amabilidade;
- Bondade;
- Fidelidade;
- Mansidão (força sob controle);
- Domínio próprio.
Contra os resultados dos desejos da natureza humana há lei. Contra o fruto do Espírito não há. Preste atenção: os primeiros são resultados de desejos da natureza humana. Os demais, fruto do Espírito. Não são nossos desejos por estarmos seguindo ao Senhor e Seu Espírito. É o fruto que o Espírito produz em nós por estarmos seguindo a Ele.
O certo é que todos que pertencem ao Senhor Jesus crucificaram as paixões e os desejos de sua natureza humana. Significa que não desejo mais o que antes desejava. Se vivemos pelo Espírito, precisamos seguir Sua direção em todas as áreas de nossas vidas. E apresentar seu fruto.
Mas, se alguém for vencido pelo pecado, aqueles que são guiados pelo Espírito devem, com mansidão, ajudá-los a voltar ao caminho certo. Ajudá-los. Não condená-los. Não empurrá-los ladeira abaixo. Devemos ajudá-los em mansidão.
Pessoalmente devemos cuidar para não cairmos em tentação. E ajudar uns aos outros a levar os fardos. Assim, obedeceremos a lei do Senhor. Se nos consideramos importantes demais para ajudar os outros, estamos nos enganando. Não somos servos de Cristo.
Cada um de nós é responsável por seus atos. Prestemos atenção ao nosso trabalho. Se o fizermos bem não precisamos nos comparar com ninguém.
Quem recebe o ensino da palavra deve repartir todas as boas coisas com seus mestres.
Que ninguém nos engane. Não se zomba de Deus. Sempre colheremos o que semearmos. Quem vive apenas para satisfazer a natureza humana colherá os frutos de sua semeadura, que é ruína e morte. Quem vive para agradar ao Espírito colherá a vida eterna.
Não nos cansemos de fazer o bem. Ao seu tempo receberemos a recompensa se não tivermos desistido pelo caminho. Então, sempre que tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, principalmente aos nossos irmãos em Cristo.
Quem estava pregando a circuncisão aos gálatas estava fazendo para não ser perseguido por causa das boas-novas de Cristo. Mas, somente a cruz do Senhor pode nos salvar.
Que aprendamos a ser como Paulo, que se gloriava somente na cruz do Senhor Jesus Cristo. E, por causa de Sua cruz seu interesse pelo mundo foi crucificado e o interesse do mundo por ele também morreu. É assim conosco? O mundo não nos interessa e não somos interessantes para o mundo? Apresentamos os resultados dos desejos da natureza humana em nossas vidas ou o fruto do Espírito?
O que importa não é ser ou não circuncidado. O que importa é sermos transformados em nova criação.
Paulo termina sua carta desejando que a paz e a misericórdia de Deus estejam sobre todos que vivem de acordo com esse princípio, o Israel de Deus, judeu ou gentio, circuncidado ou não.
Lembra ainda que traz em seu próprio corpo as marcas de que pertence a Jesus.
Terminamos aqui mais uma carta. Mais um livro.
Amanhã continuamos. Leremos os três primeiros capítulos de Efésios.
Espero você. Até lá.
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