Amo filmes. Mas tem algo que amo mais: livros!
Amo ouvir as descrições e imaginar o cenário. Os personagens. A cena. E tenho um autor preferido. O livro mais fantástico dEle conta sobre um Leão que ao mesmo tempo é Cordeiro. História fantástica! Gosto muito do livro Symone e do livro Davi. Depois do livro do Cordeiro, Davi é o meu preferido. Já li e reli muitas vezes.
Outro, que sou fascinada, chama-se José. Que história intrigante! Quando o Autor começa a descrever, logo percebo quem será o protagonista. Meu preferido. Conheço cada traço dele na minha imaginação. E fico na expectativa do que vai acontecer. Quem ele será? Qual seu destino? É simplesmente linda a túnica que seu pai lhe fez. Está certo que irritava seus irmãos. Sempre tão “certinho”. O preferido de seu pai.
Avanço as páginas. Seus irmãos resolvem matá-lo. Perco o fôlego. Não! Como assim? Ele é o protagonista! Fecho o livro. Confiro a capa. Está lá: José! Abro. Leio. Ufa! Rubem convence seus irmãos. Já estou indignada por deixarem-no na cisterna vazia. Mas pelo menos não vão matá-lo. Eles o vendem! Que horror! Confiro o nome do autor. Não me enganei! Por certo Rubem vai socorrê-lo.
Pasmem! Não acontece isso! Eles o vendem! E sua túnica? Era tão linda. Olha o estado dela agora! Mostram a túnica ao seu pai. Toda ensanguentada. Tenho que tomar fôlego. Fecho o livro. Imagino Jacó investigando. Resgatando-o. Volto a abrir. Cheia de expectativas. Jacó simplesmente chora. Não vai atrás. Fica por isso mesmo! Alguém, por favor, faça um exame de DNA nessa túnica! Jacó, não se conforme! Não é possível! Se Raquel estivesse viva, com certeza iria atrás. José não morreu!
Sinceramente não consigo entender aonde o Autor quer chegar. E agora? O que vai ser de José?
Tenho que dar um tempo da leitura. Não tem lógica. Tudo bem. Um pouco de mistério é bom, mas isso já passou dos limites. Logo agora que José está com dezessete anos. Tão lindo!
Apesar de ser meu Autor preferido, estou meio indignada. Onde está a lógica de tudo isso?
Retomo à leitura. José é levado ao Egito. É vendido a Potifar. Não era o que eu imaginava, mas está prosperando. Finalmente um sentido! Organiza a casa de Potifar. É um administrador nato. Logo casa e será feliz com sua família. Seu trabalho reconhecido. Mas me preocupa aquela mulher de Potifar. Sempre cercando José. E como se pudesse me ouvir por dentro das páginas de sua história, aconselho: “Foge José! Lembra a quem você serve.” Para meu alívio, ele não se deixa envolver. Ufa! Meu herói! Cada vez gosto mais de José.
Mas ela não desiste. Ataca José. Inventa uma mentira. Não acredito! Que raiva dessa mulher. Mentirosa. “Foge José, eu grito! Foge até encontrar seu pai de novo!”
Mais uma decepção. José vai parar na cadeia! Não consigo entender onde isso vai acabar! Pelo que mais ele terá que passar? Vou escrever para o Autor. Não está certo. Para que tudo isso?
Mas as escolhas de José me impressionam! Organizou a cadeia! Agora cuida de tudo! Fantástico! Não consigo entender muita coisa. Vou continuar. Agora a história vai melhorar! José, mesmo na cadeia, se importa com as pessoas. Percebe a fisionomia preocupada dos prisioneiros. Eureka! O copeiro e o padeiro de Faraó sonham e José interpreta seus sonhos! É isso! Fecho o livro. Bem, agora preciso parar a leitura. Sonho com o desfecho. Com certeza esse copeiro vai interceder por José. Arranjar um emprego para ele no palácio. Ah, finalmente!
Volto á leitura. Não posso acreditar. O copeiro simplesmente se esquece de José! Cada vez fico mais indignada. Dois anos se passam.
Será que obrigaram meu Autor preferido a escrever essa história? Deram a Ele um roteiro que não pode ser mudado? Nem sei se quero continuar a ler! Não me conformo! Os irmãos de José estão todos lá! Numa boa. Olha o que Judá fez a Tamar! E nada aconteceu com ele! E o que dizer de Simeão e Levi? E só José leva a pior? Não tem cabimento! Não suporto injustiça. Isso é injusto demais! José fez tudo certo! Trabalhou direito. Fugiu daquela bendita mulher! E mesmo na cadeia, escolheu ser benção.
Não sei mais o que pensar do Autor! Largo o livro. Para mim, é tudo preto no branco. E essa história, é injusta. É ilógica. Para mim, tudo tem que seguir uma lógica. Como Spock.
Desisto! Mas não consigo parar de pensar! Quando José estava na casa de Potifar tudo estava indo tão bem. Se encaixando perfeitamente. O jeito é continuar. Tenho que ver onde vai acabar essa loucura.
Finalmente. Estou pasma! Que ideia fantástica! O sonho de Faraó. Uau! Não consigo mais parar de ler. José vai ser levado á presença de Faraó. Ele faz a barba. Tenho certeza que era igual a de seu pai e seus irmãos. Ele muda. Faz como a de um egípcio. Olha-se no espelho. Nem seus irmãos o reconheceriam! Leio num fôlego só. Vou ter que me retratar com o Autor. Que história! Que final indescritível! Nem que eu imaginasse mil anos conseguiria escrever ou pensar num final tão tremendamente fantástico! Cada vez que penso, gosto mais! Que mente a desse Autor! Ele sempre me surpreende!
José interpreta o sonho de Faraó. Sai da cadeia. Aconselha o Governador do Egito. Torna-se, da noite para o dia, simplesmente o Vice-governador do Egito!
Não li o livro que o Autor escreveu com o seu nome na capa, mas conhecendo-O só posso imaginar que em seu livro há planos de bem e esperança. E apesar das incertezas que existem pela frente, continue firme. Continue crendo. Você irá se surpreender. Seus leitores com certeza se apaixonarão pela sua história e pelo Autor, que é Poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo que pedimos ou pensamos conforme o Seu poder que opera por entre as páginas das nossas vidas! Ele sempre nos surpreende! Tem muita gente lendo nossa história no exato momento em que ela acontece. Somos cartas abertas! Cartas vivas!
O Autor é a própria Criatividade! Existe um futuro à sua espera! Temos um Roteirista fantástico que, aliado às nossas escolhas, nos darão um futuro! Um futuro maravilhoso! Então, viva!
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