Sinto-me como aquela criança que sai, toda "orgulhosa", contando para todos: "Foi o MEU PAI quem fez!
A vegetação nativa de Brasília é o cerrado. Árvores pequenas e tortas. Mas os pioneiros plantaram muitas árvores. Árvores enormes. Ando olhando para cima. Tem algumas que realmente impressionam. Imensas. Muito altas.
E recordo-me do Senhor falando que o Reino dos céus é semelhante a um grão de mostarda. Já viu um? É minúsculo! Parece com aqueles confeitos de bolo que são umas bolinhas. Muito pequeno.
Jesus fala que o Reino dos céus começa assim. Ele disse que o grão de mostarda é a menor das sementes que se planta na terra. Muitos nem dão valor. Pensam: não vai dar em nada! E desistem. E deixam a jornada, o ministério, o chamado, o sonho, a vida! Mas a semente está ali, debaixo da terra, crescendo, passando por todos os processos necessários. Sozinha. Em secreto. Aprendendo tudo o que precisa, sendo transformada. Mesmo quando, na nossa ânsia por crescimento, olhamos e olhamos, sem nada enxergar.
De repente, começa a aparecer. Mas ainda é tão pequenininha! Quantas vezes olhamos e pensamos que o esforço empreendido foi muito grande e parece que não vai dar em nada. E até pensamos em desistir. Até achamos que erramos de semente. Que plantamos errado. Mas ela continua crescendo e crescendo. Até transformar-se na maior das hortaliças. A mostarda palestina pode chegar até quatro metros de altura. Um grãozinho de nada!
Nunca, jamais, despreze os pequenos começos. Quanto menor, maior a possibilidade de crescimento.
Jesus falou que seus ramos são tão grandes que as aves podem se abrigar à sua sombra. Se eu fosse uma árvore, ia amar isso! Depois de tanto sofrimento. Sufocada debaixo da terra e ainda assim, tendo que crescer. Na solidão. Na escuridão. No frio. Estendendo as raízes. Procurando água. De repente, finalmente, o sol! Ar fresco! Brisa refrescante! Cuidados! Crescimento! Ramos grandes! E lá vem um pássaro. Se abriga sob os ramos e, em gratidão ao Criador, entoa um cântico. E vem outro. E logo está abrigado um coral. Até escuto, bom demais! Ah, se eu fosse árvore, ia amar isso! Ia ter certeza que aquele processo todo, no oculto frio da terra, valeu a pena.
Somos árvores, que devem produzir bons frutos. Ser abrigo. Proteção. Refrigério. Crescendo, como um grão de mostarda.
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