quarta-feira, 23 de março de 2016

Como um grão de Mostarda

As árvores continuam chamando minha atenção. Desde que "falei" sobre elas, parecem mais verdes, mais vivas, mais floridas. E repletas de pássaros. Então, fico mais apaixonada por elas. Ando pela rua ou no parque observando-as e ouvindo o cantar dos passarinhos. E não tem como não me unir a eles e adorar ao Criador fantástico que temos e o melhor, nosso Pai! 

Sinto-me como aquela criança que sai, toda "orgulhosa",  contando para todos: "Foi o MEU PAI quem fez! 

A vegetação nativa de Brasí­lia é o cerrado. Árvores pequenas e tortas. Mas os pioneiros plantaram muitas árvores. Árvores enormes. Ando olhando para cima. Tem algumas que realmente impressionam. Imensas. Muito altas. 

E recordo-me do Senhor falando que o Reino dos céus é semelhante a um grão de mostarda. Já viu um? É minúsculo! Parece com aqueles confeitos de bolo que são umas bolinhas. Muito pequeno. 

Jesus fala que o Reino dos céus começa assim. Ele disse que o grão de mostarda é a menor das sementes que se planta na terra. Muitos nem dão valor. Pensam: não vai dar em nada! E desistem. E deixam a jornada, o ministério, o chamado, o sonho, a vida! Mas a semente está ali, debaixo da terra, crescendo, passando por todos os processos necessários. Sozinha. Em secreto. Aprendendo tudo o que precisa, sendo transformada. Mesmo quando, na nossa ânsia por crescimento, olhamos e olhamos, sem nada enxergar. 

De repente, começa a aparecer. Mas ainda é tão pequenininha! Quantas vezes olhamos e pensamos que o esforço empreendido foi muito grande e parece que não vai dar em nada. E até pensamos em desistir. Até achamos que erramos de semente. Que plantamos errado. Mas ela continua crescendo e crescendo. Até transformar-se na maior das hortaliças. A mostarda palestina pode chegar até quatro metros de altura. Um grãozinho de nada!

Nunca, jamais, despreze os pequenos começos. Quanto menor, maior a possibilidade de crescimento.

Jesus falou que seus ramos são tão grandes que as aves podem se abrigar à sua sombra. Se eu fosse uma árvore, ia amar isso! Depois de tanto sofrimento. Sufocada debaixo da terra e ainda assim, tendo que crescer. Na solidão. Na escuridão. No frio. Estendendo as raízes. Procurando água. De repente, finalmente, o sol! Ar fresco! Brisa refrescante! Cuidados! Crescimento! Ramos grandes! E lá vem um pássaro. Se abriga sob os ramos e, em gratidão ao Criador,  entoa um cântico. E vem outro. E logo está abrigado um coral. Até escuto, bom demais! Ah, se eu fosse árvore, ia amar isso! Ia ter certeza que aquele processo todo, no oculto frio da terra, valeu a pena.


Somos árvores, que devem produzir bons frutos. Ser abrigo. Proteção. Refrigério. Crescendo, como um grão de mostarda.

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