quarta-feira, 6 de abril de 2016

Elias, você, eu e nossa humanidade

Vamos ler um pouco mais sobre Elias? Ele é um dos meus "personagens" preferidos. Falou que está em cena, paro tudo para vê-lo. Como aquelas crianças quando param tudo ao ouvir um som que chama sua atenção.

Aparece de repente, mas em grande estilo! Informando ao rei que não vai mais chover. Não enfrentou nenhum leão, nenhum daqueles guerreiros com lança, mas que coragem! Que homem é esse?

Quando o Senhor o orienta a ser sustentado pelos corvos e pela viúva, que obediência e humildade! Alguém já me disse: “Se Deus mandou, levanta e vai!” Quando obedecemos, não tem como o Senhor não nos abençoar. Não ficamos por conta própria. Ficamos nas mãos dEle! O melhor lugar onde alguém pode estar.

E como o que me comove são os detalhes, definitivamente sou cativada por esse homem poderoso, quando toma delicadamente o filho da viúva em seus braços. Demonstra que realmente andava na presença de Deus. Sabe ser ousado, corajoso, humilde, obediente e sensível. Como nosso Pai, que é fogo consumidor e é amor. Uma brisa suave e tranquila.

Quando enfrenta os profetas de Baal, demonstra audácia e fé. Manda reunir todos no Carmelo (saudades de Israel) e em tempo de seca manda encher de água em volta do altar. Sabe quem é o Deus que serve. E sabe quem ele é. Não está claudicando entre dois senhores, como o povo de Israel. Já fez sua escolha. E, carrega sua identidade em seu nome. "Jeová é o meu Deus". Cada vez que alguém fala seu nome, ativa sua identidade. O faz lembrar quem é e quem é o Seu Deus.

Coragem não lhe falta. Toda vez que encontra com Acabe, algo acontece. Todos param para ver, com o coração cheio de expectativa, "não posso perder essa cena".

Que homem! Faz a chuva parar. É alimentado por corvos. Deixa Deus sustentá-lo através de uma viúva. Faz fogo descer do céu. Mata centenas de falsos profetas. Ele mesmo degolou a todos. E tem a sensibilidade de tomar delicadamente um filho dos braços de sua mãe, ainda que morto, e orar por ele.

E uma das minhas cenas preferidas vem logo em seguida. Depois de degolar novecentos e cinquenta profetas, fala para Acabe comer e beber porque ouvia o som de chuva abundante se aproximar. E o que vai fazer? Orar. Para trazer à existência o que havia falado. Prostra-se aos pés do seu Senhor e clama pela chuva.

Elias era testemunha e também era “ouvidos”.

Nenhuma nuvem no céu e ele ouve o barulho de chuva abundante! Que homem é esse? Seis vezes seu servo vai e nada de nuvem. Perseverante! Se ele ouviu, vai acontecer. Os planos de Deus não podem ser frustrados. Na sétima vez, uma nuvem do tamanho da mão de um homem! Basta! É o suficiente! Não dá nem um balde de água, mas para Elias, que andava na presença de Deus, era o suficiente. Só um sinal de que a chuva abundante viria. Manda um recado para Acabe correr. “A chuva está vindo!” Em pouco tempo o céu se escureceu completamente com as muitas nuvens. Só é preciso uma nuvem do tamanho da mão de um homem para provocar a chuva. Só é preciso um homem que anda na presença de Deus se posicionar!

E o poder do Senhor toma Elias, que corre mais que o carro de Acabe. Sabia quem Deus era. Não queria se molhar.

Um dia um amigo me falou: "Cuidado com o que você ora! Deus vai responder!”

Tenho que correr. Procurar abrigo. Já ouço o som de chuva abundante. Já sinto o cheiro das águas! Já estou me organizando.

E, de repente, quando você já está preparado para a próxima cena, imaginando o que vem do céu agora, ele foge de Jezabel, temendo por sua vida!

É o mesmo homem! Temido e admirado. Corajoso e audacioso.

Ele foge. Deixa seu servo junto à fonte de Berseba, e vai para o deserto! No deserto, pede a morte.

Deita ali mesmo e dorme. Quem sabe quando acordar, tudo mudou? Quantas vezes também penso assim!

Eu olho, só para ter certeza de que é o mesmo homem. Sim, é.

E meu coração se anima! E o amo mais! Elias também se sentiu assim. Também se cansou. Também quis fugir para o deserto. Também quis ficar só. Também pensou em desistir. Também achou que a resposta de Deus estava demorando.

Eu já estava pensando que era um super-homem infalível. Um super-herói com poderes especiais. Que nunca se cansava. Que vivia de aparições magníficas. Agora, o vejo ali, no deserto, deitado, cansado, esgotado. Homem.

E o anjo o acorda. E manda que ele se levante e coma!

Não tem como um homem que anda com Deus ficar prostrado!

Alimentado por corvos, sustentado por uma viúva e agora um anjo assa pão para ele. Uau! No momento em que estava se sentindo péssimo, decepcionado consigo mesmo, um anjo cozinha para ele.

Nosso amado Pai nos conhece. Sabe de nossas limitações. E nos ama. Continua nos amando e cuidando de nós.

Elias come, bebe e deita de novo. O anjo vem pela segunda vez e o toca. Manda que se levante, coma novamente e lhe diz que a viagem será longa. Não o repreende. Apenas manda se levantar. Acho que não era o que ele queria ouvir. Mas, lembra quem Deus é. Quem ele é. Levanta. E fortalecido, caminha quarenta dias e quarenta noites, até o Sinai, o monte de Deus. O lugar onde devemos estar. Não no deserto, mas no monte de Deus.

É lá que o Senhor aparece para ele e pergunta o que faz ali. É lá que ele responde ao Senhor. E é lá que o Senhor se revela. Que fala o que está fazendo. Que o orienta. E os dois tem uma conversa fabulosa, que vale a pena ler. Está em I Reis 19.8-18.

Que lancemos nossos medos ao Senhor, confiando que Ele é soberano e nos ama. Que não está alheio às nossas dificuldades e desespero. É o Eu Sou. O Deus que é. O Deus que faz. O Deus “que trabalha a favor dos que nEle esperam” – Is 64.4. O Deus que é digno de confiança. Em qualquer momento.

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