quarta-feira, 5 de julho de 2017

Quem é o seu Deus? - Parte 2

Voltando a Isaias. Vamos juntos percorrer o capítulo 37. Da última vez em que estivemos juntos, ouvimos a ameaça de Senaqueribe, rei da Assíria.

Os representantes de Ezequias, com suas vestes rasgadas, contaram a Ezequias o que havia sido dito, diante de todos, em alto e bom tom.

Ao ouvir o relato, Ezequias rasgou suas vestes, vestiu pano de saco e entrou no templo do Senhor. O rasgar as vestes e vestir pano de saco era um sinal de profunda humilhação. As vestes reais foram deixadas de lado. Agora, era um homem que se humilhava. Apenas isso.

Ezequias voltou-se para o único que podia socorrê-lo, o Senhor.

Envia seus representantes ao profeta Isaias. Todos vestidos de pano de saco. E pede para Isaias orar pelo remanescente de Judá, aqueles que ainda sobreviviam. E que estavam prestes a morrer se não houvesse uma intervenção divina.

Isaias devolveu os mensageiros com uma palavra do Senhor. Ezequias não devia temer. Senaqueribe não entraria em Jerusalém. E mais, ele receberia uma certa noticia, voltaria para sua terra e lá seria morto à espada.

Ezequias recebe nova mensagem de Senaqueribe intimidando-o, dizendo que não deveria deixar o Senhor enganá-lo. Assim como outros deuses não livraram reis e cidades, Ezequias e Jerusalém não seriam livrados. Ele lê a carta. Sobe ao templo, abre a carta diante do Senhor e ora.

Em sua oração, reconhece quem é o Senhor. O único Deus verdadeiro. Não como os outros deuses feitos por mãos humanas. Deuses que não haviam livrado ninguém, pois eram apenas madeira e pedra.

Clamou que o Senhor o salvasse, para que todos os reinos da terra soubessem que só o Senhor é Deus. E o Senhor respondeu. Deu uma palavra a Senaqueribe.

Gosto muito como essa palavra começa. A descrição de uma cena inusitada.

Sabemos que as mulheres eram terrivelmente violentadas após uma conquista dessas. Mas o Senhor fala: "A virgem cidade de Sião despreza e zomba de você. A cidade de Jerusalém meneia a cabeça enquanto você foge."

O Senhor afirma algo completamente contrário ao que estava prestes a acontecer aos olhos dos assírios e do próprio povo de Judá. A virgem não ia fugir. Quem fugiria seria ele, o poderoso rei Assírio. Quem balançaria a cabeça em sinal de desprezo não seria o rei assírio, seria a virgem, a cidade de Sião, aquela que aparentemente era frágil e sem proteção.

E foi o que aconteceu.

O anjo do Senhor feriu o exército assírio. 185 mil homens foram mortos no acampamento. Senaqueribe voltou para a Assíria e um certo dia, enquanto estava orando no templo do seu deus, dois de seus filhos o mataram. Conforme o Senhor havia dito que aconteceria.

O poder da oração. A oração move o coração de Deus. Move situações. Desfaz ameaças.

Ezequias buscou ao Senhor em meio ao desespero, em meio a uma situação insolúvel. E o Senhor o ouviu. E o livrou. Era o único que podia fazer algo. E fez.

Quem é o seu Deus? Ele pode livrar, mesmo de situações insolúveis, impossíveis?

E você (e eu) corremos para Ele em meio às adversidades que nos atingem? Confiamos que o Senhor fará o impossível e nos livrará dos Senaqueribes da vida?

Que possamos aprender com Ezequias a recorrer ao Senhor em toda e qualquer circunstância.
Não importa a ameaça. O Senhor pode nos livrar. Mas se não acontecer, Ele nos capacitará a passar por aquela situação, como fez com Ananias, Misael e Azarias (história contada em Daniel, capítulo três) e tantos outros.



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