sexta-feira, 24 de novembro de 2017

O que temos falado?

Prossigamos através de Mateus capítulo 12.

Ontem os fariseus começaram a tramar a morte de Jesus. Sabendo disso, retirou-se dali.

Muitos O seguiram e, como sempre fazia, curou todos os doentes, advertindo-os que não dissessem quem era, para que se cumprisse o que estava escrito a respeito dEle em Isaías, capítulo 42. O Ungido de Deus, Jesus, não sairia gritando “por aí”, mas seria (e é, e sempre foi), Aquele em que as nações colocariam a esperança. O único capaz de nos salvar.

Levaram até Ele um endemoninhado, que era cego e mudo. Jesus o curou. Todo o povo ficou atônito. E começaram a perguntar: “Será que este é o Filho de Deus”?

Quando os fariseus souberam, disseram que Jesus havia expulsado o demônio pelo príncipe dos demônios, Belzebu. Acredito que a ideia de Jesus ser o Filho de Deus, lhes dava urticária. Teriam muito o que explicar e se arrepender. Estavam na contra-mão dEle.

Uma das coisas que mais me deixam maravilhada em Jesus, são Suas respostas. Claro, tenho vontade de fulminar aqueles fariseus com uma simples olhada. E Ele era (e é) Deus. Sendo acusado de ser Belzebu, príncipe dos demônios, não se defende explicitamente. Responde com sabedoria, levando seus ouvintes e acusadores a pensar. Ontem, O ouvimos responder com uma pergunta, lembra? Agora Sua resposta é lógica pura: “Pensem vocês mesmo. Um reino dividido contra si mesmo logo cairá mas se Eu expulso demônios pelo Espírito de Deus (que era o caso), então o Reino de Deus chegou até vocês”. Simples assim. Pensem e tomem a decisão de vocês. Suas respostas sempre produzem um acelerar em meu coração.

E continua, nos fornecendo mais um pouco de Sua sabedoria. Quem não estava com Ele, estava contra Ele. Com o Senhor não há meio termo. Não há um muro para ficar em cima, apenas observando o que está acontecendo. Precisamos tomar uma posição. Ou estamos com Ele, ou contra Ele. Ou O seguimos, ou O abandonamos.

O Espírito Santo é Aquele que veio para convencer o homem do pecado, da justiça e do juízo, conforme está escrito em João 16.8. Se não nos deixarmos sermos convencidos por Ele, como haver perdão para nós? Impossível.

Jesus então fala das árvores. Uma árvore boa produz fruto bom e uma árvore ruim, fruto ruim. Elas são conhecidas pelos seus frutos.

Agora, Ele me deixa boquiaberta. Olho para Ele e minha admiração aumenta. Tenho vontade de pular e bater palmas. De arrumar uma placa escrita “Aplausos” e mostrar para todos. Ele os chama de raça de víboras! O manso (força sob controle) Senhor os chama de raça de víboras. Mas ao contrário de mim (se eu fosse falar), a veia de Seu pescoço não se altera. Ele simplesmente fala. A verdade. E continua, com Sua lógica maravilhosa aos meus olhos: “Como vocês sendo maus, podem dizer coisas boas”? Não é possível, Ele explica, “a boca fala do que está cheio o coração”. É assim.

Somos aquilo que falamos porque falamos aquilo que está dentro de nós. O homem bom sempre irá tirar coisas boas de seu tesouro, e o homem mau irá sempre tirar coisas ruins. É o fruto daquilo que somos. Mas, cuidado, tudo o que falarmos será julgado um dia. E seremos condenados ou absolvidos, pelas nossas próprias palavras.

Estou sentada junto à calçada, observando toda aquela cena. Observando a sabedoria do Senhor que me faz amá-Lo mais a cada dia. Vamos parar aqui. Sondar nossos corações. O que há dentro deles? O que temos falado? Somos acusadores, como os fariseus ou somos abençoadores como Jesus? Estendemos a mão ou apontamos o dedo? Abraçamos em socorro ou viramos as costas?

"Que as palavras da minha boca e o meditar do meu coração sejam aceitáveis na Tua presença, Senhor, minha Rocha e meu vingador!" - Salmos 19.14

Amanhã, só amanhã, prosseguimos nossa viagem.

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