Se olharmos para trás, quantas coisas vistas e aprendidas! Algumas vezes paramos em um capítulo e ali ficamos mais de um, dois dias. Outras vezes, em apenas um dia, passamos por um capítulo inteiro.
Esperam que estejam aproveitando. Os ensinos de Jesus são realmente fantásticos e revolucionários. Muitas vezes esquecemos de olhar a essência contida neles. O importante não são regras, são relacionamentos. Jesus sempre aponta para a importância do homem.
Quantas vezes pensamos nos mandamentos do Senhor como um peso. Mas todos foram ordenados para o nosso bem. Se os seguirmos, teremos paz e alegria em nossas vidas. O Pai nos deu mandamentos por nos amar, por desejar o melhor para nós, uma vida abundante e feliz. Sem culpa, sem fardos.
Lembra quando Jesus falou que o pecado começa no coração? Pecado significa errar o alvo. O alvo é fazer o correto diante de Deus, primeiro em nossos corações.
Vamos olhar o que acontece no início deste capítulo.
Jesus e os discípulos estavam caminhando pelas lavouras de cereal no sábado. A lei dizia que na colheita não deveria ser retirado tudo, para que os pobres e as viúvas pudessem colher para si. Observe o cuidado do Senhor.
Os discípulos estavam com fome e começaram a colher espigas para comê-las. Você já parou para pensar como era a vida desses homens seguindo a Jesus? Jesus está sempre em movimento. O tempo todo. Até quando tenta descansar e levar os discípulos para o descanso, as multidões os seguem e Jesus, compadecido delas, as ensina e cura.
Os fariseus possuíam uma veia de acusação. A mesma que pulsa nos religiosos de todas as épocas. Não conseguem enxergar o que o Senhor está fazendo. Eles procuram insistentemente algo de errado em que se apegar e perdem o tempo de Deus.
Aqui eles apontam para Jesus, como querendo que Ele repreenda Seus discípulos por estarem colhendo aquelas espigas no sábado. Não era uma colheita, eles a estavam comendo. Com fome. Jesus responde que Davi comeu o pão que pertencia apenas aos sacerdotes. E foi além. Os sacerdotes faziam atividades no templo, aos sábados, e ficavam sem culpas.
Somos uma nação de sacerdotes.
Jesus revelou àqueles fariseus que Ele é maior que o templo. Que é o Senhor do sábado. O que interessa ao Senhor não são regras sobre regras. Eles (e nós) deveriam (os) aprender o que significa “Misericórdia quero, não sacrifícios”. Se soubessem o significado dessas palavras, muitos inocentes não teriam sido condenados.
Infelizmente, se pararmos para pensar, nos lembraremos de vários casos em que regras e costumes prevaleceram sobre pessoas, ferindo-as, condenando-as e afastando-as do Evangelho. É muito triste.
Quando Jesus e seus discípulos saíram da lavoura, foram até à sinagoga daqueles fariseus. Estava ali um homem com uma das mãos atrofiadas. Limitado em seus afazeres.
Mais uma vez os fariseus deixam claro que não se importavam com as pessoas, embora fossem os “guardiões” da lei. Eles queriam um motivo para condenar a Jesus e perguntaram-lhe se era permitido curar no sábado. As palavras de Jesus quando caminhavam pela lavoura não entraram neles. Não entenderam nada.
Se fosse eu, teria me transformado na Sarah O’Connor e “mandado bala” naqueles fariseus. Mas Jesus, que é manso (força sob controle), simplesmente responde sabiamente, com outra pergunta: “Qual de vocês, se tiver uma ovelha e ela cair num buraco no sábado, não irá pegá-la e tirá-la de lá”? Eles devem ter pensado, pelo menos um pouquinho, nessa pergunta. Jesus continua dizendo que um homem vale mais que uma ovelha. Portanto, era (e é) permitido fazer o bem no sábado. Mandou que o homem estendesse sua mão e ela ficou boa como a outra.
E os fariseus? Não glorificaram ao Senhor por aquele milagre. Não enxergaram o homem. Não enxergaram o milagre. Saíram dali e começaram a conspirar como poderiam matar Jesus. Matar Jesus! Por Ele ensinar a importância do ser humano. Por curar no sábado.
Que o Senhor nos livre de um coração acusador, que não enxerga o homem. Que só enxerga regra sobre regras.
Temos que ficar por aqui. Que deixemos nossos corações serem sondados pelo maravilho Espírito Santo.
Que sejamos misericordiosos e não acusadores.
Amanhã continuamos nossa viagem. Até lá.
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