Continuamos nossa viagem através do capítulo 14 de Mateus.
Jesus retirou-se de barco, em particular, para um lugar deserto, após ouvir sobre a morte de João Batista.
Não conseguiu ficar muito tempo sozinho. Assim que ouviram, as multidões saíram das cidades e o seguiram a pé. Quando Jesus saiu do barco, viu a grande multidão, teve compaixão e curou seus doentes.
Como ver uma multidão sedenta, ovelhas correndo atrás de um pastor e não se compadecer?
Gosto de observar a preocupação dos discípulos. Quando estava ficando tarde, pediram a Jesus que despedisse a multidão. Afinal, estavam em um lugar deserto e precisavam se alimentar. Deviam ir aos povoados próximos para conseguir alimento.
A resposta de Jesus me deixa boquiaberta: “Eles não precisam ir. Deem-lhes vocês algo para comer”.
Sua ordem soa atual em meus ouvidos. Nós somos os responsáveis. Não podemos e não devemos despedir ninguém sem estendermos nossas mãos. Não há necessidade de irem atrás de solução.
Somos nós que precisamos ter essas soluções. Mesmo que tenhamos pouco a oferecer.
Os discípulos responderam: “Tudo o que temos...” Tudo o que temos é apenas a vontade de ajudar, ou é apenas um sorriso, ou algumas roupas a doar, ou um abraço a oferecer, ou um copo de água, ou um talento para contar histórias, ou...
Prestemos atenção à resposta de Jesus: “Tragam-nos aqui para mim”.
"Tudo o que temos" pode ser pouco, como eram aqueles dois peixes e cinco pães. Nosso papel? Levar a Jesus aquilo que temos. Ele irá abençoar, multiplicar, transformar, usar.
Jesus tomou aquele recurso, tão escasso diante de tão grande multidão. Mas era o suficiente. Mandou que as pessoas se assentassem. Deu graças. Partiu. Entregou aos discípulos. E estes, os discípulos, entregaram à multidão.
Somos os instrumentos do Senhor na terra. É através de nós que pessoas são alcançadas, abençoadas, alimentadas, transformadas. Ou não. Precisamos fazer a escolha correta.
Não podemos despedir a multidão, dizendo onde encontrar o alimento. Precisamos ser aqueles que alimentam a multidão. Mesmo se os recursos, aos nossos olhos, forem escassos. Nós alimentamos, o Senhor multiplica.
Lembro que uma vez um amigo foi almoçar na casa da mamãe. Eu havia dito a ela que quando o convidasse para almoçar, devia ter muita comida, pois ele comia muito. Era enorme. Foi sem avisar. Mamãe ficou apavorada. Mas orou. Só tinha um pouco de macarrão. Fez uma deliciosa macarronada. Mas era pouca. Era tudo o que tinha. “Tudo o que temos”. Pois bem, ele comeu e comeu e ficou extremamente satisfeito. E não apenas ele, todos os que estavam à mesa. E ainda sobrou. O Senhor literalmente multiplicou aquele macarrão.
Nosso papel é nos dispor. É oferecermos o que temos. O resto é com o Senhor. É pouco? Melhor ainda. Mais o Senhor irá multiplicar. E todos saberão que foi Ele e não eu ou você.
Naquele dia, os que comeram foram cerca de cinco mil homens. Sem contar as mulheres e as crianças. Imagino que, no mínimo, dez mil pessoas no total.
Não há limites para o que o Senhor possa fazer. Basta que nos disponibilizemos a deixar que nos use. Sempre. Ele abençoa nossos recursos. E os multiplica.
O que eu posso oferecer? O que você pode oferecer? No Senhor, temos as respostas.
http://www.espalhandoasemente.com/2016/05/eliseu-voce-e-eu-disponiveis-para.html
Amanhã prosseguimos.
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