quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Jesus estava de mau humor?

Prosseguimos nosso caminho através do capítulo 17 de Mateus.

Quando Jesus e os três discípulos mais chegados a Ele (Pedro, Tiago e João), desceram do monte, foram onde estava a multidão reunida. Os outros discípulos ali estavam.

Um homem aproximou-se de Jesus, ajoelhou-se diante dEle e pediu que tivesse misericórdia de seu filho.

Seu filho tinha ataques e sofria muito porque várias vezes caía no fogo ou na água, machucando-se e correndo risco de vida.

Explicou que trouxe o filho aos discípulos que ali estavam, mas não puderam curá-lo.

O Senhor Jesus os repreendeu, chamando-os de geração incrédula e perversa e ainda perguntou: “Até quando terei que suportá-los?”

Será que o Senhor Jesus estava de mau humor? Por que Ele foi tão duro?

Antes de mais nada, Ele fez o que, no momento, era o mais necessário. Mandou que trouxessem o menino até Ele. Repreendeu o demônio e o menino ficou curado. O Senhor se importava com o bem estar e a vida daquele menino. Ele sempre se importa.

Antes que falasse mais alguma coisa, Seus discípulos chegaram até Ele, em particular (medo do humor de Jesus?), e O questionaram por não terem conseguido expulsar aquele demônio.

A resposta de Jesus esclarece tudo. A fé deles era pequena. Ele lhes assegurou, veja bem, assegurou, que se tivessem fé do tamanho de um grão de mostarda, poderiam dizer a um monte que trocasse de lugar, e o monte obedeceria na mesma hora e iria para o lugar que fosse mandado. Nada seria impossível para eles.

Prosseguiu dizendo que “essa espécie só sai pela oração e pelo jejum”.

Vamos parar um pouquinho aqui e pensar. Não temos pressa para prosseguir.

Você já viu um grão de mostarda? É muito pequeno. Talvez um grão de arroz seja o tamanho de três grãos de mostarda. Que tamanho é nossa fé? Não sei a sua. A minha com certeza não é do tamanho ínfimo de um grão de mostarda. É menor. Não tenho fé para dizer a um monte literalmente que troque de lugar. Mas, ainda que minha fé seja tão pequena, tenho fé para “mover” alguns montes que tem aparecido em minha vida. Infelizmente, não todos. Ainda. Mas prossigo para o alvo, que é Jesus.

O Senhor Jesus disse que se tivéssemos fé, do tamanho desse grão de mostarda, nada seria impossível para nós. Nada. Ah, que o Senhor aumente nossa fé!

Com Sua resposta podemos perceber porque o Senhor foi tão duro. Ele não estava de mau humor. Tinha domínio próprio, era manso (força sob controle). Ele estava indignado. Indignado porque ninguém pode chegar-se ao Senhor se não tiver fé. Ninguém. Ele estava irado. Sua ira é sempre justa. Não carrega ódio. Só justiça.

“Em verdade, sem fé é impossível agradar a Deus; portanto, para qualquer pessoa que dEle se aproxima é indispensável crer que Ele é real e que recompensa todos quantos se consagram a Ele.” – Hebreus 11.6

Em Romanos 1.17 está escrito: “visto que a justiça de Deus se revela no Evangelho, uma justiça que do princípio ao fim é pela fé, como está escrito: “O justo viverá pela fé”.

A justiça de Deus, revelada no Evangelho, é do princípio ao fim pela fé. Do princípio ao fim. Falta de fé é muito sério. Sem ela, é impossível agradarmos ao Senhor. Ele deixou isso claro quando perguntou: “Até quando terei que suportá-los”?

Temos nos achegado a Ele com fé? Ainda que seja uma fé pequena? Sem ela, não temos como nos achegar. Em Hebreus, como lemos acima, fala que é “indispensável”.

Que o Senhor nos dê fé. Ah, Ele, nosso maravilho Senhor, nos fala como obter esse tipo de fé, que aprende a crer nEle. Oração e jejum. Seja lá que espécie de problema, dificuldade, doença ou demônio tivermos que enfrentar, precisamos obter fé. Através de oração e jejum.

“Gastando” tempo com Ele, aprenderemos mais sobre Seu caráter, sobre Sua identidade e nossa fé nEle aumenta. Aprendemos a ver com olhos que enxergam e a ouvir com ouvidos que ouvem. Aprendemos sobre Seu caráter. E cremos nEle.
 
O jejum, feito corretamente, nos aproxima dEle. Lembre-se, o jejum é para nós, não para O convencermos de algo.

Desejamos ter fé? Desejamos que nossa fé aumente? Oração e jejum. Somente. A palavra que Ele usou foi: somente.

Estou meio boquiaberta, mas Ele foi categórico. Olho para Ele. Percebo que não é mau humor. É ira santa. Indignação. Pura e santa. Justa.

Após essa lição, o Senhor, reuniu-se com Seus discípulos na Galiléia. Disse-lhes que seria entregue nas mãos dos homens, que o matariam. Mas ao terceiro dia (aleluia), ressuscitaria.

Os discípulos, ao invés de se alegrarem porque assim as palavras dos profetas se cumpririam, e a nossa redenção estaria completa, ficaram cheios de tristeza. Não conseguiam ainda “crer” e absorver a ideia da ressurreição. Ainda não conseguiam entender o papel do Senhor Jesus.

Olho para eles. Será que eu, naquela situação, entenderia? Mais uma vez clamo por fé. Para mim. Para você.

Junte-se a mim.

Amanhã prosseguimos. Até lá.

Nenhum comentário:

Postar um comentário