quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

A parábola do grande banquete

Prosseguimos nossa caminhada através do capítulo 22 de Mateus.

Jesus continua contando Suas parábolas.

Ele compara o Reino dos céus com um rei que preparou um banquete de casamento para seu filho.

Naquela época um convite era enviado com antecedência. E outro quando o banquete estava pronto. Normalmente o convidado recebia, do próprio anfitrião, vestes apropriadas para a ocasião. Era uma atitude de honra vestir-se com as vestes recebidas.

Jesus conta que quando o banquete estava pronto, o rei enviou seu servo aos que já haviam sido convidados, mas esses convidados não quiseram comparecer.

Paciente, o rei enviou novamente, outros servos que deveriam dizer aos que foram convidados que o banquete estava pronto. Os bois e novinhos gordos haviam sido abatidos. Tudo estava preparado. Quem sabe essa informação lhes deixaria com apetite? Mas não lhes deram atenção.

Quem teria coragem de recusar um convite desses? Era um rei, convidando para o banquete de seu filho e ainda assim os convidados não lhe deram atenção. Uns saíram para o seu campo. Outros para seus negócios. E outros ainda, agarraram os servos, maltratando-os e matando-os.

O rei ficou, com toda razão, muito irado. Agora não enviou mais seus servos. Enviou seu exército. Destruiu aqueles assassinos e queimou suas cidades.

Depois, disse aos servos que o banquete de casamento estava pronto mas seus convidados não eram dignos. Pediu que eles fossem às esquinas, ou seja, na rua, e convidassem todos os que fossem encontrados.

Aqueles servos, obedientemente, saíram e reuniram todas as pessoas que puderam encontrar. Gente de toda espécie. A sala do banquete ficou cheia de convidados.

Então o rei entrou para ver os novos convidados. Percebeu que um homem não estava usando veste nupcial. Era uma grande desfeita ser convidado para um casamento e não usar as vestes nupciais oferecidas pelo anfitrião. Foi até o homem e perguntou “como” o homem havia entrado ali sem veste nupcial. O homem ficou mudo. Falar o quê diante de tal desonra?

O rei ordenou que o homem fosse lançado fora, nas trevas, onde havia choro e ranger de dentes.
Jesus terminou a parábola dizendo que muitos eram chamados, mas poucos escolhidos.

Aquele rei havia chamado a todos. Primeiro, os convidados que se recusaram, depois, simplesmente todos os que foram encontrados. Ainda assim, era impossível ser escolhido a participar do banquete se o rei não fosse honrado.

Sabe o ditado que diz que “a carapuça serviu”? Pois é, a “carapuça serviu” para os fariseus. Eles sabiam qual papel desempenhavam nessa parábola. Sabiam que eram aqueles convidados de honra que não quiseram ir ao banquete pois não eram dignos.

Eles saíram dali e começaram a planejar um meio de enredar Jesus em Suas próprias palavras. Como se fosse possível. Jesus, o Verbo, a Palavra que se fez carne e habitou entre nós (João 1.1), ser enredado em Si mesmo.

Sei que o Senhor continuará a ensinar. Mas vamos parar aqui.

Sente-se comigo. Vamos pensar um pouco. Aquela parábola não foi contada apenas para os fariseus. Foi contada para todos nós. Para cada um de nós. Sabemos quem é o Rei. Sabemos quem é Seu Filho. Mas e eu? Em qual personagem me encaixo? E você?

Somos aqueles que foram convidados com antecedência e não quisemos ir, arrumando uma desculpa esfarrapada de estarmos ocupados com o trabalho? Ou mandamos dizer que precisávamos visitar nosso campo exatamente naquele dia e horário? Ou pior, não tendo desculpas, aborrecidos, espancamos os servos do Rei, maltratando-os até à morte? Lembremos que não matamos alguém apenas fisicamente. Existe a morte sentimental. A morte nos relacionamentos.

Será que somos os convidados que foram achados às ruas e corremos para o banquete? Felizes pelo convite maravilhoso e inesperado e, com o coração grato, vestimos as vestes nupciais fornecidas pelo
Rei? Assentando-nos à Sua mesa, esperando que Ele venha nos cumprimentar?

Ou ainda somos aquele que não merecia ser convidado e foi, mas com o coração cheio de justiça própria resolveu não vestir as vestes nupciais por se considerar bom o suficiente? Afinal, que injustiça o Rei não ter-nos convidado antes? Somos tão bons e perfeitos!

Que sejamos os convidados que compareceram ao banquete, com alegria e vestidos adequadamente.

Amanhã prosseguimos.

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