Finalizando o capítulo 21 de Mateus.
Ontem vimos o Senhor afirmar aos “Seus ouvintes” que os publicanos e as prostitutas estavam entrando no Reino dos céus antes deles.
Hoje Ele conta outra parábola. Começa dizendo: “Ouçam outra parábola.”
É a parábola dos lavradores maus. Prestemos bastante atenção. Abra seus olhos e ouvidos.
Havia um proprietário de terras. Esse proprietário plantou uma vinha. Colocou uma cerca ao redor, para protegê-la. Cavou um tanque para prensar as uvas, para fazer vinho. E construiu uma torre. Para vigiar sua vinha. Principalmente na época da colheita, é muito importante essa vigilância. Há salteadores e intempéries.
Depois que o proprietário da terra fez tudo isso, deixando tudo pronto, arrendou sua vinha e fez uma viagem.
Quando estava próxima a época da colheita, enviou seus servos aos lavradores, para receber os frutos que lhe pertenciam. Quando uma terra era arrendada, parte da colheita pertencia ao arrendatário e a outra parte ao proprietário da terra.
Quando aqueles servos foram receber essa parte que era devida ao proprietário, os lavradores agarraram e espancaram aqueles homens. A outros, também enviados, mataram. Os próximos foram apedrejados.
O proprietário enviou outros servos, em maior número, mas os lavradores trataram-nos da mesma forma.
Por último, aquele proprietário resolveu enviar seu filho acreditando que a ele, respeitariam. Ledo engano. Quando os lavradores viram o filho, disseram uns aos outros: “Este é o herdeiro. Vamos matá-lo e ficar com a herança”. Foi o que fizeram. Agarraram-no, lançaram-no fora da vinha e mataram-no.
Jesus pergunta “quando vier o dono da vinha, o que fará àqueles lavradores?”
Ele não questiona se o dono da vinha virá. É certo que virá. Mataram seus servos e por último seu filho, seu herdeiro. Então, o que ele fará quando vier?
Estamos ali, atentos a cada palavra. Aqueles homens responderam que o proprietário da vinha irá matar de modo horrível aqueles lavradores e arrendará a vinha a outros, que deem sua parte quando for o tempo da colheita.
Jesus pergunta se eles nunca leram nas Escrituras sobre a pedra que os construtores rejeitaram e tornou-se a pedra angular. E afirma, com todas as letras, novamente sem meias palavras: “O Reino de Deus será tirado de vocês e será dado a um povo que dê os frutos do Reino.”
Minha boca está aberta. Meu queixo cai. Quero erguer minha plaquinha, mas estou tão chocada que não consigo me mexer. Mal consigo respirar. Meus olhos devem estar esbugalhados.
Realmente o Senhor não tem medo de ficar sem ouvintes. Novamente Ele demonstra, de maneira completamente clara, Seu compromisso com a verdade.
Não bastasse o que acabou de falar, ainda acrescenta que aquele que cair sobre esta pedra angular (Ele próprio) seria despedaçado e aquele sobre quem a pedra cair seria reduzido a pó.
Estou a ponto de engasgar. Nunca vi alguém tão comprometido com a verdade. Isso me emociona. Me choca. Enche meu coração de admiração. De amor. De paixão. Quero seguí-Lo. Quero serví-Lo. Todo o tempo. Todos os dias. Onde quer que vá. Para sempre. Esse é o Senhor que quero sobre mim. Que não abandona a verdade por nada. Que não é politicamente correto. Que não é político. É correto. E ponto. O que o sim é sim e o não é não.
Os chefes dos sacerdotes e os fariseus, quando ouviram essas parábolas, entenderam que Jesus falava a respeito deles. Estava muito claro. Podiam não querer arrependimento, mudança de vida. Mas entendiam Sua mensagem.
Começaram a procurar um meio de prendê-Lo, mas tinham medo das multidões, pois consideravam Jesus um profeta. Não era a hora ainda de acontecer. Estava próxima. Ele havia ido a Jerusalém para tal. Sabia o que O esperava. Mas ainda não era a hora.
Tenho que parar aqui. Preciso me recompor. Sua ousadia me abala. Será que estou comprometida com a verdade como meu Senhor? Será que amo mais a verdade que “meus” ouvintes? Afinal, esses ouvintes são os conhecedores das Escrituras, os estudiosos. Qual meu comprometimento com Ele? Será que procuro colocar "panos quentes" em algumas situações? Será que a verdade para mim é sempre verdade? Será que ainda me pego "dando um jeitinho brasileiro" em alguma situação?
Penso no Senhor da vinha. Ele vem, é certo. Sua vinda está próxima. Tenho sido fiel? Ele vem receber a parte que Lhe cabe na colheita. Estou disposta a entregar essa parte ou quero tudo para mim? Que tipo de "mordomo" tenho sido? Acertarei tudo com Ele, corretamente? Meu coração dispara.
Fique comigo. Sondemos mais uma vez nossos corações.
Amanhã prosseguimos.
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