O grande dia se aproxima. Estamos no primeiro dia da festa dos pães asmos, os pães sem fermento.
Os discípulos perguntam ao Senhor onde deseja que preparem a refeição da Páscoa. Eles não sabem, nós sabemos. Será a última refeição dEle antes de Sua morte.
Jesus responde que entrem na cidade, procurem um determinado homem e digam: “O Mestre diz: O meu tempo está próximo. Vou celebrar a Páscoa com meus discípulos em sua casa”. Claro que gostaria de saber quem é esse homem, tão disponível para o Senhor.
Os discípulos obedecem e preparam a Páscoa. Ao anoitecer, estavam comendo.
Observamos a cena com atenção.
Jesus, como era o costume, estava reclinado à mesa com os doze. Enquanto comia, disse que um deles ia traí-Lo. Era certo que aconteceria. Os discípulos ficam muito tristes. Também ficaríamos se ouvíssemos o Senhor falar assim conosco.
Um após o outro pergunta se seria ele. Seus corações deviam estar na boca. Sem saber ao certo o que pensar, o que sentir. Não sabiam nem ao certo o que aconteceria.
Jesus afirma que aquele que come com Ele, do mesmo prato, seria o que haveria de traí-Lo. Como está escrito em Salmos 41.9.
E a triste notícia: “O Filho do homem vai, como está escrito a Seu respeito. Mas ai daquele que trai o Filho do homem! Melhor lhe seria não haver nascido”.
Judas traiu Jesus porque deu lugar ao nojento, inimigo das nossas almas. Amava o dinheiro. Em João 12.6, João nos conta que não se importava com os pobres, era ladrão.
Suas escolhas já estavam equivocadas, antes de resolver trair Jesus. Embora andando com o Senhor, como os outros, seu coração estava longe dEle. Seu desejo era juntar riquezas aqui e não nos céus.
Judas, a essa altura, sabia que era o traidor. Havia combinado o preço para entregar o Senhor. Ainda assim, como os outros, disse ao Senhor que com certeza não seria ele. Jesus afirma: “Sim, é você”. Como deve ter doído o coração do Senhor!
Enquanto comiam, Jesus modifica a tradição daquele jantar. Tomou o pão, deu graças, partiu e disse: “Tomem e comam; isto é o meu corpo”. Os discípulos obedeceram. Não entendiam exatamente o que estavam fazendo. Ainda não.
Em seguida, tomou o cálice de vinho, deu graças e ofereceu aos Seus discípulos, dizendo: “Bebam dele todos vocês. Isto é o meu sangue da aliança, que é derramado em favor de muitos, para perdão de pecados”. Da mesma maneira, obedeceram.
O Senhor disse que não beberia mais deste fruto da videira, até o dia em que beberia o vinho novo, no Reino de Seu Pai. Com eles. Comigo. Com você.
O jantar está prestes a terminar. Os próximos acontecimentos mudarão a história para sempre.
O jantar da Páscoa transformou-se no que, mais tarde, seria chamada a “Santa Ceia”. Hoje nós a celebramos para anunciar Sua morte, até que Ele volte, no dia glorioso, conforme 1 Coríntios 11.26.
Que nossos corações estejam sempre guardados no Senhor, para não cairmos no mesmo erro de Judas Iscariotes. Que nossa disposição seja a obediência, não a traição.
"Acima de tudo o que se deve preservar, guarda o íntimo da razão, pois é da disposição do coração que depende toda a tua vida". - Provérbios 4.23
Vamos ficar por aqui. Amanhã prosseguimos. Fortes emoções nos aguardam.
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