Continuamos nossa caminhada através de Lucas, capítulo 4, dos versículos 14 ao 30.
Depois que Jesus volta do deserto, vai para a Galiléia. No poder do Espírito do Senhor.
Sua fama espalha-se por toda aquela região. Ele ensina nas sinagogas. Todos O elogiam. Seus ensinos, como vimos, são cheios de autoridade. Sabe o que está falando. Vive o que ensina.
Nós O acompanhamos através dessas páginas de Lucas.
Ele vai até Nazaré, onde foi criado. É um sábado.
Ele entra em uma sinagoga. Era Seu costume em todas as cidades por onde passava.
Na hora da leitura, Levanta-se para ler. Entregaram-Lhe o livro de Isaías.
Meu coração dispara. Quantos textos em Isaías falam sobre Ele!Tenho a impressão de que tudo parou. Um silêncio toma conta da sinagoga.
Ele procura um texto e lê: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque Ele me ungiu para pregar boas novas aos pobres. Ele me enviou para proclamar liberdade aos presos e recuperação da vista aos cegos, para libertar os oprimidos e proclamar o ano da graça do Senhor”.
Meu coração quase sai pela boca. Seguro em seu braço. Esse texto fala dEle. De Sua missão. Meus olhos estão nEle. Mal consigo respirar.
Ele fecha o livro. Devolve-o ao assistente. E senta-se. Não há um barulho sequer. Olho em volta. Todos estão olhando para Ele. Ninguém pisca.
Ele fala: “Hoje se cumpriu a Escritura que vocês acabaram de ouvir”.
Meu coração ou parou, ou realmente saiu pela boca. Tenho que levantar minha plaquinha. Observar essa cena é simplesmente fantástico. Tenho que gritar, aplaudí-Lo, saltar, dançar. O Messias tão aguardado, acaba de ler as Escrituras, que claramente falam dEle. E Ele faz essa afirmação.
Começa um burburinho. Continuam a falar dEle. Todos estão admirados com as palavras de graça que saem de Seus lábios, mas não entendem e se perguntam: “Este não é o filho de José”?
O Senhor lhes diz que eles, com certeza, citarão o provérbio: “Médico, cura-te a ti mesmo!” E, "faz aqui o que fizeste em Cafarnaum".
Jesus continua dizendo que nenhum profeta é aceito em sua terra. É difícil para as pessoas olharem e verem que aquele que estava ali com eles, que cresceu com eles, agora tem uma posição de proeminência.
Ele lembrou que havia muitas viúvas em Israel no tempo de Elias, quando ficou sem chover por três anos e meio e houve grande fome na terra, mas Elias foi enviado a uma viúva estrangeira. Também havia muitos leprosos em Israel no tempo de Eliseu, mas nenhum deles foi purificado, exceto Naamã, que era um comandante do exército da Siria.
Fico boquiaberta com Sua ousadia. Seu compromisso é sempre com a verdade. Sua coragem me impressiona. Mesmo assim, me apavoro.
Todos que estavam na sinagoga ficam furiosos ao ouvirem essas palavras. Se levantam e O expulsam da cidade! Levam o Senhor até ao topo da colina onde Nazaré foi construída para atirá-Lo precipício abaixo.
Mas pasme, não sei como, Ele passou pelo meio deles e foi embora. Não chegou Sua. Ele se entregará por todos nós. Com a morte maldita da cruz.
Preciso sentar. Minhas pernas estão bambas. Como uma cena de total silêncio se transformou nessa balbúrdia? Mãos sendo levantadas, gritos, ódio. Desejo de morte.
Se Ele fosse um homem qualquer teria sido lançado precipício abaixo, sem piedade.
Como a verdade abala quem não tem compromisso com ela! Como alguns paradigmas são difíceis de serem quebrados.
Eles estavam a espera do Messias. Mas não quiseram acreditar quem Jesus era. Ia de encontro ao orgulho deles. “Como assim? Esse não é o filho do carpinteiro”? Não se deram ao trabalho de investigar, muito menos de crer.
Que sejamos diferentes. Que tenhamos um coração inclinado ao Senhor e à Verdade. Que aceitemos Suas revelações, Sua identidade. Que nossas vidas sejam dEle.
Amanhã continue sua caminhada. Nos encontramos na segunda-feira. Até lá.
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