sábado, 9 de junho de 2018

Devo crucificar o rei de vocês?


Prosseguimos nossa caminhada através das páginas de João. Capítulo 19. Do versículo 1 ao 16.

Ontem vimos o Senhor sendo levado a Pilatos, que não encontrou nada para condená-Lo. Vimos que Seu reino não é deste mundo. Se fosse, teria sido tudo muito diferente.

Como os judeus queriam que fosse condenado, Pilatos manda açoitá-Lo. Quem sabe, desistem.

Os soldados tecem uma coroa de espinhos e a colocam em Sua cabeça. Vestem-no com uma capa cor de púrpura, como da realeza. Batem em Seu rosto e dizem: “Salve, rei dos judeus!”

Batem em Seu rosto. Tem em Sua cabeça uma coroa de espinhos. Meu coração parte em mil pedaços. É terrível ver Seu sofrimento. Ele é inocente. Nada fez.

Mais uma vez Pilatos sai à frente do povo e diz aos judeus: “Vejam, eu O estou trazendo a vocês, para que saibam que não acho nEle motivo algum de acusação”.

Jesus vai para fora, usando a coroa de espinhos e a capa de púrpura. Pilatos fala: “Eis o homem!”

Meu coração está partido. Não consigo conter as lágrimas que correm por meu rosto.

Ao vê-Lo os chefes dos sacerdotes e os guardas gritam: “Crucifica-O! Crucifica-O!”

Essas palavras ecoam em meus ouvidos. Penetram em meu coração. Foi por mim. Por nós. Por nossos pecados. Para nos reconciliar com o Pai. Por amor. Ele se entregou. Para ser crucificado.

Pilatos fala para O levarem e crucificarem porque, quanto a ele, não encontra base alguma para acusá-Lo. Ele sabe que Jesus é inocente. Que querem matá-Lo por inveja.

Os judeus insistem que tem uma lei e, de acordo com essa lei, Ele deve morrer porque declarou ser o Filho de Deus.

Quando Pilatos escuta isso, fica ainda mais amedrontado.

Já ouviu Jesus dizer que Seu reino não é deste mundo. Agora escuta que Ele disse ser o Filho de Deus. João não nos conta mas já vimos em outras páginas que percorremos que sua esposa teve um sonho e mandou uma bilhete dizendo que Jesus era justo. Para Pilatos não se envolver com Ele.

Pilatos volta para dentro de seu palácio. Pergunta a Jesus de onde Ele vem. Jesus nada lhe responde.

Pilatos pergunta: “Você se nega a falar comigo? Não sabe que tenho autoridade para libertá-Lo e para crucificá-Lo?”

Jesus responde que Pilatos não teria nenhuma autoridade sobre Ele, se esta autoridade não fosse lhe dada de cima. Disse também que quem O entregou é culpado de um pecado maior.

Ao ouvir isso, Pilatos procura libertar Jesus de qualquer maneira. Mas os judeus gritam que se ele soltar Jesus, não é amigo de César, já que quem se diz rei opõe-se a César.

Pilatos traz Jesus para fora. Senta-se na cadeira de juiz, num lugar conhecido como Pavimento de Pedra.

É o Dia da Preparação da semana da Páscoa. Por volta do meio-dia.

Pilatos fala: “Eis o rei de vocês”.

Eles gritam: “Mata! Mata! Crucifica-O!”

Eu choro.

Pilatos pergunta: “Devo crucificar o rei de vocês?”

Os chefes dos sacerdotes respondem que não tem nenhum rei além de César. Logo eles, que deveriam levar Deus ao povo e o povo a Deus. 

São judeus. Esperam o Messias. O Messias vem. Não O querem. Ele não é como pensavam que seria. Amam mais suas vidas e cargos. Querem vê-Lo morto.

Sei que não há o que fazer. Mas meu coração parece um bumbo. Não queria que fosse assim.

Sei, não há outro meio. Ele é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Precisa ser sacrificado como o Cordeiro que é.

Finalmente Pilatos O entrega para ser crucificado.

Então, os soldados encarregam-se de Jesus.

Ele já foi humilhado, mas ainda passará por mais humilhação.

Quanto a mim, quero ficar aqui. Não tenho forças para prosseguir.

Amanhã continuamos.

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