segunda-feira, 23 de julho de 2018

Aliança rompida

Vamos continuar nossa caminhada através de 2 Crônicas.

Ontem vimos que o rei Asa e o povo de Judá estavam com o coração tão inclinado em servir ao Senhor, que não apenas fizeram uma aliança, mas uma aliança solene com o Senhor.
http://www.espalhandoasemente.com/2018/07/alianca-solene.html

Hoje vamos andar pelas páginas do capítulo dezesseis.

No trigésimo sexto ano do governo de Asa, Baasa, rei de Israel, invadiu Judá. Começou a cercar de muralhas a cidade de Ramá. Queria controlar o movimento que passava pela estrada que ia a Jerusalém. 

Asa juntou o ouro e a prata do tesouro da Casa do Senhor e do seu próprio palácio. Enviou a Ben-Hadade, rei da Síria, com uma mensagem para celebrarem um pacto entre os dois, como havia entre seus pais. Ele pedia que Ben-Hadade anulasse sua aliança com Baasa, em troca do ouro e prata. Assim, Baasa se retiraria das terras de Judá.

Ben-Hadade aceitou a proposta. Enviou os capitães dos seus exércitos contra as cidades de Israel; e feriu a Ijom, Dã, Abel-Maim e todas as cidades-armazéns de Naftali. 

Quando Baasa ouviu, desistiu de fortificar Ramá. Interrompeu sua obra. Voltou para suas terras.

Asa convocou os homens de Judá para irem a Ramá. Lá retiraram as pedras e a madeira que Baasa estava usando na construção das muralhas. Com esse material, Asa mandou erguer muralhas em volta de Geba e de Mispa.

Nessa época veio Hanani, o vidente, até Asa. Trazia uma admoestação. 

O Senhor questionou o motivo dele ter procurado refúgio e salvação no rei da Síria e não nEle. Disse-lhe que por isso, o exército da Síria escapou-lhe das mãos. 

O Senhor ainda lhe perguntou se os etíopes, os cuchitas, e os líbios não formavam um grande e poderoso exército, com muitíssimos carros de guerra e cavaleiros. Mas Asa confiou no Senhor, e Ele os entregou pessoalmente. Afinal, Seus olhos contemplam toda a terra, para revelar-se poderoso para com aqueles cujo coração é plenamente dEle.

Hanani ainda disse que Asa agiu como louco, insensato. Por causa de suas escolhas e ações, a partir de então, enfrentaria muitas batalhas.

Asa se indignou contra Hanani e suas profecias. Ficou realmente enfurecido. Lançou-o no cárcere. No tronco. Por causa do que havia profetizado.

Nessa mesma ocasião, Asa castigou brutalmente algumas pessoas do seu próprio povo.

No trigésimo nono ano do seu reinado, ficou doente dos pés. Sua enfermidade era em extremo grave. Embora tenha passado muito mal e fosse mortal seu estado, não buscou socorro no Senhor, somente nos médicos de sua confiança. 

Morreu no ano quarenta e um de seu reinado. Foi sepultado no túmulo que cavou para si na Cidade de Davi. Num leito repleto de especiarias raras e perfumes preparados segundo a arte dos melhores perfumistas. Fizeram uma grande fogueira em sua homenagem.

A história de Asa, do começo ao fim, está narrada no Livro da História dos Reis de Judá e de Israel.

Vamos considerar alguns pontos dessa história, que começou tão bem e terminou tão mal.

Quando o rei de Israel invadiu Judá, sua intenção era controlar quem ia até Jerusalém. Queria saber quem adorava o Senhor. Israel não O adorava mais. 

O inimigo sempre quer saber quem é fiel ao Senhor. Para atacá-lo. Para colocar muralhas e impedí-lo de servir e adorar o Deus único e verdadeiro.

Quando foi atacado por Zerá e seu imenso exército, Asa clamou ao Senhor. Depois, sendo atacado por um rei menor e um exército inferior, não o fez. Recorreu aos recursos que considerava sob seu poder. Além do seu próprio tesouro, juntou o ouro e a prata do tesouro do Senhor e enviou para Ben-Hadade.

Errou várias vezes. Errou em não clamar ao Senhor. Não confiar nEle. Errou ao confiar em seus próprios recursos. Errou em tomar posse do tesouro que havia dedicado e entregue ao Senhor. Errou em esquecer sua aliança solene com o Senhor. Errou em fazer uma aliança com Ben-Hadade. 

É verdade que deu certo. Baasa desistiu de fortificar Ramá. Voltou para sua terra. Asa conseguiu até usar as pedras e madeiras para erguer muralhas em cidades de Judá. Ah, mas cuidado! Nem tudo que dá certo, está certo.
http://www.espalhandoasemente.com/2016/11/fazendo-do-certo-o-errado.html
http://www.espalhandoasemente.com/2018/06/delegando-o-indelegavel.html

Logo depois, o Senhor mandou que Hanani apontasse os erros de Asa. Corajosamente, Hanani o fez. A consequência de seus erros foi não destruir o exército da Síria, além de ter que enfrentar muitas batalhas a partir de então.

Como precisamos tomar cuidado para não agir como Asa!

Sua história me faz lembrar Saul. Começou tão bem. Terminou tão mal.
http://www.espalhandoasemente.com/2016/01/saul-podia-ter-dado-certo.html

Asa podia ter se arrependido. Não o fez. Se indignou contra Hanani. Ficou realmente enfurecido. Lançou-o no cárcere. E pior, no tronco. Tudo que Hanani fez foi entregar a palavra do Senhor. Asa estava enfurecido contra o Senhor. O mesmo homem que havia feito uma aliança solene. Não me conformo!

Quando nos afastamos do Senhor, nossas decisões se tornam equivocadas. Não O consultamos. Utilizamos Seu tesouro a nosso bel prazer. Não ouvimos Sua palavra. Ficamos enfurecidos com Seus profetas. E nos levantamos de maneira brutal contra pessoas inocentes. Como Asa fez.

Que aprendamos a não agir assim. 

Os olhos do Senhor contemplam toda a terra. Ele revela-se poderoso para com todos cujo coração é plenamente dEle.

Mas a história não acaba aqui. Foi pior. Asa ficou doente dos pés. Uma grande oportunidade para voltar ao Senhor. 

Estava gravemente enfermo. Até que seu estado tornou-se mortal. Mas em nenhum momento buscou socorro no Senhor. Buscou socorro apenas e tão somente nos médicos de sua confiança. Que nada puderam fazer por ele. Asa morreu.

É triste pensar que Asa não estava mais se importando com sua vida. Não se arrependeu. Não clamou ao Senhor em sua doença. Sua preocupação passou a ser como seria seu sepultamento. 

Mandou preparar um túmulo para si na Cidade de Davi. Desejou que seu leito fosse repleto de especiarias raras e perfumes preparados segundo a arte dos melhores perfumistas. Uma grande fogueira foi acesa em sua homenagem.

Sua aliança solene foi quebrada. Suas preocupações agora eram fúteis.

Quantas coisas a aprender. 

Que possamos ser fiéis. Até o fim.

Que nossa história termine melhor do que começou.

Mais uma vez, que sejamos como Paulo, que disse (e era verdade): “Combati o bom combate. Terminei a carreira. Guardei a fé”. – 2 Timóteo 4.7

Amanhã continuamos. Espero você.

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