Quantas coisas já vimos! Às vezes pode até “dar um nó” em nossas cabeças. É um tal de “e fulano não fez o que agrada ao Senhor”.
Mas infelizmente é assim mesmo. Na maioria das vezes, as pessoas acham mais fácil seguirem seus caminhos sozinhas. Esquecem que terão que arcar com as consequências de suas escolhas. Esquecem que poderiam estar andando por um caminho melhor.
Ontem vimos um homem matando outro e outro matando o outro, para se tornarem reis. Não interessava para eles o bem estar de Israel. Estavam pensando em si mesmos e em suas dinastias. Que foram rápidas. Não seguiram ao Senhor.
Até que surge Acabe. Dos reis do Israel dividido, sem dúvida é o mais famoso, se não por ele, por sua mulher, Jezabel. http://www.espalhandoasemente.com/2018/09/traicao-morte-destruicao.html
Então, vamos caminhar através do capítulo dezessete. Vejamos quem é Acabe e o que ele fez. Mas, ele não é o único personagem desse capítulo, nem dos próximos.
O texto fala de Elias, o tesbita. Habitava em Gileade.
Ele foi até Acabe, o rei, e disse, com a ousadia que lhe era peculiar: “Tão certo como vive o Senhor, Deus de Israel, a quem sirvo, juro em Nome do Eterno que, não cairá orvalho nem chuva nos anos que se seguirão, exceto mediante a minha palavra!”
Não sei você. Eu fico pasma. Que homem é esse? Que coragem! Ele está falando isso diante do rei!
Israel é uma terra que chove pouco. Precisa muito de chuva e de orvalho. Um profeta chega diante do rei e diz que não vai chover, exceto quando ele disser! Consegue imaginar e cena? Corajoso ou louco?
E a cena se transforma. Não estamos mais em Samaria. Elias sai de cena. Não ficamos sabendo a reação de Acabe. Acho que deve ter ficado boquiaberto. Paralisado.
Então, enquanto estamos querendo saber de Acabe, Elias toma a cena.
O Senhor mandou que ele fugisse para o Leste. Que fosse refugiar-se perto do ribeiro de Querite, à Leste do Jordão. Olha só, Elias foi um refugiado. O Senhor lhe mostrou exatamente o lugar onde deveria ir, como se fosse um GPS. Mas dos que não falham. O Senhor nunca nos leva para a morte. Sempre para a vida.
Mas o que um refugiado como Elias precisa? No mínimo, alimento. E um lugar de descanso. No caso, Elias já possuía um cargo e um encargo, era profeta.
O Senhor estava providenciando o necessário para aqueles dias. Elias iria beber da água do ribeiro e os corvos iriam dar-lhe alimento.
Sempre que leio esse texto, fico imaginando Elias.
Era um homem consagrado, profeta do Senhor. Ele obedeceu. Simplesmente seguiu o GPS do Senhor e foi. Não questionou. Não exigiu que fosse um animal “limpo” que o alimentasse. Os corvos eram considerados “imundos”. Não disse que tudo aquilo era um absurdo. Que precisava ter certeza de que o Senhor faria. Simplesmente obedeceu. Que coragem!
Sabe o que aconteceu? Os corvos lhe traziam pão e carne pela manhã e ao pôr-do-sol. Ele saciava sua sede nas águas do ribeiro. Que cena fantástica.
Mas, passados alguns dias, a água secou. Não chovia. Elias mesmo disse que não iria chover, enquanto ele não desse uma palavra.
Por que você acha que Elias estava escondido? Acabe deveria estar procurando-o por todos os lugares, para exigir que voltasse a chover. Chega a ser engraçado. Mas era verdade. Nada de chuva, enquanto Elias não falasse.
Quando a água secou, não vemos Elias reclamar.
O Senhor dá a ele uma nova ordem: “Apronta-te e vai viver em Sarepta, cidade que pertence ao território de Sidom; ordenei ali a uma viúva que te providencie teu sustento”.
Volte ao último parágrafo. Leia de novo. O Senhor mandou Elias para Sarepta? Foi isso mesmo? Para o território de Sidom? Sim.
Tudo bem até aí. Antes era refugiado em seu próprio país, um migrante. Mas agora está indo refugiar-se, por ordem do Senhor, em outro país. Não é mais em Israel.
E tem mais. O que o Senhor ordenou?
Que uma viúva providenciasse o sustento dele. Uma viúva? Lembra as condições das viúvas naquela época? Eram terríveis. Não tinham nada. Precisavam de alguém para sustentá-las.
Elias me deixa boquiaberta. Não escutamos, ou não lemos, se preferir, nenhuma queixa. Ele simplesmente parte e vai a Sarepta, por mais louca que fosse essa ordem do Senhor. Outro país. Uma viúva. Que coragem!
Quando chega à entrada da cidade, há uma viúva que está apanhando lenha. Ele a chama. Pede que lhe traga um pouco de água para poder saciar sua sede.
Ela vai. Essa mulher também me espanta.
Quando está saindo para buscar a água, ele a chama novamente. Pede que ela traga também um pedaço de pão. Está com fome.
Não sei como, mas essa mulher sabia quem Elias servia. Respondeu-lhe que assim como era certo que o Senhor Deus de Elias, vivia, ela jurava por Seu Nome que não tinha um bolo sequer, senão apenas um pouquinho de farinha numa vasilha e um pouco de azeite na botija. Estava apanhando uns dois gravetos para levar para casa. Ia preparar uma refeição para ela e seu filho, para que comessem e depois morressem.
E agora? O Senhor deu o endereço errado para Elias? Era essa a viúva que deveria sustentá-lo? Com um pouquinho de farinha e azeite, que mal dava para ela, viúva, e seu filho?
Será?
Veremos amanhã.
Ah, e quanto a Acabe? Vamos deixá-lo de lado um pouco, até o Senhor nos ensinar com a vida desse homem maravilhoso que é Elias.
Espero você. Até lá.
Nenhum comentário:
Postar um comentário