Leitura do dia 06/03.
Na postagem anterior vimos Débora como juíza. Baraque vencendo Sísera, ainda que tivesse novecentos carros de guerra (com rodas de ferro). E o Senhor entregando Sísera a Jael, aparentemente uma simples dona de casa.
Houve paz durante quarenta anos.
http://www.espalhandoasemente.com/2019/03/juizes-41-531.html
Agora, continuamos através do capítulo seis.
Novamente os filhos de Israel fizeram o que era mal aos olhos do Senhor. Por isso, os midianitas os oprimiam. O Senhor os entregou em suas mãos.
Eram tão cruéis com Israel que pareciam gafanhotos. Sempre que passavam, não deixavam nada. Só devastação. Saqueavam as plantações. Roubavam o gado.
Israel passou a se esconder em cavernas, montanhas e fortalezas. Ainda assim, os midianitas os reduziram à completa pobreza.
Então, o povo pediu socorro ao Senhor. Somente depois que estavam reduzidos à completa pobreza.
Quando clamaram, o Senhor lhes enviou um profeta. O Senhor falou que os tirara do Egito, os livrara de todos que os oprimiram. Expulsara seus inimigos. Dera-lhes sua terra. E disse que era o Senhor, o Deus deles. Que não adorassem os deuses dos amorreus. Mas eles não ouviram.
Ainda assim, o Senhor levantou um libertador.
Certo dia, o anjo do Senhor sentou-se embaixo do grande carvalho que havia em Ofra. Gideão, filho de Joás, estava debulhando trigo. Sabe onde? No fundo de uma prensa de uvas. Escondido. Para que não fosse atacado pelos midianitas e ficasse sem nada.
O anjo lhe saudou, dizendo que o Senhor era com ele. Chamou-o de guerreiro corajoso.
A resposta de Gideão é uma enxurrada de perguntas.
Como o Senhor estava com ele? Se estava, por que aconteceu tudo aquilo? E onde estavam os milagres que seus antepassados falaram? Não foi o Senhor que os tirara do Egito? O Senhor não estava com eles. O Senhor os abandonara e os entregara aos midianitas.
Que ousadia!
O Senhor não respondeu a nenhum de seus questionamentos. Apontou a solução. Ele era a solução. Deveria ir com a força que havia nele e libertar Israel. Era o Senhor que o enviava.
Gideão não recusou. Não saiu correndo. Realmente era corajoso.
Perguntou como podia libertar Israel. Era o menor de sua casa. Um homem sem importância.
O Senhor repetiu que estaria com ele. E ele destruíra os midianitas como se sua luta fosse contra um homem apenas.
Lembra? Eram como gafanhotos, numerosos e destruidores, implacáveis. Mas Gideão lutaria com eles como se fossem apenas um único homem, não uma multidão.
Gideão não diz que é impossível tal acontecer. Pede uma prova ao Senhor. Se realmente podia contar com Sua ajuda e se era mesmo Ele quem lhe falava, que esperasse até que trouxesse sua oferta a Ele. Ele respondeu que esperaria.
Gideão apressadamente cozinhou um cabrito e preparou pães sem fermento. Colocou a carne em um cesto e o caldo em uma panela. Correu até o anjo do Senhor.
O anjo do Senhor ordenou que colocasse a carne e os pães sobre uma pedra e derramasse o caldo em cima. Gideão obedeceu. O anjo do Senhor tocou na oferta com a ponta da vara que estava em sua mão e o fogo consumiu tudo. O anjo do Senhor desapareceu.
Gideão ficou apavorado! Vira o anjo do Senhor face a face.
O Senhor ordenou que ficasse em paz. Ele não morreria.
Gideão construiu um altar ali e o chamou de Javé-Shalom, “o Senhor é paz”.
Naquela mesma noite o Senhor ordenou que Gideão tomasse o segundo touro do rebanho de seu pai, um que tinha sete anos (especificamente este). Que derrubasse o altar de Baal que seu pai havia feito, e cortasse o poste de Aserá. Depois, construísse um altar para o Senhor, no alto da coluna, arrumando as pedras com cuidado. Pronto o altar, que sacrificasse o touro, usando como lenha a madeira do poste que ele cortara.
À noite, por estar com medo de sua família e do povo da cidade, Gideão levou dez de seus servos e fez o que o Senhor mandara.
Preste atenção. Se existe um altar a Baal e um poste em homenagem a Aserá, primeiro eles precisam ser derrubados e cortados. Ainda que tenham sido construídos por nossos pais.
Somente depois de destruídos, podemos erguer um altar em homenagem ao Senhor. E esse altar precisa ser construído com cuidado e não de qualquer jeito.
Gideão obedeceu.
Pela manhã, os homens da cidade viram que o altar de Baal havia sido derrubado e o poste ao seu lado, cortado. Além disso, havia outro altar em seu lugar. Sobre ele estavam os restos do touro sacrificado.
Os habitantes ficaram pasmos. Fizeram uma investigação. Descobriram quem foi.
Foram à casa de Joás, o construtor do altar. Exigiram Gideão. Ele merecia morrer pelo que fez. Iam matá-lo.
Não é um total absurdo? O povo de Israel, o povo do Senhor, que deveria destruir os altares e matar os idólatras, agora se reúne para matar um homem que fez o que o Senhor ordenara!
Joás não entregou Gideão. Falou com a multidão que se Baal fosse deus não precisava ser defendido. Se realmente fosse um deus, que ele mesmo destruísse a pessoa que derrubou seu altar.
A multidão desistiu.
Daquele dia em diante, passaram a chamar Gideão de Jerubaal, “que Baal lute com ele”.
Pouco depois desse dia, os exércitos de Midiã, de Amaleque e de outros povos do leste se reuniram, atravessaram o Jordão e acamparam no vale de Jezreel.
O vale de Jezreel é um dos lugares mais impressionantes que já vi. É um vale amplo, aberto, enorme. Um lugar próprio para uma guerra. Realmente muito amplo.
O Espírito do Senhor se apoderou de Gideão. Ele tocou a trombeta. Convocou os homens de Abiezer para a batalha. Eles o seguiram. Enviou mensageiros às tribos de Manassés, Aser, Zebulom e Naftali. Todos atenderam sua convocação.
Gideão pediu mais um sinal ao Senhor. Se de fato fosse usado para salvar Israel, que o Senhor o atendesse. Colocaria um pouco de lã na eira. Se de manhã a lã estivesse molhada de orvalho e o chão em volta estivesse seco, saberia que o Senhor realmente o usaria.
No dia seguinte, bem cedo, Gideão foi até à eira. Espremeu a lã. Encheu uma tigela com água.
Gideão ainda pediu mais uma prova. Naquela noite, novamente colocou um pouco de lã na eira. Pediu ao Senhor que a lã estivesse completamente seca e o chão molhado.
O Senhor o atendeu.
Não há mais dúvidas de que o Senhor é com ele e o usará para salvar Israel.
Gosto quando Gideão reconhece que é o Senhor quem fará. Não ele. Ele será usado pelo Senhor.
Antes de passarmos para a próxima postagem, não deixe de ler:
http://www.espalhandoasemente.com/2016/08/o-deus-que-olha-alem-das-aparencias-e.html
Continuamos na próxima postagem. Até já.
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