Leitura do dia 05/05.
Na postagem anterior, vimos a seriedade com que Esdras encarava o que testemunhava do Senhor. Também vimos, com tristeza, que nenhum levita se ofereceu para voltar a Jerusalém. Graças ao Senhor, Ido enviou alguns. Que aceitaram voltar.
Quando chegaram ofereceram holocaustos ao Senhor e tiveram o apoio dos oficiais e governadores.
http://www.espalhandoasemente.com/2019/05/esdras-81-36.html
Agora, continuamos através dos capítulos nove e dez de Esdras.
Quando Esdras achou que estava tudo bem, os líderes judeus o procuraram. Contaram-lhe que muitos israelitas e até mesmo os sacerdotes e levitas não obedeceram ao Senhor, mantendo-se puros. Adotaram as práticas detestáveis dos povos que o Senhor expulsara daquela terra, na época da conquista por Israel. Casaram-se com mulheres dos povos que o Senhor ordenara que não se casassem.
Essa ordem não era um “capricho” do Senhor. Ele estava zelando por Seus filhos. Sabia a influência que as mulheres teriam, fazendo-os desviarem-se do Senhor.
http://www.espalhandoasemente.com/2018/09/abandono.html
Quando Esdras ouviu, rasgou sua túnica e seu manto. Arrancou os cabelos de sua cabeça e de sua barba. E sentou-se. Completamente pasmo. Para ele, que decidira conhecer, obedecer e ensinar a Lei do Senhor, era difícil acreditar que os israelitas houvessem feito tal coisa, tão prejudicial a si mesmos.
Ele não ficou só. Todos que tremiam diante da Palavra do Senhor sentaram-se com ele. Ficaram ali, sentados, lamentando, até o sacrifício da tarde. Então, Esdras se levantou. Mas não ficou em pé. Caiu de joelhos diante do Senhor. Ergueu suas mãos e clamou.
Seu clamor foi de intercessão. Não apontou com o dedo. Incluiu-se na oração. Disse que se envergonhava de levantar seu rosto para o Senhor, porque a “nossa culpa” se elevava até o céu. Era o povo dele. Ele fazia parte.
Lembrou ao Senhor tudo que acontecera. Agora eram apenas uns poucos remanescentes, que se continuassem em pecado, seriam extintos. Foi uma oração desesperadora. Um clamor do fundo do coração.
Enquanto ainda orava e confessava, chorando com o rosto em terra diante do Senhor, no templo, uma grande multidão de homens, mulheres e até crianças, reuniu-se a ele. Choraram amargamente.
Reconheciam seu pecado. Haviam se afastado do Senhor.
Secanias tomou a palavra. Confessou a Esdras que foram infiéis. Mas nem tudo estava perdido. Havia esperança para Israel. Fariam uma nova aliança com o Senhor. Divorciariam das mulheres estrangeiras. Seguiriam o conselho de Esdras em tudo.
Que Esdras se levantasse. Era ele quem deveria lhes dizer como corrigir aquela situação. Que fosse forte e fizesse o que deveria ser feito. Eles o apoiariam. Reconheciam sua autoridade. Sabiam quem Esdras era.
Ah, como precisamos de homens como Esdras, que se humilham diante do Senhor pelo pecado de outros. E como precisamos de homens como Secanias, que se arrependem prontamente e lembram que existe esperança. O Senhor é misericordioso. Aceita uma nova aliança.
Esdras levantou-se. Exigiu um juramento de que todos fariam o que Secanias propôs. O povo jurou.
Esdras continuou ainda em jejum por um tempo, lamentando a infidelidade dos exilados que regressaram. Ordenou que todos fossem a Jerusalém, em três dias. Quem não fosse seria expulso da comunidade dos exilados.
Dentro de três dias estavam todos ali, sentados na praça, diante do templo do Senhor. O povo tremia por causa da seriedade daquela reunião. Também porque era o tempo das chuvas. Esdras ordenou que confessassem seus pecados. Eles o fizeram.
Alguém, com muito bom senso, levantou-se. Solicitou que voltassem em dias marcados, para se reunirem com as autoridades. Eram muitos os que pecaram, casando-se com estrangeiras. Viriam aos poucos. Cada grupo de sua cidade, em dias específicos.
Apenas dois não concordaram. Eles seguiram o plano. Em pouco menos de três meses resolveram todos os casos.
Em seguida, Esdras lista os sacerdotes, levitas, cantores, porteiros e os demais israelitas culpados.
Eles se comprometeram a divorciar-se de suas esposas.
Sabemos que o Senhor odeia o divórcio. Devemos nos lembrar, no entanto, que eram mulheres que serviam a outros deuses. E que influenciavam negativamente seus maridos. Ainda assim, deve ter sido muito dolorido. O coração daqueles homens deve ter sangrado para obedecerem essa ordem. Mais do que se tivessem obedecido antes. E não tivessem se casado.
Que nossos nomes sejam encontrados nas listas dos fiéis. Obedecer sempre é melhor. Com certeza, nos poupa de muito sofrimento.
Continuamos amanhã. Um novo livro. Leremos os três primeiros capítulos de Neemias.
Espero você. Até lá.
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