sábado, 13 de julho de 2019

Eclesiastes 1.1-3.22

Leitura do dia 08/07.

Continuamos nossa caminhada através das páginas do Livro dos livros.

Ontem vimos, entre outras coisas, que quem esconde seus pecados não prospera. Quem confessa e os abandona, recebe misericórdia. Também vimos que o justo se importa com os direitos dos pobres, enquanto o perverso não dá a mínima.

Agur pediu ao Senhor dois favores. Que o Senhor o ajudasse a ficar longe da falsidade e da mentira. E não lhe desse nem a pobreza, nem a riqueza. Que lhe desse apenas o necessário. Um pedido muito sábio.
http://www.espalhandoasemente.com/2019/07/proverbios-281-3033.html

A mãe do rei Lemuel lhe ensinou a procurar uma esposa. Uma mulher repleta de virtudes. Temente ao Senhor.
http://www.espalhandoasemente.com/2019/07/proverbios-311-31.html

Agora, iniciamos mais um livro, Eclesiastes. Essa palavra, no hebraico, significa “O pregador”. Tudo indica que foi escrito pelo rei Salomão. Acredito que, numa época em que estava afastado do Senhor. Suas primeiras palavras são deprimentes. “Nada faz sentido”.

Ele fala de um dia após o outro, em uma total e cansativa rotina. Sempre desejando ver algo novo, quando nada de novo acontece. A história simplesmente se repete.

Parece que perdeu a alegria de viver. Não é o mesmo homem que pediu ao Senhor sabedoria para julgar Seu povo. Não é o mesmo homem que administrou a construção do grande templo do Senhor.
http://www.espalhandoasemente.com/2019/03/1-reis-31-15.html

Ele “descobriu” que o Senhor deu uma existência trágica à humanidade. Será? Um Deus que criou tudo com amor, cuidado e satisfação. Viu que tudo era bom. Como pode ter dado uma existência trágica ao homem, coroa de Sua criação? http://www.espalhandoasemente.com/2019/01/genesis-24-25.html

A seguir, descobrimos o que aconteceu a Salomão. Ele disse a si mesmo que era o mais sábio de todos os reis que foram antes dele, em Jerusalém. E, desejou a aprender sobre tudo. Não apenas sobre a sabedoria. Dedicou-se a aprender sobre a loucura e a insensatez. Correu atrás do vento.

A sabedoria dá vida. Mas e a loucura e a insensatez? São caminhos de morte.

Salomão disse a si mesmo para experimentasse o prazer. As coisas boas da vida. Não encontrou o que procurava. Não é no prazer que encontramos satisfação verdadeira. É no Senhor, nosso Criador. Perguntou-se o que adiantava buscar o prazer. Resolveu se animar com vinho. Apegou-se, em suas próprias palavras, à insensatez. Procurou experimentar o que havia de melhor “debaixo do sol”. Teve tudo que um homem pode desejar. Tudo que desejou, buscou e conseguiu. Não se negou prazer algum.

Encontrou grande prazer no trabalho árduo. Mas também viu que não fazia sentido. Não valia a pena. É assim. Longe do Senhor nada faz sentido. Nada tem valor. Nada satisfaz.

Salomão conta que resolveu comparar a sabedoria com a loucura e a insensatez. Viu que a sabedoria é melhor. O sábio vê para onde caminha. O tolo, insensato, anda na escuridão. A sabedoria é melhor que a insensatez, assim como a luz é melhor que as trevas.

Ainda assim, está perdido. Considera que o tolo e o sábio tem o mesmo destino. É verdade, tanto um quanto o outro morrem, mas irão para o mesmo lugar, visto que somos julgados após a morte (Hebreus 9.27)? Claro que não. Além disso, o legado deixado é o mesmo?

Ele passou a odiar sua vida. O homem que teve tudo que desejou. É um morto-vivo. Passou a odiar seu trabalho quando percebeu que um dia morreria e seu sucesso seria deixado a seus sucessores. Não lembrou que seus sucessores seriam seus filhos, netos, bisnetos. Sua descendência herdaria seu trabalho. É algo maravilhoso. Salomão estava tão amargurado com sua vida que, ao invés de considerar uma benção deixar herança a seus descendentes, passou a odiar seu trabalho. Esqueceu a herança que seu pai lhe deixou. Chegou a se desesperar.

Então, como um louco, concluiu que o melhor era comer e beber. Como se a vida fosse isso.

Reconheceu que ninguém recebe nada se não receber do Senhor. E, se um pecador enriquece, segundo suas observações, o Senhor lhe toma a riqueza e a entrega aos que Lhe agradam. Achou que não havia sentido nisso. O mesmo homem que escreveu o livro de Provérbios e nos ensinou a fugirmos do pecado e agradarmos o Senhor, andando no caminho da sabedoria.

Salomão reconheceu que há um tempo certo para tudo debaixo do sol. Tempo de nascer, morrer, plantar, colher e tudo o mais. O Senhor fez tudo apropriado para o devido tempo. E colocou em nossos corações um senso de eternidade. Ainda assim, afirmou que ninguém é capaz de entender toda a obra do Senhor, do começo ao fim. É verdade. Não cabe a nós entendê-Lo. Cabe a nós obedecê-Lo.

“Como são grandes as riquezas, a sabedoria e o conhecimento de Deus! É impossível entendermos Suas decisões e Seus caminhos!” – Romanos 11.33

Salomão está tão descontente que, ao observar que há maldade onde deveria haver justiça e que até nos tribunais existe corrupção, apenas lamentou. Como rei, seu dever era corrigir tal injustiça (Provérbios 31.9). Não apenas lamentar.

Chegou a ponto de nos comparar aos animais e dizer que somos iguais. Não levamos vantagem nenhuma sobre eles. Esqueceu as Escrituras. Elas afirmam que fomos criados para dominá-los.

“Então Deus disse: Façamos o ser humano à nossa imagem; ele será semelhante a nós. Dominará sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais domésticos, sobre todos os animais selvagens da terra e sobre os animais que rastejam pelo chão”. – Gênesis 1.26

O Senhor não nos fez para uma existência trágica. Ele nos fez com um propósito. Nosso caminho deve ser como a luz da aurora. Que brilha cada vez mais. Até ser dia pleno (Provérbios 4.18).

Que olhemos para o Senhor. Não para nós mesmos. Nem para os outros. Assim teremos uma vida realmente feliz, conhecendo-O e andando em Seus maravilhosos caminhos.

Continuamos amanhã. Leremos a partir do capítulo quatro. Até o capítulo seis de Eclesiastes.

Espero você. Até lá.

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