quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Ezequiel 1.1-3.27

Leitura do dia 26/08.

Continuamos nossa caminhada através dos livros dos profetas do Antigo Testamento.

Ontem vimos Jeremias relatando as visões terríveis que o Senhor lhe deu sobre Judá e Jerusalém.

Tudo aconteceu por causa do pecado de seus profetas e da maldade de seus sacerdotes. Profanaram a cidade ao derramar sangue inocente. Jeremias continua suplicando por restauração. Pedindo que o Senhor volte a olhar para Seu povo. http://www.espalhandoasemente.com/2019/08/lamentacoes-de-jeremias-41-522.html

Hoje iniciamos um novo livro. Mais um profeta, Ezequiel. Era sacerdote do Senhor. Foi levado para a Babilônia no ano de 597 a.C.. Seu livro é repleto de visões.

Lembrem-se de que nosso estudo não é teológico. Estamos lendo a Palavra e garimpando os tesouros que conseguirmos. Nada de discussões teológicas. Queremos extrair os ensinamentos que nos são úteis para os dias de hoje. Queremos ter, antes de qualquer outra coisa, relacionamento com o Senhor da Palavra. Não queremos “estuda-Lo”. Queremos conhecê-Lo, amá-Lo e segui-Lo. Queremos Sua companhia. Queremos andar ao Seu lado. Agradar-Lhe.

Leremos os primeiros três capítulos desse impressionante livro.

Nessa época o povo de Israel vivia na Babilônia. O Senhor continua falando através de Seus profetas.

No dia 31 de julho de 593 a.C., no quinto ano do exílio do rei Joaquim (que foi para o exílio antes de Zedequias), Ezequiel estava junto ao rio Quebar, na Babilônia. A mão do Senhor veio sobre ele.

De repente, viu uma grande tempestade vindo do norte. Uma nuvem com relâmpagos. Brilhando intensamente. Dentro da nuvem, viu fogo. No meio do fogo viu algo semelhante a um metal polido (âmbar reluzente). Então, do centro da nuvem surgiram quatro seres vivos. De aparência espetacular.

Pareciam humanos, porém tinham quatro rostos e quatro asas. Suas pernas eram retas, como de humanos. Seus pés tinham cascos como bezerros, brilhavam, como bronze polido. Confesso que tenho dificuldade para imaginá-los.

Debaixo de suas asas, havia mãos humanas. Suas asas tocavam as asas dos seres ao lado. Cada um se movia para a frente, sem se virar para os lados. Lado a lado.

De todas suas características descritas até o momento, o que mais chama minha atenção é que eles se moviam para a frente. Sem olhar para os lados. Parece-me claro que é uma menção a como devemos andar. Deixando o passado para trás. Movendo-se para a frente. Sem olhar para os lados.

“Não, irmãos, não a alcancei, mas concentro todos os meus esforços nisto: esquecendo-me do passado e olhando para o que está adiante, prossigo para o final da corrida, a fim de receber o prêmio celestial para o qual Deus nos chama em Cristo Jesus”. – Filipenses 3.13,14

Ezequiel continua sua descrição. Esses seres vivos, com quatro rostos cada, tinham um rosto humano na frente, um rosto de leão à direta, um rosto de boi à esquerda e um rosto de águia atrás. Também tinham dois pares de asas. Com um par tocavam as asas dos seres que estavam ao seu lado, com o outro, cobriam seu corpo.

E, mais interessante, deslocavam-se em qualquer direção que o espírito indicava. Esse "espírito" aqui era o espírito deles, não do Senhor. Novamente o profeta repete, moviam-se para a frente, sem se virar. Eram como brasas acesas, tochas reluzentes. Parecia que relâmpagos faiscavam entre eles. Deslocavam-se rapidamente. Como relâmpagos.

O profeta continua olhando, apreendendo em seu olhar todos os detalhes possíveis. Viu quatro rodas que tocavam o chão próximo a eles. Cada um tinha uma dessas rodas. Elas também brilhavam como se feitas de cristal. Cada roda tinha outra dentro de si, que girava transversalmente. Seus aros eram altos. Assustadores. Cobertos com olhos. Uma visão fabulosa.

Quando se moviam, as rodas se moviam com eles. Quando voavam, as rodas também voavam. O espírito desses seres estava nas rodas. Onde quer que fosse o espírito, as rodas e os seres vivos o acompanhavam.

Com certeza, deveríamos ser assim. Ir onde o espírito nos indicasse. O espírito dar a ordem e nossa alma e corpo simplesmente obedecer. Sempre para a frente. Sem olhar para os lados. Infelizmente, na maioria das vezes, seguimos nossa alma e muitas e muitas vezes, nosso corpo. Como precisamos mudar nossas atitudes!

Ezequiel viu uma superfície. Parecia o céu. Brilhante como cristal.

Quando os quatro seres vivos voavam, o barulho de suas asas, em sua interpretação, era como as ondas do mar quebrando na praia. Parecia a voz do Senhor, o Todo Poderoso. Ou como os gritos de um grande exército. Quando pararam de voar, suas asas ficaram abaixadas.

Acima dessa superfície, Ezequiel viu algo mais magnífico ainda. Parecia um trono de safira. Uau! No trono, bem no alto, havia alguém parecido com um homem. Da cintura para cima parecia dourado e cintilava como fogo. Da cintura para baixo, parecia uma chama ardente, esplendorosa (Apocalipse 1.15). Ele estava rodeado por um aro luminoso. Parecia o arco-íris.

Quando Ezequiel viu a glória do Senhor não teve a menor dúvida, prostrou-se com o rosto no chão.
Então, ouviu uma voz. Ouviu Sua ordem. Deveria levantar-se. O Senhor queria falar-lhe. Enquanto ainda ouvia, o Espírito (agora, do Senhor), entrou nele e o colocou de pé. Ele ouviu Suas palavras com atenção. Como devemos ouvir sempre que fala conosco.

O Senhor estava enviando Ezequiel para admoestar Israel. Ainda que a nação fosse rebelde, Ele o enviava. Devia falar em nome do Senhor, quer ouvissem ou não. Se não lhe dessem ouvido, pelo menos saberiam que havia um profeta no meio deles. Não deveria temer, ainda que o ameaçassem. Que o cercassem com urtigas, espinhos e até com escorpiões. Não deveria desanimar, ainda que o olhassem com raiva.

O Senhor o admoesta a não ser rebelde como o povo de Israel. Que ouvisse suas palavras com atenção. Ordenou que abrisse sua boca. E comesse o que lhe era oferecido. Ele viu uma mão estendida. Segurava um rolo. A mão abriu o rolo. Estava escrito dos dois lados. Eram cânticos fúnebres, lamentações e palavras de condenação.

O Senhor ordenou que Ezequiel comesse aquele rolo. Depois fosse até o povo de Israel e falasse com eles. Ele abriu sua boca e comeu. Seu sabor era doce como mel. Ainda que eram palavras de condenação, eram vindas do Senhor, eram justas. Por isso eram doces.

Agora, deveria ir falar a mensagem que o Senhor lhe entregava. Não ouviriam. Eram rebeldes. Seus corações eram duros. Mas o Senhor tornou Ezequiel obstinado e inflexível. Para que não tivesse medo. Para que não desistisse.

O Senhor acrescentou algo maravilhoso. Primeiro Ezequiel precisava deixar que Suas palavras entrassem até o fundo de seu coração. Que ele as ouvisse com atenção. Só depois deveria ir e falar ao povo que estava no exílio.

Se queremos obedecer e transmitir Suas palavras, precisamos que elas entrem no fundo de nossos corações. Não apenas o conhecimento na mente. Precisa ser em nossos corações. Não na superfície, no fundo. Precisamos ouvir com atenção. Só depois que estivermos alimentados com Suas palavras e elas fizerem parte de nós é que podemos transmiti-las a outros.

Ezequiel chegou à colônia dos exilados. Ficava junto ao rio Quebar, Tel-Abibe. Continuava atônito. Quem vê o que ele viu e não fica atônito? Impossível.

Permaneceu ali durante sete dias. Então, depois desses sete dias, o Senhor lhe deu uma mensagem. Toda vez que recebesse uma palavra do Senhor, teria que advertir o povo. Se o Senhor avisasse os perversos que estavam condenados à morte – Ele avisava para que se arrependessem e mudassem seus caminhos – e Ezequiel não lhes avisassem, morreriam em seus pecados. O Senhor, no entanto, o consideraria responsável por suas mortes. Se ele os advertisse e não ouvissem, morreriam em seus pecados mas Ezequiel estaria livre de qualquer responsabilidade.

Se os justos se desviassem de sua boa conduta e, veja bem, não prestassem atenção aos obstáculos que o Senhor mesmo colocasse em seus caminhos para voltarem a Ele, morreriam. Se Ezequiel não os advertisse, seria considerado responsável. Se os advertisse e voltassem ao Senhor, viveriam.

Somos responsáveis pelas mensagens que o Senhor nos entrega e não entregamos. Isso é muito sério!

A mão do Senhor estava novamente sobre Ezequiel. Ordenou que se levantasse e fosse até o vale. Lá, no vale, o Senhor falaria com Ele. O profeta obedeceu. Foi até o vale. Novamente viu a glória do Senhor. E prostrou-se com o rosto no chão.

Novamente o Espírito do Senhor o colocou em pé. Ordenou que fosse até sua casa e se trancasse lá. Ficaria amarrado com cordas. Não poderia sair. O Senhor prenderia sua língua. Ficaria mudo. Quando o Senhor lhe desse uma mensagem, desprenderia sua língua e ele falaria. Quer ouvissem ou não. Quem escolhesse ouvir, ouviria. Quem escolhesse não ouvir, não ouviria (Mateus 11.15).

Que sejamos obedientes e falemos as palavras que o Senhor nos ordenar. Atenção, as que Ele nos ordenar! Não nossas próprias palavras. Suas palavras.

Que sejamos atentos. E tenhamos ouvidos para ouvir. Se escolhermos não ouvir, não entenderemos o que o Senhor está fazendo. Se não entendermos o que o Senhor está fazendo, ficaremos cegos. Andaremos cambaleantes. E ficaremos longe de Sua vontade.

Continuamos na próxima postagem. Leremos a partir do capítulo quatro. Até o capítulo seis.

Espero você. Até lá.


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