Continuamos nossa caminhada pelas páginas do livro do profeta Jeremias.
Na postagem anterior vimos as mensagens do Senhor entregues a Jeremias. Vimos sua prisão. Seu sofrimento. Seu clamor. Seus questionamentos.
Também vimos o julgamento do Senhor a Seu povo. http://www.espalhandoasemente.com/2019/08/jeremias-191-2114.html
Agora, caminharemos a partir do capítulo vinte e dois. Até o capítulo vinte e quatro.
O Senhor ordenou a Jeremias que falasse diretamente com o rei de Judá, mas que todos seus servos e todo seu povo escutassem. A ordem era que fossem imparciais e justos. Que ajudassem os explorados e os livrassem de seus opressores. Que abandonassem suas maldades. Não maltratassem os estrangeiros, nem os órfãos, nem as viúvas (pessoas vulneráveis). Que parassem de matar os inocentes.
Se obedecessem, sempre haveria um descendente de Davi no trono em Jerusalém. O rei passaria pelas portas do palácio em carruagens e cavalos, acompanhados de seus servos e súditos. Se não o ouvissem, o Senhor jurava por Seu próprio nome, que o palácio se transformaria em um monte de ruínas.
É lindo ver o Senhor dizer que ama aquele palácio, assim como amava a floresta de Gileade e os bosques verdes do Líbano. Mas por causa do pecado e da teimosia em se arrependerem, Ele o transformaria em deserto. Pessoas de muitas nações passariam por ali. Ficariam espantadas. Perguntariam o motivo que fez o Senhor destruir aquela tão grande cidade. A resposta seria apenas uma. Quebraram sua aliança com o Senhor ao adorar e servir outros deuses.
O Senhor avisa que Jeoacaz jamais voltará a ver sua terra natal. Quanto a Jeoaquim, uma grande aflição o espera. Estava edificando seu palácio desonestamente. Suas paredes eram construídas com injustiça. Obrigava seu povo a trabalhar sem pagar salário. Achava que o Senhor não se importava, afinal, eram apenas pessoas “do povo”.
Joaquim dizia que construiria um grande palácio para si, com salas espaçosas. Muitas janelas. Tudo revestido de painéis de cedro e pintado de vermelho. Acreditava que um grande palácio o faria um grande rei, como Josias. Mas Josias tinha fartura porque em tudo que fazia era justo e íntegro. Por ser justo e íntegro, tudo deu certo para ele. Temia ao Senhor. Fazia justiça ao pobre e ao necessitado. Ajudava-os.
O Senhor faz uma pergunta: “Não é isso que significa me conhecer?” Sim. Quando O conhecemos andamos em justiça e integridade. Tememos o Senhor. Procuramos fazer justiça e ajudar os pobres e necessitados.
Quanto a Jeoaquim, não conhecia o Senhor. Suas ações demonstravam claramente. Só tinha olhos para a cobiça e a desonestidade. Derramava sangue inocente. Reinava com crueldade e opressão.
Quando morresse, ninguém lamentaria por ele. Ninguém clamaria de tristeza. Não teria honras de um rei. Seria enterrado como se enterra um jumento. Arrastado e jogado fora dos portões de Jerusalém.
Quando era próspero foi advertido. Mas recusou-se a ouvir. Desde a juventude nunca obedeceu ao Senhor. Ainda que fosse o anel de selar em Sua mão direita, seria arrancado de lá. É como um vaso quebrado. Não terá filhos que o sucedam no trono de Davi.
Depois da previsão de grande aflição do rei, o Senhor fala da aflição que espera os pastores de Suas ovelhas. Sim. Seus pastores. Destruíram e dispersaram aqueles de quem deviam cuidar. Como é perigoso agir dessa maneira, tão contrária às ordens do Senhor. Ao invés de cuidar de Seu rebanho e conduzi-lo em segurança, Seus pastores o abandonaram e o levaram à destruição. Receberão a recompensa pelo grande mal que fizeram.
Mas, o Senhor diz, está chegando o dia em que Ele levantará um Renovo, um Descendente Justo, da linhagem de Davi. Este Rei reinará com sabedoria. Agirá com justiça. Fará o que é certo. Em toda a terra. Seu nome será “O Senhor é nossa justiça” (Javé-Tsidqenu).
http://www.espalhandoasemente.com/2016/03/o-deus-de-todas-as-nacoes.html
http://www.espalhandoasemente.com/2016/03/os-lindos-nomes-do-senhor.html
O coração de Jeremias está quebrantado. Por causa dos falsos profetas. Cambaleia como um bêbado. Por causa das palavras que o Senhor pronunciou contra eles. Sim, deveríamos temer e tremer diante dEle. Ele viu a terra cheia de adultério. Debaixo de maldição. Todos praticam o mal. Abusam do poder. Até os sacerdotes e profetas são homens corrompidos. Ele viu seus atos desprezíveis. Dentro de Seu templo.
Esses profetas e sacerdotes corrompidos andarão por caminhos escorregadios. Serão perseguidos na escuridão. Cairão. A calamidade virá sobre eles. Sabe quando? No tempo determinado para o castigo. O Senhor viu os profetas de Samaria profetizarem em nome de Baal e levarem o povo ao pecado. Mas os profetas de Jerusalém estão fazendo pior. São adúlteros. Gostam da desonestidade. Incentivam a prática do mal. Não querem que ninguém se arrependa. O Senhor diz que são tão perversos como os habitantes de Sodoma e Gomorra. Sim, é isso mesmo que você leu. Que aflição os espera. Foram eles que fizeram a terra ser cheia de perversidade. Nenhum deles estava na presença do Senhor para ouvirem Suas palavras. Nenhum deles prestou atenção a Ele. Nem O obedeceu.
Se estivessem em Sua presença, se O tivessem ouvido, teriam anunciado Suas palavras. Teriam levado Seu povo ao arrependimento. Mas, são profetas do engano. Com sonhos falsos. Procuram fazer Seu povo se esquecer dEle. Que continuem relatando seus sonhos falsos. E enganando.
Mas, Seus verdadeiros mensageiros proclamarão fielmente todas as Suas palavras. Há, com toda a certeza, diferença entre palha e trigo. E "naquele dia" haverá uma colheita.
O Senhor é contra os falsos profetas. Ele os expulsará de Sua presença. E de Sua cidade. Serão ridicularizados. Seu nome será infame para sempre.
Depois que Nabucodonosor levou para o exílio o rei Joaquim, seus oficiais, artífices e artesãos, o Senhor deu uma visão a Jeremias. Ele viu dois cestos de figos. Estavam diante do templo do Senhor, em Jerusalém. Um cesto com figos frescos e maduros. O outro com figos ruins. Estragados. Não dava para comer.
O Senhor lhe disse que os figos bons representavam os exilados de Judá. Ele daria a estes um coração capaz de conhecer que Ele é o Senhor. Seriam Seu povo. Ele, Seu Deus. Se voltariam ao Senhor com sinceridade. E integridade. De todo o coração.
Os figos ruins representavam Zedequias, rei de Judá e seus oficias. O povo que restou em Jerusalém e os que fugiram para o Egito. Figos podres. Símbolos de calamidade para todas as nações da terra. Alvo de vergonha, zombaria, insulto e maldição.
Que o Senhor nos dê um coração capaz de conhecê-Lo. Capaz de amá-Lo com sinceridade. E integridade. Que sejamos figos bons. Frescos e maduros.
Continuamos amanhã. Leremos a partir do capítulo vinte e cinco. Até o capítulo vinte e sete.
Espero você. Até lá.
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