Leitura do dia 14/08.
Continuamos nossa caminhada pelo livro de Jeremias. Cada vez que leio, fico mais apaixonada por ele. Considerou sua vida apenas sofrimento, tristeza e vergonha, mas, com certeza, não foi assim que o Senhor o viu. Era fiel. Obediente.
Na postagem anterior vimos sua mensagem ao rei de Judá. E ao povo. Que O conhecessem. Que fossem justos. Íntegros. Que fizessem justiça e ajudassem os pobres e necessitados. Não quiseram ouvir.
Também vimos a promessa do Senhor Jesus, o Renovo, Descendente Justo da linhagem de Davi.
http://www.espalhandoasemente.com/2019/08/jeremias-221-2410.html
Agora, caminharemos a partir do capítulo vinte e cinco. Até o capítulo vinte e sete.
No ano 605 a.C., Jeremias recebeu uma palavra do Senhor. Era o quarto ano do reinado de Jeoaquim. O mesmo ano em que Nabucodonosor começou seu reinado na Babilônia.
Jeremias lembra que desde o ano 627 a.C., no décimo terceiro ano do reinado de Josias, até aquela data, o Senhor vinha lhe entregando Suas mensagens. Durante vinte e três anos ele as anunciou fielmente. Mas não quiseram ouvir. Repetidamente o Senhor enviou Seus servos, os profetas. Mas não quiseram prestar atenção. Sempre era a mesma mensagem. Que abandonassem seus caminhos e suas más ações. Se assim agissem, habitariam na terra. Que não provocassem o Senhor à ira ao adorar deuses feitos com suas próprias mãos. Não deram ouvidos.
Agora, seriam destruídos. Israel e as nações vizinhas serviriam ao rei de Babilônia durante setenta anos. Depois desse tempo, o Senhor castigaria o rei da Babilônia e seu povo. Por seus pecados. Seriam castigados na mesma proporção do sofrimento que causaram, com suas más ações. Aquilo que é plantado, é colhido.
Todas as nações seriam julgadas. Beberiam o cálice da ira do Senhor. Ele começou o juízo por Jerusalém, a cidade que levava Seu nome. Nenhuma outra cidade escaparia. Não haveria exceções.
Os pastores perversos cairiam. Seriam despedaçados como um vaso frágil. Não haveria lugar para se esconderem.
No ano de 608 a.C, início do reinado de Jeoaquim, o Senhor ordenou que Jeremias fosse ao pátio do templo do Senhor e falasse aos habitantes das cidades de Judá que iam ali para adorar. Deveria transmitir Sua mensagem completa. Sem faltar uma só palavra. Quem sabe escutassem e se arrependessem? Se tal acontecesse, o Senhor não enviaria o mal sobre eles.
Jeremias obedeceu. Após dizer tudo que o Senhor havia ordenado, os profetas, sacerdotes e todo o povo o atacaram. Gritaram que iriam matá-lo. Quem era ele para profetizar em nome do Senhor, que o templo seria destruído como Siló? Que história era aquela de dizer que Jerusalém seria destruída e ficaria desabitada? É muito triste perceber que amavam mais a cidade e o templo que o Senhor.
A confusão foi tamanha que os oficiais de Judá ouviram o que estava acontecendo. Saíram correndo do palácio e foram ao templo. Ali, sentaram-se para julgar. Os sacerdotes e profetas falaram que Jeremias era merecedor da morte. Suas acusações? Havia profetizado contra o templo e contra Jerusalém.
Mesmo diante do risco da morte, Jeremias não se cala. Fala que foi o Senhor que o enviou para profetizar contra o templo e a cidade. Cada palavra que falou foi ordenada por Ele. Se voltassem atrás, se deixassem de pecar e começassem a obedecer o Senhor, Ele também voltaria atrás e não enviaria a calamidade anunciada. Quanto a ele, estava em suas mãos. Que fizessem o que quisessem. Se o matassem, deveriam saber que derramariam sangue inocente. E seriam responsabilizados. A verdade era que o Senhor o enviara. Para dizer cada palavra que ouviram.
Os oficiais e o povo tomaram posição. Disseram aos sacerdotes e profetas que ele não era digno de morte. Estava falando em nome do Senhor. Alguns anciãos se levantaram. Falaram a todo o povo ali reunido. Que se lembrassem de Miquéias (em breve leremos seu livro). Ele profetizou sobre o reinado de Ezequias. Disse ao povo que Jerusalém seria transformada em ruína. Que o templo desapareceria. Ezequias e o povo não o mataram. Antes, temeram ao Senhor. Suplicaram Sua misericórdia. E o Senhor os ouviu. Agora, estavam prestes a fazer um grande mal a eles próprios. Não podiam matar Jeremias. Aicam, filho de Safá, o protegeu. Convenceu o tribunal a não o entregar à multidão.
Urias não teve a mesma sorte. Também profetizava nesta época em nome do Senhor. Previu a mesma calamidade que Jeremias. Quando o rei Jeoaquim, os comandantes e os oficiais ouviram, planejaram matá-lo. Urias fugiu para o Egito. Jeoaquim enviou seus homens para captura-lo. Foram ao Egito. Prenderam-no. Levaram-no de volta a Jerusalém. Jeoaquim o matou à espada. E mandou sepultá-lo numa vala comum. É, não é fácil ser profeta.
No início do reinado de Zedequais, Jeremias recebeu novamente a palavra do Senhor. Desta vez, ordenou que fizesse um jugo, desses que os bois carregavam. Que o prendesse ao pescoço com cordas de couro.
Os embaixadores de Edom, Moabe, Amom, Tiro e Sidom foram ver Zedequias. O Senhor ordenou que Jeremias lhes transmitisse uma mensagem para ser entregue aos seus reis. Ele obedeceu. Lembre-se, está com o jugo preso ao seu pescoço. Esses povos deveriam abaixar suas cabeças e servir a Babilônia, a Nabucodonosor, seu filho e seu neto. Até que terminasse o tempo deles.
Tudo pertence ao Senhor e Ele entrega a quem deseja. Este era o tempo da Babilônia. Quem obedecesse, ficaria em sua própria terra. Quem se recusasse, seria consumido pela guerra, fome e doença, até que a Babilônia os conquistasse.
Não deveriam dar ouvidos aos falsos profetas. Diziam que a Babilônia não os dominaria. Eram mentirosos. Suas mentiras os levariam ao exílio. E quem os ouvisse, morreria.
Depois, Jeremias teve que repetir a mesma mensagem ao rei Zedequias, aos sacerdotes e ao povo de Judá.
Todos os objetos preciosos que ficaram em Jerusalém seriam levados à Babilônia. Independente do que os profetas diziam. Ficariam lá. Até que o Senhor os mandasse de volta.
A palavra do Senhor não afirma que servi-Lo é um mar de rosas. Pelo contrário. Temos que nos negar. Andar a segunda milha. Amar o inimigo. Orar pelos que nos perseguem. E por aí vai. Mas, acredite, vale a pena. Suas promessas sempre se cumprem. Olhe para trás. Estamos no futuro. Aqueles objetos preciosos realmente foram para a Babilônia. As nações realmente se curvaram para aquela dinastia. E, quando o Senhor quis, aqueles objetos preciosos voltaram para Jerusalém. Quando seu tempo terminou, os babilônios foram dominados por outros reis.
Sua palavra é verdadeira. É viva. Eficaz. Única. Confiemos nEle. E em Sua palavra.
Continuamos amanhã. Leremos a partir do capítulo vinte e oito. Até o capítulo trinta.
Espero você. Até lá.
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