segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Mateus 4.1-25

Leitura do dia 12/10.

Continuamos nossa caminhada através do livro de Mateus.

Em nossa última jornada vimos os antepassados do Senhor, Seu nascimento, os visitantes do Oriente, a fuga para o Egito.

Também vimos João Batista, sua pregação e os céus se abrirem após o batismo de Jesus e uma voz lhe dizer que era (é) o Filho Amado, em quem o Pai tinha (tem) prazer. http://www.espalhandoasemente.com/2019/10/mateus-31-17.html

Hoje leremos a partir do capítulo quatro. Até o capítulo seis. Na primeira postagem, apenas o capítulo quatro.

Logo após o batismo, o Espírito Santo O leva até o deserto, para ser tentado pelo diabo. Assim começa o capítulo 4, com essa estarrecedora verdade. Jesus é levado. Onde? Ao deserto. Por quem? Pelo Espírito Santo. Para quê? Para ser tentado. Por quem? Pelo diabo. Se parássemos nessa única frase já teríamos muito em que pensar.

Quantas coisas acontecem em nossas vidas, que não conseguimos compreender e que depois vemos que o Senhor nos levou até àquela situação para sermos tentados, provados e aprovados.

Nossa vida é uma escola. Passamos por provas constantemente. Se somos aprovados, “passamos para outra fase”, se não, passamos por situações semelhantes, até sermos aprovados. Tenho vasta experiência nisso. Posso lhe afirmar: Não adianta fugir. Seremos provados até sermos aprovados.

Jesus ficou no deserto por quarenta dias e quarenta noites, em jejum. Com certeza, em longos períodos de oração. Então, teve fome. Foi aí que o tentador se aproximou dEle. Em Sua hora frágil. Seu estômago roncava. Devia estar “grudado” depois de tanto tempo em jejum. O “nojento” como costumo dizer lançou sua isca: “Se você é o Filho de Deus, ordene que estas pedras se transformem em pães."

Está lembrado da última cena antes dessa? Não foi exatamente o Pai dizendo que Ele era Seu Filho? Se o Pai havia falado, não há o que provar. Apenas crer no que Ele disse. Mais nada.

Embora Jesus estivesse com fome, não aceitou a provocação do nojento. Respondeu com a Palavra. Citou Deuteronômio 8.3, que diz que “uma pessoa não vive só de pão, mas de toda palavra que vem da boca de Deus."

Nossa arma é a Palavra. Nosso inimigo sempre nos provoca insinuando que não somos o que o Senhor nos disse que somos ou nos provocando a conseguir algo legítimo de maneira ilegítima, irregular, ilegal. Devemos usar a Palavra como nossa arma, nossa Espada. A Bíblia de fato é a “espada do Espírito" (Efésios 6.17). Devemos empunhá-la sempre que necessário. Para tal, precisamos conhecê-la, para saber manejá-la com destreza.

Então, o diabo O levou até o lugar mais alto do templo, em Jerusalém, e disse: “Se você é o Filho de Deus, salte daqui. Pois as Escrituras dizem...” Não digo que é um nojento? Citou as Escrituras Sagradas para Jesus!

Ah, também já deve ter acontecido com você! Ele tem o péssimo mal gosto de usar o texto fora de um contexto para tentar convencer as pessoas a fazerem sua vontade. Mas, à semelhança de João Batista, Jesus sabia quem era. Era o Filho de Deus e realmente não precisava provar a ninguém. Respondeu usando a Palavra certa, no contexto certo, da maneira certa.

Depois, o diabo O levou a um monte muito alto e mostrou-Lhe todos os reinos do mundo e o seu esplendor, dizendo que os daria se Ele se prostrasse e o adorasse.

Aqui, mudou sua estratégia. Ao perceber que não adiantava insistir na identidade de Jesus, pois Ele sabia quem era, o diabo O tentou com poder. “Olha, tenho um caminho mais curto para você. Para que passar por qualquer necessidade ou sofrimento? Basta fazer minha vontade e lhe darei todos os reinos do mundo”.

Na maioria das vezes, o caminho mais fácil não é o caminho correto. Atalhos não funcionam. Nos levam ao buraco. E as Escrituras dizem que “um abismo chama outro abismo” (Salmos 42.7 ARC).

Neste momento Jesus deu um basta! Ordenou que satanás se retirasse, pois “as Escrituras dizem: Adore o Senhor, seu Deus, e sirva somente a Ele”. Então, só então, o diabo O deixou. E mais, neste momento vieram anjos e O serviram.

Sempre que passamos por um batismo, uma mudança, ou recebemos uma palavra de afirmação do Pai, seremos levados ao deserto pelo Espírito Santo. Lá seremos tentados e testados. Que estejamos preparados, sabendo quem somos; usando as armas do Espírito de modo adequado e tendo o discernimento também de “dar um basta”. Depois que formos aprovados, seremos servidos.

Depois que Jesus foi batizado por João Batista e levado ao deserto pelo Espírito Santo para ser tentado, somente depois, começou a pregar. Morava em Nazaré.

Ouviu sobre a prisão de João Batista e mudou-se para Cafarnaum, cidade que ficava junto ao mar da Galileia. Tive o privilégio de estar nesses lugares quando visitei Israel. Na realidade o mar da Galileia é um grande lago, parece realmente o mar. Hoje é conhecido como o Lago de Tiberíades. Um lugar lindíssimo. Sua mudança para Cafarnaum não se deu à toa, mas para que se cumprisse o que havia sito dito pelo profeta Isaías (Is 9.1,2).

Jesus começou a pregar uma mensagem de arrependimento, à semelhança de João Batista.

Arrepender-se significa mudar de direção, mudar de mente. Não se pode receber os ensinamentos do Senhor Jesus sem antes mudarmos nossas mentes e atitudes. Veremos claramente essa ideia quando estivermos lendo o chamado “Sermão do Monte.” As ideias de Jesus eram revolucionárias, e só quem passava pelo arrependimento, quem mudava de mente, poderia acompanhá-Lo.

Depois que começou a pregar Sua mensagem de arrependimento, Jesus chamou Seus primeiros discípulos. Andando à beira do mar da Galileia, viu dois irmãos, Simão, chamado Pedro e seu irmão André. Não estavam à toa. Lançavam suas redes ao mar. Eram pescadores. O Senhor os chamou para que O seguissem. Faria deles pescadores de homens.

Fico imaginando a autoridade de Sua presença. Aqueles homens imediatamente deixaram suas redes e O seguiram. Deixaram seus afazeres. Seus empregos. Não esperaram o dia seguinte, ou a “temporada da pesca” terminar. Eles O seguiram imediatamente.

Andando mais um pouco, viu outros dois irmãos, Tiago e João, que também não estavam à toa. Estavam no barco com o pai, preparando suas redes. Jesus os chamou e eles também, imediatamente, deixaram seu pai e o barco e O seguiram.

Os primeiros quatro discípulos de Jesus eram duas duplas de irmãos! Ah, o Senhor ama a família. Deixaram sua profissão de pescadores de peixes para aprenderem a pescar homens.

Jesus foi por toda a Galileia, ensinando nas sinagogas, pregando as boas novas do Reino e curando todas as enfermidades e doenças entre o povo. “Etimologicamente, doente é o que sente dor, o que sofre, o que padece; enfermo é o que está debilitado, enfraquecido pela doença”. https://portal.revistas.ufg.br/revistas_ufg/

Acho maravilhoso que noticias sobre Ele se espalharam por toda a Síria e lhe trouxeram todos os que sofriam de vários males e tormentos, e Ele os curou. Não mandou fazer duas filas. De um lado os que eram de Israel e de outro os estrangeiros. Ele simplesmente curou a todos.

Então, grande multidão começou a segui-Lo, da Galileia, onde havia uma mistura de povos, de Decápolis (dez cidades onde predominava a cultura grega), Jerusalém, Judeia e da região do outro lado do Jordão.

O que mais me impacta neste texto é Sua autoridade. Ele fala a quatro pescadores: “Sigam-me” e eles O seguem, imediatamente.

Devemos ter em mente quem Jesus era. Muitas vezes, levados pela tradição, imaginamos um Jesus tímido, quietinho, mas veremos através das próximas páginas que era um homem que sabia falar, ousado, que demonstrava autoridade.

Continuamos na próxima postagem.

Espero você. Até já.

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