segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Mateus 5.1-48

Leitura do dia 12/10.

Na postagem anterior, vimos a vitória do Senhor sobre a tentação. O início de Seu ministério. O chamado dos primeiros discípulos. E a multidão a segui-Lo.
http://www.espalhandoasemente.com/2019/10/mateus-41-25.html

Agora, continuamos com o capítulo cinco de Mateus.

O Senhor Jesus sempre aproveitava as oportunidades. Quando via as pessoas que O seguiam, arrumava um barco ou um lugar alto, com uma acústica boa. E começava a ensinar.

Aqui Seu ensinamento foi denominado como “as bem-aventuranças”. E, para Ele, os bem-aventurados são, aos nossos olhos, os improváveis.

Os que são podres de espírito, e não os orgulhosos. Os que choram e não os que gargalham. Os humildes, e não os arrogantes. Os que têm fome e sede de justiça e não os que fazem justiça com as própria mãos.

Os misericordiosos, muitas vezes tidos como os “bobos”, alcançarão misericórdia.

Os puros de coração, tidos como “inocentes demais”, verão a Deus.

Os pacificadores, às vezes tidos como covardes, serão chamados filhos de Deus.

E os perseguidos, por causa da justiça, possuirão o Reino dos céus.

E vai além, dizendo que serão bem-aventurados os que forem insultados e perseguidos por seguirem a verdade, Ele. Esses devem alegrar-se e regozijar-se porque grande é a recompensa que os espera nos céus. Fizeram assim com os profetas.

E nós, conseguimos nos enxergar bem-aventurados? Ou nos achamos tolos quando esperamos a justiça de Deus?

Consideramo-nos bem-aventurados quando passamos ou somos o que o Senhor Jesus citou?

Vale lembrar que aquele que segue ao Senhor Jesus precisa ter sua mente mudada através de arrependimento. Deve começar uma nova jornada, com uma mente transformada, ou nunca entenderá nada. A lógica de Deus não é como a nossa. Muito menos sua perspectiva.

Muitas vezes quando perdemos, estamos ganhando. Ele vê toda a situação, o que não conseguimos fazer.

Pensemos um pouco sobre Seus valores. Comparemos com os nossos.

Que sejamos bem-aventurados.

Após as bem-aventuranças, Jesus nos transmite alguns ensinos valiosos. Claro, todos Seus ensinos são valiosos.

Aqui, nos versículos de treze a dezesseis, Ele fala sobre identidade e missão.

Somos o sal da terra. Não podemos perder o sabor. Jesus é o Pão, o Alimento, e nós somos o tempero.

Não é horrível quando comemos algo sem sal, insosso?

Por mais que seja saboroso, sem a quantidade de sal exata, perde o gosto. Jesus nos lembrou a não perdermos nosso sabor. Se perdermos, servimos apenas para sermos jogados fora e pisados pelos homens, completamente inúteis.

Mas há outro lado que também devemos pensar. Um alimento com sal em excesso é impossível de se saborear, sequer de comer. Até que suportamos comer algo sem sal, mas quando o sal está em excesso, é impossível. O único gosto que sentimos é o do sal. Todo o alimento é estragado, não há o que fazer.

Que tenhamos o cuidado de falar e agir com temperança, temperando realmente e não nos omitindo ou nos impondo. Tudo deve ser na medida certa e com equilíbrio. Devemos apenas temperar e não aparecer. Não somos o prato principal, apenas o tempero. Que apenas apontemos para o Senhor. Que digamos como João: "Ele deve se tornar cada vez maior, e eu, cada vez menor".
https://www.youtube.com/watch?v=P2ySdv-H3g0

Ninguém, após comer um excelente prato de, por exemplo, camarão, exclama: "Que sal delicioso!". A pessoa fala do prato principal e que o tempero estava na medida certa. Assim devemos ser. Se estamos aparecendo mais que o prato principal, algo está errado conosco. Não estamos exercendo nossa identidade, nem cumprindo nosso chamado.

Mas não somos apenas o sal da terra, somos a luz do mundo. A luz deve ser na medida exata e no lugar certo. Não se esconde uma lâmpada debaixo de uma vasilha. Ela deve ser colocada no lugar apropriado para que ilumine o ambiente, trazendo a luz necessária. Assim deve ser nossa vida. Devemos estar no lugar certo. Cumprindo nossa missão de iluminar, de afugentar a escuridão.

Jesus nos ordenou a brilharmos diante dos homens, e não apenas isso, mas com um propósito específico: para que os homens vejam nossas boas obras e glorifiquem nosso Pai. Devemos sempre apontar para o nosso Senhor.

Temos um propósito e uma identidade. Somos sal e luz. Vamos temperar e brilhar para que as pessoas conheçam o Senhor através das nossas atitudes, das nossas vidas. Em cada circunstância. A cada dia.

Jesus alertou a todos que O ouviam que não veio para abolir a Lei. Veio para cumpri-la. A Lei simplesmente não desaparece. Ela tem um propósito, até que tudo se cumpra.

O Senhor nos exorta a cumprir e ensinar a Lei, dizendo que os que assim fazem serão chamados grandes no Reino dos céus, diferente dos que desobedecem e ensinam os outros a desobediência, que serão chamados os menores no Reino dos céus.

Ele afirma que se a nossa justiça não exceder em muito à justiça dos fariseus e mestres da Lei, que se consideravam justos, não entraríamos no Reino dos céus. O que Ele disse? Nossas atitudes não devem ser as "normais", as que todos fazem. Devem ir além, demonstrando Seu caráter em nossas vidas. Pelas próximas páginas que percorreremos, veremos que assim será sempre seu ensino, ir além.

Os fariseus e mestres da Lei, infelizmente, haviam se afastados dos princípios da Lei. Normalmente faziam para serem vistos e reconhecidos pelos homens.

Em seguida, Jesus começa a citar alguns dos mandamentos abrindo o entendimento que devemos ter sobre eles.

“Não matarás”. Não significa apenas lançar mão de uma arma ou da força e tirar a vida física de alguém. Denegrir a imagem também é uma forma de matar. Devemos ter cuidado para não ferir ninguém em nossos relacionamentos. E se ferirmos, precisamos imediatamente procurar a reconciliação, caso contrário sofreremos as consequências de nossos atos.

“Não adulterarás”. O Senhor não considera adultério apenas o ato levado às últimas consequências. Desejar alguém que não lhe pertence também é adultério. Porque o adultério começa no coração, antes do ato em si. Isso é tão sério que nos instrui a arrancar o olho ou a mão, se estes nos fizerem pecar. Claro que não é literal. Se o desejo vir ao coração, deve ser arrancado, ali. Mude rotinas, mude pensamentos, faça o que for preciso para que aquilo não aconteça. Tome uma atitude. Arranque aquele desejo do seu pensamento, do seu coração, antes que se transforme em ação.

Na época de Jesus, os homens podiam dar carta de divórcio a uma mulher se ela fizesse qualquer coisa que lhe desagradasse. Até uma comida queimada podia ser caso de divórcio, mas o Senhor fez uma observação que deixou os homens perplexos: o único motivo para dar carta de divórcio a uma mulher (as mulheres não podiam dar carta aos homens), era se ela o traísse. Caso contrário, isso também se constituía em adultério.

O mandamento dizia para não jurar falsamente, mas o Senhor foi além. Não devemos jurar. Jurar para quê? Devemos ser homens e mulheres de palavra, dignos de confiança. O nosso “sim” deve ser “sim” e o nosso “não” deve ser “não”. Devemos ser íntegros e verdadeiros. O que passar disso, vem do maligno. Nossa palavra deve valer tanto quando um documento escrito e selado.

“Olho por olho e dente por dente”. Mas agora a vingança ficou para trás. Quem segue a Jesus precisa ter uma mente transformada. A ordem é amar os inimigos e orar pelos que nos perseguem. Alguém já ouviu isso? Existia até o “vingador de sangue” e agora Ele manda amar e orar pelos que “não merecem” nosso amor. Por que? Porque o Senhor faz isso. Faz chover sobre bons e maus e devemos ser como Ele. A ordem final aqui é: Sejam perfeitos, como perfeito é o Pai celestial de vocês. Ele é nosso alvo, nosso exemplo. Como anteriormente, quando disse que éramos a luz, devemos apontar para Ele. Nem mais, nem menos. E tudo, a partir do nosso coração. É de dentro para fora.

Sim, que nossos atos excedam em muito à justiça dos fariseus e mestres da lei.

Continuamos na próxima postagem.

Espero você. Até já.

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