Leitura do dia 01/11.
Na postagem anterior vimos Judas concordar em trair Jesus. A última Páscoa. A primeira Ceia. Jesus diz que um deles O trairá. Eles discutem quem é o maior. Jesus prediz a negação de Pedro. É traído e preso. Pedro nega Jesus. Jesus é julgado perante o Conselho. http://www.espalhandoasemente.com/2019/11/lucas-221-71.html
Agora, caminharemos através do capítulo vinte e três de Lucas.
O Conselho o leva a Pilatos, o governador. Ele é quem possui o direito legal de condenar um prisioneiro à morte.
Um novo julgamento começa.
Os principais sacerdotes, mestres da lei e líderes religiosos não podiam pedir que O matassem por ter dito que era o Filho de Deus. A acusação diante de Pilatos era de que Ele havia corrompido o povo, dizendo que não deviam pagar impostos ao governo romano e que Ele é Cristo, o Rei.
Colocaram-No diante de Pilatos que lhe pergunta se de fato era o rei dos judeus. Jesus responde: “É como você diz”. Seu posicionamento me faz amá-Lo mais. Quero correr e prostrar-me a Seus pés. Mas agora, só posso observar.
Pilatos fala aos principais sacerdotes e à multidão que não vê nEle crime algum.
Eles insistem. Continuam acusando-O. De vários crimes. Falam que provoca revoltas em toda a Judeia com Seus ensinamentos, que haviam começado na Galileia e agora chegaram em Jerusalém.
Pilatos pergunta se Ele é galileu. Respondem que sim (Não sabiam que Jesus nascera em Belém). Pilatos O envia a Herodes Antipas.
Herodes ficou animado! Finalmente O conheceria. Queria vê-Lo realizar um milagre. Como se fosse um mágico ou bobo da corte? Fez a Jesus várias perguntas. Ele não respondeu.
Enquanto isso, os principais sacerdotes e mestres da lei continuavam gritando acusações.
Herodes e seus soldados começam a zombar e ridicularizá-Lo. Vestem-No com um manto real e O mandam de volta a Pilatos. Os dois até tornaram-se amigos naquele dia. Antes eram inimigos.
Lembro-me de Isaías: “Ele foi oprimido e humilhado, mas não disse uma só palavra. Foi levado para o matadouro; como uma ovelha muda diante dos tosquiadores, não abriu a boca”. – Isaías 53.7
Pilatos reuniu os principais sacerdotes, os líderes religiosos e o povo e disse que não via nEle nada que merecesse a pena da morte. Iria mandar açoitá-Lo e o soltaria.
Durante a Páscoa era costume do governador, soltar um prisioneiro. A multidão escolhia quem seria solto.
Estava preso um homem muito conhecido chamado Barrabás. Era um revolucionário que cometera um assassinato durante uma revolta.
A multidão grita a uma só voz que Pilatos mate Jesus e solte Barrabás.
Pilatos discute com eles, pois pretende soltá-Lo. Eles continuam gritando que querem que seja crucificado. Minhas pernas dobram. Como assim? Quantos dessa multidão ouviram Seus ensinos revolucionários e O viram operando milagres? Agora pedem que Barrabás seja solto. E Jesus crucificado?
Meu coração salta pela boca. Não tenho mais forças. Seguro-me em você.
O governador pergunta pela terceira vez que crime Ele cometeu. Não encontrou nenhum motivo para condená-Lo à morte. Mais uma vez diz que mandará açoitá-Lo e depois o soltará.
A multidão grita cada vez mais alto. Exigem que Jesus seja crucificado.
Estou literalmente "em frangalhos". Não consigo entender. Então lembro que Ele precisa morrer. Para me justificar. Justificar você. Justificar todo o que nEle crer. Como está escrito em João 3.16: "Porque Deus amou tanto o mundo que deu Seu Filho Único, para que todo o que nEle crer não pereça, mas tenha a vida eterna".
A crucificação era o pior tipo de morte a que alguém podia ser submetido. Só os piores traidores e criminosos eram crucificados. Era considerada uma morte maldita (Deuteronômio 21.23).
Minhas lágrimas não param de rolar. Sei que se fez maldito por minha causa. Em meu lugar. Em seu lugar. Ele é totalmente inocente.
Aos prantos, não paro de me perguntar: Que amor é esse? Seu amor sempre me emociona. Sempre me emocionará. É demais para mim.
A multidão parece ensandecida. Gritam mais alto: “Crucifica-O!”.
Não consigo manter-me em pé.
Pilatos percebe que não adianta argumentar. Um tumulto está prestes a estourar. Como um estouro de uma boiada. Está ali para garantir a segurança de Jerusalém em dias de festa, quando a população aumentava consideravelmente.
Pilatos condena Jesus à morte, como eles exigem. Solta Barrabás. Entrega Jesus para fazerem com Ele o que bem entenderem.
Minha vontade é fechar o livro. Não quero mais ler. Não quero mais saber de nada. Não sei se posso suportar o que vem a seguir. Meu coração dispara. Choro desconsoladamente.
Preciso ficar aqui. Não tenho mais forças. Não consigo entender tão grande amor. Deixou Sua glória por mim. Viveu como homem, por mim. Foi condenado, por mim. Foi humilhado, por mim. Castigado, por mim. Massacrado, moído, por mim.
Prostro-me a Seus pés. Minha vida é dEle. Não tem como não ser, depois de tudo que fez por mim.
Foi por você também. Se sua vida ainda não é dEle, agora é o momento. Entregue-se. Deixe que Ele trabalhe em sua vida. Como tem trabalhado na minha.
Não existe nada melhor que segui-Lo. Mesmo com todas as dificuldades.
Seu amor é maravilhoso. Podemos percebê-Lo a cada dia. Junte-se a mim. Prostre-mo-nos diante dEle. https://www.youtube.com/watch?v=GnuMCM4TEHI
Prosseguimos. Andamos pelas ruas de Jerusalém, junto com a multidão. Mal consigo caminhar. Vou aos tropeços. Preciso me apoiar em você. Escuto gritos à volta. Não consigo ouvir o que falam. Só tenho olhos para Ele.
Um homem de Cirene, norte da África, chamado Simão, é forçado a carregar Sua cruz. Penso no privilégio que esse homem tem. Não sei se ele sabe. Vai atrás de Jesus.
A "Via Crucis" ou "Via Dolorosa" percorre uma parte de Jerusalém. Do Pretório até ao Calvário. https://www.youtube.com/watch?v=bK7ldDXkKiM
Uma grande multidão os segue. Muitas mulheres aflitas, choram por Ele. Ele as chama de Filhas de Jerusalém. Fala para não chorarem por Ele. Devem chorar por elas mesmas e por seus filhos. Sim. Porque estão chegando dias em que dirão que benditas são as mulheres que não tiveram filhos. O sofrimento será muito grande.
Dois criminosos foram levados com Ele. Serão executados.
Andamos até sair da cidade. Pensei que não fosse conseguir. Chegamos a um lugar chamado Gólgota, Lugar da Caveira. Não tenho mais forças para chorar.
Ele é pregado na cruz. Pregado. É muito sofrimento.
Os criminosos também foram crucificados. Cada um de um de seus lados.
Jesus pede ao Pai que os perdoem. Não sabem o que estão fazendo.
Os soldados tiram sortes e dividem Suas roupas.
A multidão observa. Os líderes do povo zombam dEle, dizendo que salvou os outros, mas não pode salvar a Si mesmo, se era o Cristo. Os soldados também zombam dEle. Oferecem-Lhe vinagre. Diziam que se Ele é o Rei dos judeus, que se salve. Tolos! Desgraçadamente tolos. Não sabem com quem estão falando. Não se importaram em saber.
Há uma plaquinha em sua cruz. É a acusação feita contra Ele. Está escrito: “Este é o Rei dos Judeus”.
Bato em meu peito. Tudo por mim. Por mim. Por causa do meu pecado que me afastou do Pai. Por causa da minha rebeldia.
Mateus e Marcos contam que os homens a Seu lado também O insultam. Lucas, no entanto nos conta que um deles disse que Ele não havia cometido crime nenhum e pede que se lembre dele quando entrar em Seu Reino. O Senhor responde e garante que naquele mesmo dia estaria com Ele no paraíso. Esse é o Senhor a quem servimos!
Ao meio dia a terra escurece. Alguns estão assustados. Tudo fica escuro até às três horas da tarde. A cortina do santuário rasga-se ao meio. Jesus brada em alta voz, tamanha Sua dor: “Pai, em Tuas mãos entrego Meu espírito!”. Com essas palavras dá Seu último suspiro.
Meu coração quase para. Meu Senhor morreu. Por mim. Por todos.
Ele realmente é o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo (João 1.29).
O centurião que estava diante dEle, ao ver como havia morrido, exclama que verdadeiramente Ele era inocente.
A multidão volta para casa. Entristecida. Batendo no peito.
Seus amigos e as mulheres que O seguiam desde a Galileia, olham de longe.
Ouça, não foram os judeus ou os romanos que mataram Jesus. Foi o meu pecado. O seu pecado. O pecado de todos nós.
Vamos parar aqui. Preciso lançar-me aos pés da cruz. Agradecê-Lo mais uma vez por tão grande amor. Nem a eternidade será suficiente para agradecê-Lo. Novamente, junte-se a mim. Se ainda não entregou Sua vida a Ele, não deixe para depois, faça-o agora. Ele morreu em meu lugar. Em seu lugar. Seu sacrifício nos leva de volta ao Pai. Ele é o Único que pode e faz isso por nós. "Jesus disse: Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém pode vir ao Pai senão por mim". - João 14.6
Depois de um tempo, prosseguimos.
Era sexta-feira. Ao entardecer, José, de Arimateia, que era bom e justo, vai corajosamente a Pilatos, pedir o corpo do Senhor. Era um membro respeitado do Conselho dos líderes do povo. Não concordara com Seu julgamento pelo Conselho.
Vai até o Calvário. É muita tristeza. Tira o corpo de Jesus da cruz. Envolve-O num lençol de linho. Coloca-O em um túmulo escavado na rocha. Um túmulo novo.
As mulheres que O seguiam foram atrás de José para ver onde O sepultariam. Vão para casa. Preparam especiarias e perfumes para ungir Seu corpo.
Começa o sábado. Nada mais pode ser feito. É preciso descansar como a lei exigia.
Continuamos na próxima postagem.
Espero você. Até já.
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