Leitura do dia 27/10.
Na postagem anterior vimos as mulheres que ajudavam no sustento de Jesus e Seus discípulos. A parábola do semeador. A parábola da lâmpada. A verdadeira família de Jesus. Sua autoridade para acalmar a tempestade. Sua autoridade para libertar um homem possesso. A cura da mulher que sofria doze anos com hemorragia. A cura da filha de Jairo. http://www.espalhandoasemente.com/2019/11/lucas-81-56.html
Agora, caminharemos através do capítulo nove de Lucas.
Jesus reuniu os Doze e os enviou. Deu-lhes autoridade para expulsar demônios. Instruiu-os a não levar bagagem. Nada a carregar. Nada com que se preocupar. Ficariam onde fossem acolhidos. Se não fossem bem recebidos, que sacudissem o pó da cidade em sinal de protesto.
Eles foram. Anunciavam as boas-novas. E curaram os doentes.
Que possamos acatar Suas ordens e não nos preocuparmos com bagagens, roupas extras, pesos que nos atrasarão. Sua mensagem precisa ser pregada. Com urgência. Sem nenhum empecilho.
Logo o rei Herodes Antipas ouve falar de Jesus. Como não ouvir? Com certeza, Ele era “o acontecimento”. Alguns diziam que era João Batista, que ressuscitara. Outros, que era Elias. Outros, um dos profetas antigos que voltara a viver. Herodes queria saber quem Ele era. E procurava vê-Lo.
Quando os Doze voltaram, contaram ao Senhor tudo que fizeram. Ele os chamou para estar a sós com Ele. Mas, não conseguiram ficar muito tempo sozinhos. As multidões saíram das cidades e os seguiram. Ele os recebeu. Ensinou-lhes sobre o Reino e curou os enfermos.
Gosto de observar a preocupação dos discípulos. Quando estava ficando tarde, pediram a Jesus que despedisse a multidão. Afinal, estavam em um lugar deserto e precisavam se alimentar. Deviam ir aos povoados próximos para conseguir alimento.
Sua resposta me deixa boquiaberta: Ordenou que eles mesmos providenciassem alimento para a multidão. Sua ordem soa atual em meus ouvidos. Nós somos os responsáveis. Não podemos e não devemos despedir ninguém sem estendermos nossas mãos. Não há necessidade de irem atrás de solução. Somos nós que precisamos ter essas soluções. Mesmo que tenhamos pouco a oferecer.
Os discípulos responderam que tinham apenas cinco pães e dois peixes. Não era suficiente. Perguntaram se Ele esperava que comprassem comida para todo aquele povo. Havia cerca de cinco mil homens. Fora mulheres e crianças.
O Senhor não perguntou quanto dinheiro tinham. Não precisavam de dinheiro.
Prestemos atenção às atitudes de Jesus. Ordenou que fizessem a multidão sentar-se em grupos. Tomou os cinco pães e os dois peixes. Era o suficiente. Os abençoou. Partiu-os em pedaços. E entregou aos discípulos para distribuírem à multidão. Todos comeram e ficaram satisfeitos. Comeram à vontade. Os discípulos encheram doze cestos com as sobras. Os cinco pães e dois peixes não apenas alimentou toda aquela multidão, como ainda sobrou comida!
Somos os instrumentos do Senhor na terra. É através de nós que pessoas são alcançadas, abençoadas, alimentadas, transformadas. Ou não. Precisamos fazer a escolha correta. E repartir.
Não podemos despedir a multidão, dizendo onde encontrar o alimento. Precisamos ser aqueles que alimentam a multidão. Mesmo se os recursos, aos nossos olhos, forem escassos. Nós alimentamos, o Senhor reparte. Os recursos são multiplicados.
Quando repartimos, o Senhor multiplica. Nosso papel é nos dispor. É oferecermos o que temos. É repartir. Compartilhar. O resto é com o Senhor. É pouco? Melhor ainda. Mais o Senhor irá multiplicar. E todos saberão que foi Ele e não eu ou você.
Não há limites para o que o Senhor possa fazer. Basta que nos disponibilizemos a deixar que nos use. Sempre. Ele abençoa nossos recursos. E os multiplica.
O que posso oferecer? O que você pode oferecer? No Senhor, temos as respostas.
http://www.espalhandoasemente.com/2016/05/eliseu-voce-e-eu-disponiveis-para.html
Um dia, quando Jesus estava em oração apenas com Seus discípulos, pergunta quem as multidões dizem que Ele é. Os discípulos respondem que alguns diziam que era João Batista; outros, que era Elias; outros, um dos profetas antigos que ressuscitara.
Jesus pergunta e eles? Quem diziam que Ele é? Pedro responde que Ele é o Cristo enviado por Deus.
Jesus ordena que os discípulos não contem a ninguém quem era. Ainda não. Era necessário que sofresse muitas coisas. Seria rejeitado pelos líderes do povo, pelos sacerdotes e mestres da lei, até ser morto e ressuscitar ao terceiro dia.
Após terem a revelação de quem o Senhor Jesus é, Ele passa a dizer o que irá acontecer. É sempre assim. Um passo após o outro. Uma revelação após outra. Como as águas de Ezequiel, que iam ficando cada vez mais fundas à medida que ele prosseguia (Ezequiel 47).
http://www.espalhandoasemente.com/2019/09/ezequiel-461-4835.html
Jesus continua falando. Cada vez mais sério. Se quisermos acompanhá-Lo, temos que negar-nos a nós mesmos, tomar nossa cruz e segui-Lo. Será que temos essa disposição? Negar a si mesmo envolve tanta coisa. Colocar o Senhor e Sua vontade antes da nossa não é fácil. Nossa natureza é normalmente egoísta.
Ele fala que se alguém quiser salva sua vida, a perderá, mas quem perder sua vida por Sua causa, a encontrará. Posso dizer que essa verdade tem acontecido em minha vida. “Não estou dizendo que já obtive tudo isso, que já alcancei a perfeição. Mas prossigo a fim de conquistar essa perfeição para a qual Cristo Jesus me conquistou. Não, irmãos, não a alcancei, mas concentro todos os meus esforços nisto: esquecendo-me do passado e olhando para o que está diante de mim, prossigo para o final da corrida, a fim de receber o prêmio celestial para o qual Deus nos chama em Cristo Jesus” (Filipenses 3.12).
Não existe nada melhor do que encontrar nossa vida em Jesus. Descobrir quem Ele é e quem nós somos.
Negar-se não é fácil, mas valerá a pena. Por Ele. https://www.youtube.com/watch?v=tZDKWhMfnSQ
Após ter dito essas palavras tão sérias e profundas, o Senhor fala que havia alguns ali que não morreriam antes de ver o Reino de Deus. Os discípulos levaram cerca de oito dias para entender o que estava dizendo, talvez mais.
Cerca de oito dias depois, Ele foi juntamente com Pedro, Tiago e João a um monte para orar. Ali, O viram transfigurado diante deles. Uma “amostra” do Reino de Deus. Sua face brilhava como o sol e Suas roupas se tornaram brancas como a luz, resplandecentes. E, para completar o magnífico quadro, Moisés e Elias apareceram diante deles, conversando com Jesus.
Posso imaginar a cena. Se estivesse ali, com certeza estaria de joelhos, tremendo diante de tal imagem, mas Pedro, sempre Pedro, o corajoso e arrebatador Pedro (claro que o amo), disse a Jesus que era maravilhoso estarem ali. Lógico que era, presenciar Jesus daquela maneira e ainda ver Moisés e Elias, os representantes da Lei e dos Profetas!
E Pedro, em sua coragem, disse que se o Senhor quisesse, faria três tendas, uma para cada um. Queria ficar ali, por um bom tempo. Era um privilégio muito grande presenciar aquilo.
Mas enquanto Pedro ainda falava, uma nuvem surgiu e os envolveu. Ficaram com medo (claro)! Dessa nuvem uma voz disse: “Este é o meu Filho, meu Escolhido. Ouçam-No!”.
A essa altura, já me desmanchei. Estou completamente derretida diante de tal majestade.
Leia os versículos abaixo, pare um pouquinho e tente ouvir Sua majestosa voz.
“A voz do Senhor ecoa sobre o mar, o Deus da glória troveja; sobre o imenso mar, o Senhor fala. A voz do Senhor é poderosa, a voz do Senhor é majestosa. A voz do Senhor quebra os grandes cedros,” – Salmos 29.3-5a
“A voz do Senhor risca o céu com relâmpagos. A voz do Senhor sacode o deserto, o Senhor faz tremer o deserto de Cades. A voz do Senhor torce os fortes carvalhos e arranca as folhas dos bosques;” – Salmos 29.7-9a
Como não obedecer tal voz?
O Todo-Poderoso, Criador dos céus e da terra, falou. E em Sua fala apontou para a identidade do Senhor Jesus e deu uma única ordem: “Ouçam-No!”.
O foco não era Moisés, nem Elias, homens de Deus, mas era Jesus, o Filho amado do Pai. É a Ele que devemos ouvir, Ele é o nosso foco!
Não estou dizendo que não devemos ouvir Moisés ou Elias. Eles apontam para Jesus. Mas é Jesus quem devemos ouvir. Tudo é por Ele e para Ele (Romanos 11.36).
Quando a voz silenciou, só Jesus estava ali. Jesus, onde nossos olhos devem estar fixos. Jesus, nosso Guia e Rei, Jesus, a quem devemos ouvir.
Quantas vozes temos ouvido, quantas pessoas temos visto nos dias de hoje! Um fala uma coisa, outro fala outra. E muitos estão como uma bola de tênis, de um lado para outro, outros estão pior do que “cego em tiroteio”, sim, pior, porque o cego consegue discernir de onde vem o barulho do tiroteio, e muitas pessoas estão sem conseguir discernir absolutamente nada.
Como ter discernimento nestes dias? Seguindo o conselho do Todo-Poderoso, e ouvindo o Senhor Jesus, Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida. Somente Ele nos leva ao Pai (João 14.6). Sua Palavra está à nossa disposição, repleta de ensinos sobre Ele.
Naquela ocasião não contaram a ninguém o que acontecera.
Não sei você, eu fico impactada com essa cena. Como gostaria de estar lá. Com certeza me colocaria à disposição de Pedro para ajudá-lo a construir aquelas três tendas. Mas então, vejo o Senhor olhando para mim. Sei que é somente para Ele que preciso olhar. Sei que é Ele quem preciso ouvir. Não posso ficar o tempo todo no monte. Tenho que descer. Há coisas a fazer no dia a dia. Preciso testemunhar o que fez por mim. Preciso dizer quem Ele é.
É assim que funciona: Olhamos para Ele, sabemos Sua identidade, Ouvimos o Senhor e O transmitimos aos outros, através de palavras, gestos e ações. Não tem outra maneira de vivermos.
As tendas terão que esperar. É hora de descer e acompanhar ao Senhor, onde quer que Ele vá, negando-nos a nós mesmos e tomando nossa Cruz. Façamos isso, então.
No dia seguinte desceram do monte. Uma grande multidão foi ao encontro de Jesus. Um homem aproximou-se. Ajoelhou-se diante dEle e pediu que tivesse misericórdia de seu filho. Era seu único filho. Um demônio se apoderava dele e o fazia gritar. Lançava-o em convulsões. Fazia-o espumar. Sacudia-o violentamente. Quase nunca o deixava em paz. Explicou que o trouxe aos discípulos que ali estavam, mas não puderam curá-lo.
O Senhor Jesus os repreendeu, chamando-os de geração incrédula e corrompida. Ainda perguntou até quando teria que suportá-los.
Ele fez o que, no momento, era o mais necessário. Mandou que trouxessem o menino até Ele. Repreendeu o demônio e o menino ficou curado. O Senhor se importava com o bem estar e a vida daquele menino. Ele sempre se importa.
Todos ficaram maravilhados com a grandiosidade do poder de Deus.
Enquanto a multidão se maravilhava com o que fazia, o Senhor reúne Seus discípulos e lembra-os de que será traído e entregue nas mãos dos homens.
Os discípulos, ao invés de se alegrarem porque assim as palavras dos profetas se cumpririam, e a nossa redenção estaria completa, ficaram cheios de tristeza. Ainda não conseguiam entender o papel do Senhor Jesus.
Olho para eles. Será que eu, naquela situação, entenderia? Mais uma vez clamo por fé. Para mim. Para você.
Os discípulos começaram a discutir qual deles era o maior. Jesus, conhecendo Seus pensamentos coloca uma criança pequena junto a Si e diz que quem recebe uma criança como aquela em Seu nome, está recebendo-O e recebendo quem O enviara. O menor entre eles era o maior. Será que entenderam? Até hoje muitos querem ser os maiores e não entendem que, para ser o maior, precisam ser como o Senhor Jesus, que deu Sua vida.
João disse que viram alguém usar Seu nome para expulsar demônios. Eles o proibiram. Não eram do “nosso grupo”. Jesus ordenou que não fizessem isso. Quem não era contra eles, era a favor.
Está chegando a hora de ser elevado ao céu. Ele parte com determinação para Jerusalém. Enviou mensageiros até os samaritanos para se prepararem. Não quiseram receber Jesus. Era claro, para eles, que estava a caminho de Jerusalém. Os dois “povos” não se combinavam.
Tiago e João perguntaram se Jesus queria que mandassem cair fogo do céu para consumi-los. Jesus os repreendeu por essa ideia.
Foram para outro povoado.
Quando estavam andando, alguém disse a Jesus que O seguiria por onde quer que fosse. Ele explicou que não tinha sequer um lugar onde repousar Sua cabeça. Quem segue a Jesus nunca é enganado. Ele nunca disse que segui-Lo seria um mar de rosas. Ele sabe que é difícil. E nos previne das dificuldades.
Ele chamou um homem para segui-Lo. O homem pediu que deixasse primeiro sepultar seu pai. O Senhor disse para deixar essa incumbência com outros mortos. Ele, porém, devia ir e anunciar o reino de Deus.
Temos renunciado nossas “incumbências” e seguido o Senhor, anunciando Seu Reino? Ou temos, pacificamente, esperado para “sepultar” nosso pai?
Uma pessoa se aproximou dEle. Disse que O seguiria. Antes, porém, queria despedir-se de sua família.
O Senhor lhe disse que aquele que põe a mão no arado e olha para trás não é apto para o Reino. Não se pode olhar para trás quando se está arando a terra. O arado ficará todo torto. Assim é conosco. Se quisermos segui-Lo, precisamos deixar tudo para trás e segui-Lo.
Continuamos amanhã.
Leremos a partir do capítulo dez. Até o capítulo doze.
Espero você. Até lá.

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