Leitura do dia 22/10.
Na postagem anterior, vimos a segunda multiplicação dos pães. Os fariseus, loucos, exigindo um sinal do céu. O alerta do Senhor ao fermento dos fariseus e de Herodes. O Senhor cura um cego. Pedro responde quem Ele é. Ele prediz Sua morte.
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Agora, prosseguimos pelo capítulo nove de Marcos.
Seis dias depois de Jesus ter afirmado que alguns dos discípulos não morreriam sem O verem em Seu Reino, foi juntamente com Pedro, Tiago e João a um monte alto.
Ali, O viram transfigurado diante deles. Uma “amostra” dEle em Seu Reino. Sua face brilhava como o sol e Suas roupas se tornaram brancas como a luz, resplandecentes. E, para completar o magnífico quadro, Moisés e Elias apareceram diante deles, conversando com Jesus.
Posso imaginar a cena. Se estivesse ali, com certeza estaria de joelhos, tremendo diante de tal imagem, mas Pedro, sempre Pedro, o corajoso e arrebatador Pedro (claro que o amo), disse a Jesus que era bom estarem ali. Lógico que era! Presenciar Jesus daquela maneira e ainda ver Moisés e Elias, os representantes da Lei e dos Profetas!
E Pedro, em sua coragem, disse que se o Senhor quisesse, faria três tendas, uma para cada um. Queria ficar ali, por um bom tempo. Era um privilégio muito grande presenciar aquilo.
Mas enquanto Pedro ainda falava, uma nuvem os envolveu e dessa nuvem uma voz disse que Aquele era Seu Filho amado. Deveriam ouvi-Lo.
O Todo-Poderoso, Criador dos céus e da terra, falou. Em Sua fala apontou para a identidade do Senhor Jesus e deu uma única ordem: “Ouçam-No!”.
O foco não era Moisés, nem Elias, homens de Deus, mas era Jesus, o Filho amado do Pai. É a Ele que devemos ouvir, Ele é o nosso foco!
Não estou dizendo que não devemos ouvir Moisés ou Elias. Eles apontam para Jesus. Mas é Jesus quem devemos ouvir. Tudo é por Ele e para Ele (Romanos 11.36).
Suas pernas deviam estar como gelatinas. Ao olharem, não viram mais ninguém, a não ser Jesus. Jesus, onde nossos olhos devem estar fixos. Jesus, nosso Guia e Rei. Jesus, a quem devemos ouvir. Sempre.
Quantas vozes temos ouvido, quantas pessoas temos visto nos dias de hoje! Um fala uma coisa, outro fala outra. E muitos estão como uma bola de tênis, de um lado para outro, outros estão pior do que “cego em tiroteio”, sim, pior, porque o cego consegue discernir de onde vem o barulho do tiroteio, e muitas pessoas estão sem conseguir discernir absolutamente nada.
Como ter discernimento nestes dias? Seguindo o conselho do Todo-Poderoso, e ouvindo o Senhor Jesus, Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida. Somente Ele nos leva ao Pai (João 14.6). Sua Palavra está à nossa disposição, repleta de ensinos sobre Ele.
Depois que suas pernas voltaram ao normal (as minhas levariam muito tempo), desceram do monte. No caminho, Jesus lhes diz para não contarem a ninguém o que havia acontecido, até que tivesse ressuscitado dos mortos.
Os discípulos perguntaram ao Senhor sobre Elias, pois os mestres da lei diziam que Elias deveria vir primeiro, ou seja, antes do Messias. Jesus respondeu que Elias haveria de vir e restaurar todas as coisas. Mas, Elias já viera. Não o reconheceram. Preferiram maltratá-lo, conforme as Escrituras previam.
Como é importante reconhecermos aqueles que o Senhor nos envia!
Estamos vivendo tempos nunca vividos na história. O Senhor está levantando "Joãos Batistas" nos quatro cantos da terra, antes que Ele volte. Aprendamos a reconhecê-los. Se olharmos para Jesus, com certeza os reconheceremos. Eles sempre apontam para Ele. São apenas a voz. Querem diminuir, enquanto Ele cresce.
Não sei você, eu fico impactada com essa cena. Como gostaria de estar lá. Com certeza me colocaria à disposição de Pedro para ajudá-lo a construir aquelas três tendas. Mas então, vejo o Senhor olhando para mim. Sei que é somente para Ele que preciso olhar. Sei que é Ele quem preciso ouvir. Não posso ficar o tempo todo no monte. Tenho que descer. Há coisas a fazer no dia a dia. Preciso testemunhar o que fez por mim. Preciso dizer, aos outros, quem Ele é.
É assim que funciona: Olhamos para Ele, sabemos Sua identidade, Ouvimos Suas palavras e O transmitimos aos outros, através de palavras, gestos e ações. Não tem outra maneira de vivermos. Somos Suas testemunhas.
As tendas terão que esperar. É hora de descer e acompanhar o Senhor, onde quer que vá, negando-nos e tomando nossa Cruz.
Quando Jesus e os três discípulos mais chegados a Ele (Pedro, Tiago e João), descem do monte, foram onde estava a multidão reunida. Os outros discípulos ali estavam. Alguns mestres da lei discutiam com eles.
Quando a multidão O viu, correu para cumprimentá-Lo.
Ele perguntou sobre o que discutiam. Um homem aproximou-se e contou que trouxera seu filho que estava possuído por um demônio, que não o deixava falar. Ele tinha ataques e sofria muito. Várias vezes o demônio o jogava ao chão. Ele espumava, rangia os dentes e ficava rígido. Explicou que o trouxera aos discípulos, mas não puderam libertá-lo.
O Senhor Jesus os repreendeu, chamando-os de geração incrédula. Ainda perguntou até quando teria que suportá-los. Será que está de mau humor? Por que foi tão duro?
Levaram-Lhe o menino. Quando o demônio viu o Senhor, causou uma intensa convulsão. O menino foi jogado ao chão. Contorcendo-se e espumando.
Jesus perguntou ao pai há quanto tempo aquilo ocorria. O pai respondeu que desde que era pequeno. Muitas vezes o espírito o lançava no fogo ou na água, tentando matá-lo.
Clamou que Jesus tivesse misericórdia. E, se pudesse, que os ajudassem.
Sua resposta é maravilhosa. É uma pergunta. “Se puder?”. Claro que Ele podia. Respondeu ao pai daquele menino que tudo é possível ao que crê. Tudo.
O pai do menino responde imediatamente que cria. E pede que o Senhor o ajude a superar sua incredulidade. Não é uma resposta intrigante? Sim. Porém sincera. Ele cria. Mas ainda assim tinha dúvidas. E foi sincero. Expôs sua necessidade e seu coração ao Senhor.
A multidão começou a aumentar. O Senhor repreendeu o espírito e ordenou que saísse.
O espírito gritou. Causou outra convulsão ao menino. E o deixou. O menino ficou deitado, quieto, no chão. Parecia morto.
A multidão se aquieta. Depois, um murmúrio corre. Sussurram que o menino está morto. Mas Jesus o toma pela mão e o ajuda a levantar. O menino coloca-se em pé. Está liberto.
Quando chegaram em casa, Seus discípulos foram a Ele. Questionaram por não terem conseguido expulsar aquele demônio. Ele respondeu que aquela espécie só sai com oração.
Que tipo de oração, pergunto? Jesus não orou. Apenas ordenou e o demônio saiu. Estava falando de vida. Vida de oração. Vida de comunhão com o Senhor. Vida de fé.
Com Sua resposta podemos perceber porque o Senhor foi tão duro. Não estava de mau humor. Tinha domínio próprio, era manso (força sob controle).
E quanto a nós? Temos nos achegado a Ele com fé? Ainda que seja uma fé pequena? Sem ela, não temos como nos achegar. Fé é algo totalmente indispensável.
Que o Senhor nos dê fé. Ah, Ele, nosso maravilho Senhor, nos fala como obter esse tipo de fé, que aprende a crer nEle. Oração e jejum. Seja lá que espécie de problema, dificuldade, doença ou demônio que tivermos que enfrentar, precisamos de fé. Através de oração e jejum.
“Gastando” tempo com Ele, aprenderemos mais sobre Seu caráter, sobre Sua identidade e nossa fé nEle aumenta. Aprendemos a ver com olhos que enxergam e a ouvir com ouvidos que ouvem. Aprendemos sobre Seu caráter. E cremos nEle.
Estou meio boquiaberta, mas Ele foi categórico. Olho para Ele. Percebo que não é mau humor. É ira santa. Indignação. Pura e santa. Justa.
Após essa lição, o Senhor, reuniu-se com Seus discípulos na Galileia. Disse-lhes que seria traído e entregue nas mãos dos homens, que O matariam. Mas, ao terceiro dia (aleluia), ressuscitaria.
Os discípulos, ao invés de se alegrarem porque assim as palavras dos profetas se cumpririam, e a nossa redenção estaria completa, não entendiam Suas palavras e tiveram medo de Lhe fazer perguntas.
Olho para eles. Será que eu, naquela situação, entenderia? Mais uma vez clamo por fé. Para mim. Para você. Junte-se a mim.
Jesus e os discípulos foram a Cafarnaum. Depois que se acomodaram em casa, Ele perguntou o que vinham discutindo pelo caminho. Engoliram em seco. Não tiveram coragem de responder. Discutiam qual deles era o maior.
Olho para o senhor. Continua tranquilo. Senta-se. Chama os Doze. Fala que todo que desejar ser o primeiro, deve se tornar o último. Deve ser o servo de todos.
Ele coloca uma criança no meio deles e a toma nos braços. Fala que os que recebem uma criança pequena em Seu nome, recebe-O. E não apenas a Ele. Recebe também Seu pai, que O enviou.
Ah, como os valores do Senhor são diferentes dos nossos! O maior é o que serve. O maior é o servo de todos. Não é o líder prepotente, inteligente e bem sucedido. É o que serve. Que nossos olhos estejam abertos para a verdade.
João diz ao Senhor que viram um homem expulsando demônios em Seu nome. Eles o proibiram porque não andava com eles, não era “do nosso grupo”.
O Senhor ordena que não façam assim. Que não o proibissem. Fala que ninguém que faça milagres em Seu nome, logo em seguida falará mal dEle. Diz também que quem não é contra eles, era a favor deles.
Assim como os discípulos, temos a forte tendência de querer impedir as pessoas que estão fazendo algo em nome do Senhor e não é "do nosso grupo”.
Quantas vezes queremos calar essa pessoa! Quantos de nós até difama aqueles que não andam conosco! Simplesmente e tão somente por não fazer parte “do nosso grupo"
Nosso interesse deve ser verificar se a verdade está ou não sendo transmitida. Não devemos nos preocupar se aquela pessoa faz ou não parte do nosso grupo.
O Senhor conhece os que são Seus. O julgamento é dEle. Não somos juízes. Somos discípulos! Aqui, não importa o que pensamos, mas o que Ele pensa. A história nunca foi sobre nós. A história é dEle. É sobre Ele. É para Ele. É por Ele.
Que a Verdade se espalhe por toda a terra, como semente soprada pelo Espírito do Senhor. Que a Verdade esteja em nós. Que reconheçamos a Verdade em outros. Que reconheçamos a mentira também, e fujamos dela. Que nos apeguemos à Verdade.
Jesus continua dizendo que se alguém lhes desse um simples copo de água porque eram Seus seguidores, receberiam uma recompensa. Mas, se alguém fizesse um desses pequeninos, que nEle confiavam, cair em pecado, seria muito melhor que tivesse uma grande pedra amarrada a seu pescoço e fosse jogado ao mar.
Se nossa mão nos fizer pecar, que a arranquemos. Que nada nos impeça de entrar no Reino dos céus. Seremos provados pelo fogo. Passaremos por essa prova?
Somos sal. Sal serve para temperar. Mas, se perder o gosto não serve para nada!
Ele nos ordena a termos entre nós as qualidades de um bom sal e que vivamos em paz uns com os outros.
Suas palavras a João aceleraram meu coração. O seu não?
Nos alegramos quando a mensagem do Senhor é espalhada aos quatro cantos desta terra ou nos ressentimos porque "ele não é do nosso grupo"? Não quero que me encontre com ciúmes da Noiva. A Noiva é dEle, não minha. Nunca foi minha. https://www.youtube.com/watch?v=OpMm5JO0wtU
Que tenhamos as boas qualidades do sal. Que não sejamos tropeço para ninguém. Que sejamos fieis e verdadeiros.
Continuamos na próxima postagem.
Espero você. Até já.

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