Leitura do dia 22/10.
Continuamos caminhando pelas páginas de Marcos.
Nas postagens anteriores vimos Jesus contar a parábola do semeador, da lâmpada, da semente crescendo e da semente de mostarda. Ele acalma a tempestade. Exerce autoridade sobre demônios. Cura em resposta à fé, de Jairo e da mulher que sofria durante doze anos de hemorragia.
http://www.espalhandoasemente.com/2019/11/marcos-41-41.html;
http://www.espalhandoasemente.com/2019/11/marcos-51-43.html
Foi rejeitado em Nazaré. Envia os Doze.
Ficamos sabendo da morte de João Batista. Vimos a primeira multiplicação de pães. Jesus anda sobre as águas. E cura a muitos. http://www.espalhandoasemente.com/2019/11/marcos-61-56.html
Também vimos Seu ensino sobre pureza. O que contamina é o que está dentro do homem.
A mulher siro-fenícia se humilha diante de Jesus. Ele crua um surdo com dificuldade de fala.
http://www.espalhandoasemente.com/2019/11/marcos-71-37.html
Hoje caminharemos através dos capítulos oito a dez de Marcos.
Naqueles dias, uma grande multidão foi até Ele. Passaram três dias com Jesus. Mais uma vez, ficaram sem comida.
Jesus chamou Seus discípulos dizendo ter compaixão da multidão. Não tinham mais nada para comer. Não queria mandá-los embora com fome. Podiam desfalecer no caminho.
Meu coração se ilumina diante dessas palavras. Percebo Seu cuidado com aquelas pessoas. Pode ter sido duro em muitas situações, mas também era sensível. Percebia as necessidades. Mesmo as mais simples. Quando era duro, era por Seu compromisso com a Verdade. Afinal, Ele é a Verdade.
Os discípulos parecem ter esquecido que haviam presenciado uma multidão ser alimentada com cinco pães e dois peixes. Agora, pelo menos, não pensaram em dinheiro. Mas, perguntaram onde poderiam encontrar, naquele lugar deserto, pão suficiente para alimentar tanta gente.
Será que isso também acontece conosco? Esquecemos o que Jesus já fez? Comigo, infelizmente, sim.
Jesus não responde. Ah, como amo esse Seu jeito. Simplesmente faz outra pergunta. Quer saber quantos pães eles têm.
Precisamos, desesperadamente, aprender a ver as situações como o Senhor vê. Quando falou que queria alimentar a multidão, sabia onde encontraria o alimento. Talvez a pergunta certa dos discípulos fosse "como" e não "onde". Ou com "o quê"?
Responderam que tinham sete pães e alguns peixes. Problema resolvido.
O Senhor ordenou que a multidão se sentasse. Tomou os pães e os peixes, deu graça, partiu-os, entregou aos discípulos. Os discípulos entregaram o alimento à multidão.
Todos comeram até ficarem satisfeitos. Ainda sobraram sete cestos cheios. Eram quatro mil homens, sem contar as mulheres e crianças.
Depois que Jesus alimentou a multidão, Ele a despediu. Entrou no barco e foi para a região de Magadã (ou Dalmanuta).
Jesus não se importa apenas com as necessidades da nossa alma e nosso espírito. Importa-se também com nosso corpo. Que estejamos bem alimentados, que não desfaleçamos pelo meio do caminho, num lugar deserto, onde não teremos como buscar socorro e alimento.
Ele nos alimenta. Através daqueles que são, hoje, Seus discípulos. Nós somos responsáveis para alimentar a multidão. Nós temos os pães e os peixes necessários, que nas mãos do Senhor, se multiplicam.
Nós Lhe entregamos nossos recursos, Ele abençoa, multiplica e nos devolve, para que alimentemos a outros. Tudo que é dado a Ele, é multiplicado para abençoar. Sempre.
O que temos à nossa disposição que podemos entregar a Ele? É nosso dever, como discípulos, alimentar a multidão. Com o que temos, mesmo que seja pouco.
Temos em nós essa mesma sensibilidade que havia em Jesus? Ou deixamos que a multidão (ou alguém) vá, sem receber o alimento, correndo o risco de desfalecer em um lugar deserto, onde não encontrará o socorro necessário?
Prestemos atenção. Tomemos cuidados. Precisamos ser como nosso Mestre e Senhor.
Novamente alguns fariseus vieram encontrar-se com Ele. Eles O puseram à prova exigindo um sinal do céu. Quem pensam que são para exigir um sinal? Quem pensam que Ele é. Tenho vontade de rir. “Se acham”.
Jesus suspira profundamente. Pergunta por que insistem com isso. Não dará nenhum sinal a esta geração. Assunto encerrado. Retirou-se. Não perdia tempo com discussões que não levam a nada.
Dali, foram para o outro lado do mar da Galiléia. Os discípulos se esqueceram de levar pão. Jesus lhes disse para estarem atentos e terem cuidado com o fermento dos fariseus e de Herodes.
Os discípulos ainda estão muito preocupados com o natural. Começaram a discutir entre si dizendo que não haviam levado pão. Jesus, percebendo a discussão, pergunta por que estão discutindo sobre não ter pão. Ainda não compreenderam? Seus corações ainda estavam assim tão endurecidos?
Será que temos compreendido o que Jesus tem feito em nossas vidas?
Jesus precisou lembrá-los das duas multiplicações dos pães e de como as multidões foram alimentadas naquelas ocasiões. Não era de pão que estava falando. Era do ensino dos fariseus e de Herodes.
Lembram da história que lhes contei de quando fui fazer o calzone e o excesso de fermento estragou toda a massa? Assim era o ensino desses homens. Ensinavam regras sobre regras. Enchiam a massa de fermento, até que estivesse estragada. Não possuíam vida, apenas religiosidade.
http://www.espalhandoasemente.com/2017/11/a-parabola-do-fermento.html
Que tenhamos cuidado com os fariseus e saduceus de hoje que, ao invés de produzir alimento sadio, enchem a massa de fermento.
Fermento em excesso fede, estraga a massa, que só serve para ser jogada fora. Como o sal insípido. Como a luz que não se acende quando deveria estar acesa. http://www.espalhandoasemente.com/2017/11/somos-sal-e-luz.html
Que nosso fermento seja no ponto certo, introduzido em massa de trigo puro, sem mistura, que produz vida a todos que se achegam a nós, como acontecia com nosso Senhor Jesus.
Agora, estamos em Betsaida. Alguns trazem um cego até Jesus. Suplicam que o toque. Ele toma o cego pela mão e o leva para fora do povoado. Nós os seguimos. O que acontecerá?
O Senhor não apenas toca no homem. Ele cospe em seus olhos! Então, pergunta se ele está vendo alguma coisa.
O homem levanta os olhos e responde que vê pessoas, mas elas parecem árvores andando.
Se você está vendo pessoas parecidas com árvores que andam, alguma coisa está errada com sua visão. Decididamente pessoas não parecem com árvores que andam.
Novamente o Senhor coloca Suas mãos sobre os olhos do homem. Agora, seus olhos são totalmente abertos. Passa a ver tudo claramente, com nitidez. Não vê mais os homens parecidos com árvores andando.
Jesus manda-o direto para casa. Fala para não entrar no povoado. Estava preservando-o do assédio que sofreria.
Nós encontramos uma pedra. Acredite, em Israel é muito fácil encontrar uma. Sentamos à beira do caminho. Precisamos pensar.
A multidão pede que toque no cego. Ele o toma e o leva para fora do povoado. Como havia feito com o homem surdo que mal podia falar.
Só posso pensar que esse homem precisa de algo diferente. Apenas tocá-lo não ativará sua fé. Precisa de algo mais.
O Senhor cospe em seus olhos. Cospe! Parece tão drástico! Por que não apenas toca?
Ah, quantas vezes precisamos que o Senhor cuspa em nossos olhos! Estamos tão cegos que não conseguimos ver absolutamente nada! E quantas vezes "Seu cuspe" ainda é pouco? Precisa colocar Suas mãos em nossos olhos pois, além de estarmos cegos, quando acreditamos que nossos olhos se abriram, apenas enxergamos imagens desfocadas. Olhamos e nos esforçamos, mas vemos apenas homens que parecem árvores andando. Não conseguimos enxergar a verdade. Apenas meia-verdades. Só depois que coloca Suas mãos é que realmente conseguimos enxergar.
A multidão continua esperando por um bom tempo. Querem ver o cego enxergando. Clamaram por ele. Levaram-no até Jesus. Mas Ele ordena que não entre no povoado. Até parece que Jesus não é muito adepto a propagandas, não é mesmo?
Ah, mas será que aquele homem não precisa de um tempo? Um tempo para processar tudo que está enxergando? Um tempo para digerir sua cura? Um tempo para diferenciar totalmente homens de árvores e tantas outras coisas? Um tempo para pensar, sonhar, imaginar, planejar como será sua vida agora que enxerga?
O Senhor nos conhece como ninguém. Mais uma vez vemos, através das Escrituras, que nos cura individualmente. Para ele não somos um número. Somos pessoas únicas, com necessidades diversas. E Sua atenção a isso só me faz prostrar e adorá-Lo. Junte-se a mim.
Jesus deixa a Galileia e vai até à região de Cesareia de Felipe. Já vimos, em Mateus, que assim era chamada, em homenagem a Felipe, filho de Herodes, que dominou aquela região. Antes, chamava-se Panias, em homenagem ao deus pagão Pan, associado aos campos e rebanhos.
Estive na caverna que havia sido consagrada a este deus Pan. Ali, declaramos o nome de Jesus, como o único Rei e Senhor do Universo.
Jesus escolheu essa região, dedicada a um falso deus, para perguntar a Seus discípulos quem as pessoas diziam que Ele era.
Os discípulos responderam que uns achavam que era João Batista, outros Elias e ainda outros um dos profetas.
Então, faz a maior pergunta de todas as perguntas que podem ser feitas: “E vocês? Quem vocês dizem que Eu sou?”.
Em algum momento de nossas vidas, na verdade em vários deles, temos que responder a essa pergunta. A maior pergunta do Universo.
Quem dizemos que Ele é? Um profeta? Um revolucionário? Um humanista? Um hippie? Um filósofo? Um homem bonzinho que falava coisas mansas e curava as pessoas? O Filho do Deus vivo? Quem pensamos que Ele é?
Nossa resposta a essa pergunta irá definir nossas vidas. Completamente.
A grande pergunta do Universo não é quem eu sou, é quem Ele é. Quando sabemos, Ele nos revela quem somos. É maravilhoso. Sua identidade em nós nos revela nossa identidade.
Pedro respondeu que Ele é o Cristo.
E eu? Quem digo que Ele é? O Cristo, Ungido, filho do Deus vivo?
E você? Quem você diz que Ele é? A resposta a essa pergunta define nossas vidas. Define tudo.
Imagino estar sentada ali, junto àquela caverna dedicada a Pan, um falso deus, ouvindo o Senhor perguntar: “E vocês? Quem dizem que Eu sou?”
Sei que Ele é o Cristo, o Filho do Deus vivo. Meu Senhor e Salvador. Meu dono. O Amado da minha alma. Aquele a quem seguirei. Todos os dias. Sempre. Para sempre.
Isso me faz lembrar que nessa mesma região, Tito, no ano 70 d.C, após destruir Jerusalém, levou vários judeus ali e os massacrou, em espetáculos de jogos. Olho ao longo da história. Quantos foram martirizados porque reconheceram verdadeiramente quem Jesus é! Pedro foi um desses. Praticamente todos Seus apóstolos. E tantos outros. Inclusive hoje, longe de nossas confortáveis casas, muitos morrem por responder a essa pergunta como Pedro respondeu.
Quando temos a revelação de Sua identidade, como Pedro teve, não há como O negarmos.
Estou disposta a responder, mesmo em meio às lutas e tribulações? Mesmo diante da morte, se essa pergunta me for feita?
Eu quero conhecer Jesus, como Ele é, a cada dia. E você?
https://www.youtube.com/watch?v=rBVjbjGVVjo
Jesus ordenou que os discípulos não contassem a ninguém que era o Cristo. Ainda não era a hora.
Então, começa a explicar-lhes a necessidade de ir a Jerusalém, sofrer nas mãos dos líderes religiosos, dos chefes dos sacerdotes e mestres da lei, até ser morto e ressuscitar ao terceiro dia.
Após terem a revelação de quem o Senhor Jesus é, Ele passa a dizer o que irá acontecer. É sempre assim. Um passo após o outro. Uma revelação após outra. Como as águas de Ezequiel, que iam ficando cada vez mais fundas à medida que ele prosseguia (Ezequiel 47).
http://www.espalhandoasemente.com/2019/09/ezequiel-461-4835.html
Pedro, que anteriormente havia tido uma revelação do Pai, agora se deixa ser usado pelo inimigo de nossas almas. Chama Jesus de lado e começa a repreendê-Lo por dizer aquilo. O Senhor nem pestaneja. Simplesmente o repreende. Está pensando nas coisas terrenas e não nas celestiais. Pensando apenas do ponto de vista humano. Não da perspectiva de Deus.
Temos tido a revelação do Pai de quem Jesus é e, baseados nessa revelação temos deixado que edifique Sua igreja em nós e através de nós? Ou temos sido pedra de tropeço, pensando no que é humano e não no que é de Deus? http://www.espalhandoasemente.com/2017/12/que-tipo-de-pedra-temos-sido.html
Todos os dias precisamos fazer essa escolha. À semelhança de Jesus, por sermos Seus seguidores, somos pedras. Somos pedra que pode ser usada para edificação ou para tropeço. O que tenho sido? E você? Já reparou que essa pergunta sempre está diante de nós? Joio ou trigo? Árvore que produz bons frutos ou maus? Terra boa ou má? Andar por fé ou vista? Crer ou duvidar? Pedra de sustentação ou pedra de tropeço? http://www.espalhandoasemente.com/2017/11/somos-joio-ou-trigo.html
http://www.espalhandoasemente.com/2016/03/que-tipo-de-arvores-somos.html
http://www.espalhandoasemente.com/2017/11/espalhando-semente.html
http://www.espalhandoasemente.com/2015/12/jairo-aquele-que-ilumina.html
http://www.espalhandoasemente.com/2017/11/a-ordem-e-nao-temas.html
Jesus continua falando. Cada vez mais sério. Se quisermos acompanhá-Lo, precisamos negar a nós mesmos, tomar nossa cruz e segui-Lo. Será que temos essa disposição? Negar a si mesmo envolve muita coisa. Colocar o Senhor e Sua vontade antes da nossa não é fácil. Nossa natureza é normalmente egoísta.
Fala que se alguém quiser salva sua vida, a perderá, mas quem perder sua vida por Sua causa, a encontrará. Posso dizer que essa verdade tem acontecido em minha vida. “Não estou dizendo que já obtive tudo isso, que já alcancei a perfeição. Mas prossigo a fim de conquistar essa perfeição para a qual Cristo Jesus me conquistou. Não, irmãos, não a alcancei, mas concentro todos os meus esforços nisto: esquecendo-me do passado e olhando para o que está diante de mim, prossigo para o final da corrida, a fim de receber o prêmio celestial para o qual Deus nos chama em Cristo Jesus” (Filipenses 3.12).
Não existe nada melhor do que encontrar nossa vida em Jesus. Descobrir quem Ele é e quem somos.
Continua dizendo que não adianta o homem ganhar o mundo inteiro e perder sua alma. Daríamos qualquer coisa em troca dela. É o que temos de mais importante.
Nossa alma é eterna. Devemos então, focar nosso desejo, nossos projetos e nossa vida no que é eterno. Seguir ao Senhor, tomando nossa cruz, a cada dia. Não dia sim, dia não, ou apenas em um dia da semana, para aplacar nossa consciência. Todos os dias. Segui-Lo. Negando nossa vontade, muitas vezes, para obedecê-Lo.
Quando era adolescente, li um livro, “Em seus passos, o que faria Jesus”?. Até hoje, anos depois, quando tenho qualquer dúvida, penso nessa pergunta. “O que Jesus faria? Como Ele agiria? O que Ele responderia? Ele responderia? Ele perdoaria? Ele"... Precisamos viver assim para seguirmos o Senhor, para acompanhá-Lo, caso contrário ficaremos para trás e, quando abrirmos nossos olhos, já estará bem distante de nós. Precisaremos correr, talvez por lugares onde o correto seria ir agachados, engatinhando, tamanho perigo. Não podemos caminhar sozinhos. Temos que acompanhá-Lo. Precisamos segui-Lo.
Ah, Ele faz uma promessa maravilhosa, digna de confiança. Virá na glória de Seu Pai, com Seus anjos. Não podemos nos envergonhar dEle agora, para que não se envergonhe de nós, quando voltar.
Ele é maravilhoso o suficiente para querermos segui-Lo a cada dia, mesmo nas dificuldades, mesmo quando não queremos nos negar ou temos dificuldade em obedecê-Lo, ainda assim, se O seguirmos, seremos recompensados. Estaremos com Ele para sempre. É muito além do que podemos imaginar.
E, acredite, não tem nada a ver com ficar sentado em uma nuvem tocando harpa, quase morrendo de tédio. O Senhor é muito mais que isso. Ele é ação, é ordem, é movimento.
Negar-se não é fácil, mas valerá a pena. Por Ele. https://www.youtube.com/watch?v=tZDKWhMfnSQ
Após ter dito essas palavras tão sérias e profundas, falou que havia alguns ali que não morreriam antes de ver o Reino de Deus vindo com grande poder. Os discípulos levaram seis dias para entender o que estava dizendo, talvez mais.
Veremos na próxima postagem.
Espero você. Até lá.

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