
Vamos continuar a percorrer o capítulo 5 de Mateus?
Jesus alertou a todos que O ouviam que não veio para abolir a Lei. Veio para cumprí-la. A Lei simplesmente não desaparece. Ela tem um propósito, até que tudo se cumpra.
O Senhor nos exorta a cumprir e ensinar a Lei, dizendo que os que assim fazem serão chamados grandes no Reino dos céus, diferente dos que desobedecem e ensinam os outros a desobediência, que serão chamados os menores no Reino dos céus. E não apenas isso, mas Ele afirma que se a nossa justiça não exceder em muito à justiça dos fariseus e mestres da Lei, que se consideravam justos, nós não entraríamos no Reino dos céus. O que Ele disse? Nossas atitudes não devem ser as "normais", as que todos fazem, elas devem ir além, demonstrando o caráter do Senhor em nossas vidas. Pelas próximas páginas que percorreremos, veremos que assim será sempre o seu ensino, ir além.
Os fariseus e mestres da Lei, infelizmente, haviam se afastados dos princípios da Lei. Normalmente faziam para serem vistos e reconhecidos pelos homens.
Em seguida, Jesus começa a citar alguns dos mandamentos abrindo o entendimento que devemos ter sobre eles.
“Não matarás”. Não significa apenas lançar mão de uma arma ou da força e tirar a vida física de alguém. Denegrir a imagem de alguém é também uma forma de matar. Devemos ter cuidado para não ferir ninguém em nossos relacionamentos. E se ferirmos, devemos imediatamente procurar a reconciliação, caso contrário sofreremos as consequências de nossos atos.
“Não adulterarás”. O Senhor não considera adultério apenas o ato levado às últimas consequências. Desejar alguém que não lhe pertence também é adultério. Porque o adultério começa no coração, antes do ato em si. Isso é tão sério que Ele nos instrui a arrancar o olho ou a mão, se estes nos fizerem pecar. Claro que não é literal. Se o desejo vir ao coração, deve ser arrancado. Mude rotinas, mude pensamentos, faça o que for preciso para que aquilo não aconteça. Tome uma atitude. Arranque aquele desejo do seu pensamento, do seu coração.
Na época de Jesus, os homens podiam dar carta de divórcio a uma mulher se ela fizesse qualquer coisa que lhe desagradasse. Até uma comida queimada podia ser caso de divórcio, mas o Senhor fez uma observação que deixou os homens perplexos: o único motivo para dar carta de divórcio a uma mulher (as mulheres não podiam dar carta aos homens), era se ela o traísse. Caso contrário, isso também se constituía em adultério.
O mandamento dizia para não jurar falsamente, mas o Senhor foi além. Não devemos jurar. Jurar para quê? Devemos ser homens e mulheres de palavra, dignos de confiança. O nosso “sim” deve ser “sim” e o nosso “não” deve ser “não”. Devemos ser íntegros e verdadeiros. O que passar disso, vem do maligno. Nossa palavra deve valer tanto quando um documento escrito e selado.
“Olho por olho e dente por dente”. Mas agora a vingança ficou para trás. Quem segue a Jesus precisa ter uma mente transformada. A ordem é amar os inimigos, orar pelos que nos perseguem. Alguém já ouviu isso? Existia até o “vingador de sangue” e agora Ele manda amar e orar pelos que “não merecem” nosso amor. Por que? Porque o Senhor faz isso. Faz chover sobre bons e maus e devemos ser como Ele. A ordem final aqui é: Sejam perfeitos, como perfeito é o Pai celestial de vocês. Ele é nosso alvo, nosso exemplo. Como anteriormente, quando disse que éramos a luz, devemos apontar para Ele. Nem mais, nem menos. E tudo, a partir do nosso coração. É de dentro para fora.
Sim, que nossos atos exceda em muito à justiça dos fariseus e mestres da lei.
Sim, que nossos atos exceda em muito à justiça dos fariseus e mestres da lei.
Amanhã, capítulo 6 de Mateus. Até lá.
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