domingo, 21 de janeiro de 2018

Dois homens. Dois destinos.

Caminhamos entre os capítulos 26 e 27 de Mateus.

Enquanto estávamos observando o Senhor sendo julgado e condenado no Sinédrio, Pedro estava sentado no pátio. Aguardava os acontecimentos. Lembre-se ainda é noite.


Uma criada aproxima-se e diz, não pergunta, diz que ele também estava com Jesus, o galileu. Ele nega. Diz que nem sabia do que ela estava falando.


Esse é o Pedro que havia dito algumas horas antes que estava disposto a morrer com o Senhor?


Ele vai em direção à porta. Outra criada o vê. Diz praticamente a mesma coisa. Novamente ele nega. Dessa vez, jura que não conhecia Jesus. Tenho vontade de chorar.


Pedro provavelmente conversava, para passar o tempo. As horas passam devagar. A alvorada está quase chegando. Os que estão ali falam que certamente ele era um deles, seu modo de falar o denuncia. Seu sotaque o denuncia.


Ele começa a se amaldiçoar e a jurar dizendo que não conhece “tal homem”. Ele, que havia dito que estava disposto a morrer pelo Senhor. Agora diz que não conhece “o tal homem”.


Imediatamente o galo canta. Olho para Pedro. Ele lembra que Jesus havia dito que antes que o galo cantasse, ele O negaria três vezes.


Não o condeno. Quem disse que eu não faria o mesmo? E você?


Não consegue mais ficar ali. Ele sai. E chora amargamente.


Não sei onde Judas estava. Mas ao amanhecer, fica sabendo que Jesus foi condenado. Vamos acompanhá-lo.


Ele está cheio de remorso. Corre até aos chefes dos sacerdotes e aos líderes religiosos, devolve as trinta moedas de prata dizendo que pecou, traiu sangue inocente.


Fico pasma com a resposta deles. “Que nos importa? A responsabilidade é sua”. Como se eles não fossem responsáveis pela condenação de um inocente.


Judas joga aquele dinheiro, sujo, no templo. Sai de lá. E enforca-se.


Continuamos ali próximo aos chefes dos sacerdotes. Quero saber o que vão fazer. Eles ajuntam as moedas. Escuto, incrédula, dizerem que é contra a lei colocar aquele dinheiro no tesouro do templo por ser preço de sangue. Tramarem a morte de um homem inocente não é contra a lei? Consegue perceber a inversão de valores? Deviam ser representantes de Deus. Representam apenas seus próprios interesses egoístas e nojentos.


Compram o campo do oleiro com aquele dinheiro. Este campo ficou conhecido como Campo de Sangue, cemitério de estrangeiros. Mais uma profecia a respeito de Jesus se cumpre.


Vamos ficar por aqui. Ainda não consigo enfrentar o julgamento do Senhor.


Quero pensar nessas lições. Sente-se comigo.


Dois homens. Um negou ao Senhor. Outro O traiu. Um chora amargamente. Mais tarde saberemos que se arrependeu. O outro tem apenas remorso. Suicida-se. 


Arrependimento nos faz mudar de atitude. Remorso, não. Para o remorso não há solução. Para o arrependimento, sim. É o que o Senhor espera de nós. Mudança de mente, mudança que transforma nossas atitudes. Que nos traz para junto dEle, para fazer Sua vontade.

Quero sondar meu coração. Tenho andado em arrependimento diante dEle? Tenho deixado minha mente ser transformada pelo Seu maravilhoso Espírito?


E aqueles homens, sacerdotes e líderes religiosos? Invertendo valores. O dinheiro de sangue não podia ser usado para o templo, mas eles podiam, a bel-prazer, condenar um inocente? Que não sejamos religiosos, que tenhamos vida em Jesus.


Amanhã prosseguimos. Vamos enfrentar o julgamento. Nosso Senhor foi levado até Pilatos.


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