domingo, 12 de agosto de 2018

Estamos imunes?

Continuamos nossa caminhada através de 2 Crônicas.

Ontem vimos a organização, doação, fidelidade, consagração e generosidade durante o reinado de Ezequias.
http://www.espalhandoasemente.com/2018/08/doacao-organizacao-fidelidade.html

Hoje, caminharemos pelas páginas do capítulo 32.

Depois de todos estes fatos históricos, e de tudo quanto Ezequias fez movido por sua fidelidade, Senaqueribe, rei da Assíria, invadiu Judá. Ele sitiou as cidades fortes com o propósito de conquistá-las.

Parece que estamos lendo outra história. Como assim? Depois de toda a fidelidade de Ezequias, o rei da Assíria invade Judá? Ele quer Jerusalém? É isso mesmo. Sim, é.

O fato de sermos fiéis não nos deixa imunes aos ataques que, muitas vezes, precisamos enfrentar.

Assim que Ezequias percebeu que Senaqueribe tinha planos para invadir Jerusalém, buscou conselho com seus príncipes, oficiais e comandantes do exército. Sua ideia era mandar fechar a passagem de água das fontes do lado de fora da cidade. Eles o ajudaram.

Assim, muitos homens foram reunidos. Fecharam todas as fontes e o riacho que atravessava a região, afinal, por que viriam os reis da Assíria e achariam água à vontade para saciar-lhes a sede? Não, isso não aconteceria.

Não vemos Ezequias se lamentando com o Senhor. Pelo contrário, estava fazendo tudo a seu alcance para enfrentar uma guerra.

Em seguida, com grande zelo e dedicação, restaurou todos os trechos quebrados do muro. Construiu torres de vigia sobre ele. Edificou outro muro do lado de fora do primeiro. Reforçou o aterro da Cidade de Davi. Mandou produzir grande quantidade de lanças e escudos. Designou oficiais de guerra para comandar o povo.

Depois, reuniu-os na praça da porta da cidade e lhes falou profundamente ao coração, animando-os a serem fortes e corajosos, a não temerem, nem se assustarem por causa do rei da Assíria, nem por causa do seu enorme exército. Quem marchava com Judá era muito maior. Com ele estava apenas um braço humano, mas com Judá estava o braço forte do Senhor, para ajudá-los e até para travar suas batalhas.

Todo o povo, naquele mesmo momento, se encheu de confiança com as palavras proferidas por Ezequias, rei de Judá.

Mais tarde, Senaqueribe, rei da Assíria, e todo seu exército movimentavam-se para sitiar a cidade de Laquis. Ele mandou oficiais a Jerusalém com uma advertência a Ezequias e a todo o povo que habitava nessas terras.

Ele perguntava em que estavam depositando a confiança, para ficarem cercados em Jerusalém. Disse que, quando Ezequias prometia que o Senhor os salvaria das mãos do rei da Assíria, estava simplesmente enganando a todos, a fim de deixá-los morrer de fome e de sede.

Perguntou se não era esse mesmo Ezequias que havia destruído os altares desse deus, ordenando a Judá e a Jerusalém que apenas diante de um único altar se prostrassem e apenas sobre ele oferecessem perfumes, queimados como incenso sagrado.

Depois fez uma pergunta com a intenção de que as pernas de todos tremessem: “Não sabeis vós o que eu e meus antepassados fizemos a todos os povos das terras?” Eles sabiam. O povo de Judá e Israel sabia. Conheciam as histórias.

Senaqueribe foi além, perguntou: “Porventura, alguma vez os deuses daquelas nações tiveram forças para livrar a sua gente das minhas mãos? Algum deles conseguiu salvar seu povo de mim?” Eles também sabiam. Nenhum deus havia salvado os povos, da Assíria.

Então, faz o ataque final. Sua pergunta: “Sendo assim, como então o deus de vocês poderá livrá-los de minhas mãos?”

Aconselhou que não se deixassem iludir por Ezequias. Que ele não os enganasse de maneira alguma. Não deviam dar crédito a Ezequias, pois nenhum deus de nação alguma, nem de reino algum, teve poder para livrar seu povo de seus exércitos nem das mãos de seus antepassados. Tampouco o deus deles conseguiria livrá-los de suas garras. Não era nem de suas mãos, era de suas garras.

Os oficiais de Senaqueribe esbravejaram ainda mais impropérios contra o Senhor e contra o rei Ezequias, seu servo.

Senaqueribe escreveu cartas, para blasfemar por escrito do Senhor Deus de Israel, e para falar contra ele, desafiando-O pois dizia que assim como os deuses dos povos das outras nações não puderam livrar seu povo de suas mãos, da mesma maneira o deus de Ezequias não livraria sua gente de suas garras.

Em seguida, todos os comandantes e servos de Senaqueribe bradaram na língua dos judeus contra o povo de Jerusalém, que estava sobre a muralha. Seu objetivo era atemorizar e desesperar. E com isso conquistar toda a cidade.

Gritaram ultrajes contra o Deus de Jerusalém da mesma forma como ridicularizavam os deuses das nações pagãs, que de fato não passam de obras produzidas pelas mãos humanas. Mas o Senhor não é comparável a esses deuses. O Senhor é Deus.

Diante dessa situação amedrontadora, Ezequias e o profeta Isaías, filho de Amóz, clamaram em oração ao Senhor. O Senhor enviou um anjo que aniquilou todos os experientes soldados, líderes e oficiais. No próprio acampamento do rei assírio. Ele “bateu em retirada” para suas terras sob profundo sentimento de derrota e vergonha.

Certo dia, ao caminhar pela nave do templo do seu deus, alguns de seus próprios filhos investiram contra ele. Assassinaram-no ao fio da espada.
http://www.espalhandoasemente.com/2017/06/quem-e-o-seu-deus.html
http://www.espalhandoasemente.com/2017/07/quem-e-o-seu-deus-parte-2.html

Assim o Senhor salvou Ezequias e toda Jerusalém das garras sanguinárias de Senaqueribe, rei da Assíria, e das mãos de todos os outros. Lhes concedeu plena paz e descanso em todas as fronteiras.
Então o povo se mobilizou. Muitos trouxeram a Jerusalém ofertas para o Senhor e presentes valiosos para homenagear Ezequias.

Desde essa guerra, vencida pelo Senhor, o rei Ezequias passou a ser muito respeitado por todas as nações.

Naquela época Ezequias ficou muito enfermo. À beira da morte. Será? Sim. Nossa fidelidade não nos deixa imune a passarmos por enfermidades. Mas ele suplicou ao Senhor, que respondeu concedendo-lhe um sinal miraculoso.

Ah não, estava tudo tão bom até aqui! Mas a próxima palavra é um todavia.

Todavia o quê?

Todavia Ezequias deixou-se dominar pelo orgulho. Não correspondeu à misericórdia com que foi agraciado. Por isso a ira do Senhor se acendeu e veio como juízo sobre ele. Igualmente sobre todo Judá e Jerusalém.

Diante disso, Ezequias se humilhou, ufa! Ele reconheceu sua atitude arrogante, assim como todo o povo de Jerusalém. Então, a ira do Senhor se aplacou e não veio sobre eles durante o reinado de Ezequias.

Teve muitas riquezas e glória em abundância. Mandou construir muitos depósitos onde guardou seus tesouros de ouro, prata, pedras preciosas, especiarias, escudos e todo tipo de objetos de grande valor.

Também proveu-se de armazéns para colheita do cereal, do vinho e do azeite. De estrebarias para toda espécie de animais e redis para os rebanhos. Edificou diversas cidades e comprou muitos rebanhos, porquanto Deus lhe concedia muitas riquezas.

Foi ele quem bloqueou o manancial superior da fonte de Giom e mandou canalizar a água para a parte oeste da Cidade de Davi. Prosperou em toda a obra que se dispôs a realizar.

Contudo, mais um “contudo”.

Quando os embaixadores dos príncipes da Babilônia lhe foram enviados para se informarem do prodígio que se dera naquela nação, o Senhor o desamparou, a fim de prová-lo e deixar transparecer tudo o que havia no mais profundo do seu coração. Sim, é isso mesmo que você leu. O Senhor deixou que Ezequias agisse conforme quisesse, para que viesse à tona o que estava em seu coração. Acontece conosco também. Precisamos saber onde realmente está nossa riqueza.
http://www.espalhandoasemente.com/2017/11/tesouro-verdadeiro.html

Todas suas realizações, inclusive seus atos de zelo e dedicação ao Senhor, estão escritos na Visão do Profeta Isaías, filho de Amoz, e na História dos Reis de Judá e Israel.

Ezequias repousou com seus antepassados. Foi sepultado na colina onde estão os túmulos dos grandes reis, descendentes de Davi.

Todo Judá e o povo de Jerusalém prestaram-lhe as mais expressivas homenagens fúnebres.

Seu filho Manassés passou a assentar-se em seu trono e reinou em seu lugar.

E agora? Como será Manassés? Seguirá os exemplos de seu pai? De seu avô? Dos reis de Israel?

Amanhã prosseguimos. Espero você.

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