Na última postagem, vimos o valor de uma herança. Mas não apenas isso, vimos o poder do arrependimento. Em qualquer homem. Mesmo no pior.
http://www.espalhandoasemente.com/2018/10/o-valor-de-uma-heranca.html
Hoje, prosseguiremos através das páginas do capítulo vinte e dois. Até o versículo dezoito.
Durante os dois anos seguintes, houve paz entre Israel e a Síria.
No terceiro ano, Josafá, rei de Judá, foi visitar Acabe, o rei de Israel.
Acabe questionou seus oficiais com relação à cidade de Ramote-Gileade. Ela pertencia a Israel, mas não fizeram nada para retomá-la da Síria. Ele perguntou a Josafá se este iria com ele à guerra. Josafá disse que sim. Que a batalha seria a mesma tanto para um como para o outro, assim como o povo e até seus cavalos.
Antes de ir, Josafá pediu a Acabe que consultasse a palavra do Senhor.
Acabe reuniu os profetas de Israel. Seus profetas. Era em um número aproximado de quatrocentos. Ele os consultou, perguntando se deveria atacar Ramote-Gileade ou não.
Os profetas responderam que sim. Que o Senhor a entregaria nas mãos do rei.
Josafá então foi mais incisivo. Perguntou a Acabe se não existia ali nenhum outro profeta, que fosse servo do Senhor, alguém por intermédio de quem pudessem conhecer a vontade do Senhor.
Acabe respondeu que sim. Havia um profeta. Mas ele o odiava. Nunca profetizava boas coisas a seu respeito. Somente desgraça.
Josafá disse que Acabe não deveria falar daquela forma. Então, o rei de Israel mandou chamar um oficial para trazer, rapidamente, Micaías, filho de Inlá, o profeta.
Os dois reis estavam na praça à entrada do portão de Samaria. Vestidos com seus trajes reais e assentados em tronos.
Todos os profetas, preocupados em servi-los, profetizavam em frente a eles. Algo parece muito errado aqui. Os profetas estavam preocupados em servir aos dois reis e não ao Senhor. Ah, quando algo assim acontece, é muito perigoso! Profetas devem servir ao Senhor. A mais ninguém.
Um dos profetas, chamado Zedequias, construiu chifres de ferro. Ele declarava a Acabe: “Assim diz o Senhor: Com estes chifres o Senhor lutará contra os sírios e os derrotará completamente!”
Todos os outros profetizavam o mesmo destino. Exclamavam: “Sobe contra Ramote-Gileade e triunfarás, porquanto o Senhor a entregará nas mãos do rei!”
Enquanto isso, o mensageiro que foi chamar Micaías lhe disse que todos os profetas estavam em unanimidade, afirmando prognósticos favoráveis ao rei. Ele sugeriu que fizesse o mesmo. Consegue imaginar?
Infelizmente muitos homens “notáveis” como vimos no capítulo anterior, obedecem ordens e sugestões de reis e oficiais, deixando a vontade do Senhor e Sua palavra de lado.
Mas não Micaías. Ele corajosamente contestou aquele oficial. Disse que tão certo quanto vivia o Senhor, jurava por seu Nome, que falaria apenas o que o Senhor lhe ordenasse.
Porém, quando chegou à presença do rei, ao ser indagado se deveriam ou não ir à guerra contra Ramote-Gileade, respondeu o que lhe havia sugerido.
O rei não ficou convencido. Será que foi a fisionomia de Micaías? Seu tom de voz? O fato é que Acabe não acreditou. Perguntou-lhe: “Quantas vezes terei que te fazer jurar que não me falarás senão a verdade em nome do Senhor?”
Então Micaías lhe declarou a verdade. Disse que viu Israel disperso por muitas colinas, como ovelhas que não tem pastor. O Senhor lhe dizia: “Estes não tem senhor; volte cada um em paz para sua casa!”
Acabe voltou-se para Josafá, dizendo: “Não te adiantei que ele não profetizaria o bem a meu respeito, mas somente o mal?”
Micaías continuou, cheio de coragem. E contou uma cena muito interessante.
Mas essa cena veremos apenas na segunda.
Vamos pensar em algumas coisas antes.
Sempre que um rei de Judá se une com um rei de Israel acontece alguma coisa. Sempre.
Será que o arrependimento de Acabe não durou muito tempo ou esses profetas, que se chamavam profetas do Senhor e que deveriam servir ao Senhor, serviam apenas ao rei, dizendo o que acreditavam que iria agradar seus ouvidos? E se for assim, que grande perigo esses profetas estão correndo e não apenas eles, mas todos que os tem ouvido. Será que acontece assim também em nossos dias?
A quem temos agradado? A quem importa agradar?
Na segunda, continuamos. Espero você. Até lá.
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