Na postagem anterior, vimos Miriã e Arão criticarem Moisés.
Miriã ficou leprosa A viagem foi atrasada uma semana.
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Continuamos nossa caminhada através das páginas do capítulo treze de Números. Até o final do capítulo quatorze.
O Senhor ordenou que doze homens, um de cada tribo, todos chefes, fossem à Canaã, fazer o reconhecimento da terra. Preste atenção: o reconhecimento.
A ordem que Moisés lhes passou era que vissem se os habitantes eram ou não fortes. Se poucos ou muitos. Se a terra era boa ou não. Se as cidades eram muradas ou em campo aberto. Se o solo era fértil ou pobre. Se a região tinha muitas árvores.
Deviam também fazer o possível para trazer algum fruto como amostra das colheitas que encontrariam.
Eles foram. Percorreram toda a terra. Levaram quarenta dias.
Voltaram trazendo um cacho de uvas que precisou ser carregado por dois homens, de tão grande.
Relataram o que viram. E mostraram o fruto da terra.
Disseram que a terra era de fato uma terra que produzia leite e mel com fartura. Prova disso era o fruto que trouxeram.
Mas, contudo, porém...
O povo que ali vivia era poderoso. As cidades grandes e fortificadas. Tinham inclusive visto os descendentes de Enaque (gigantes).
O povo começou a ficar tenso. O burburinho aumentando.
Calebe, um dos doze, líder da tribo de Judá, tentou acalmá-los. Chamou-os a partir imediatamente. Disse que, com certeza, poderiam conquistar aquela terra.
Mas os outros dez que haviam feito o reconhecimento da terra, juntamente com ele e Josué, disseram que não. Que não podiam enfrentá-los. Eram mais fortes que eles. A terra os devoraria. Eles eram enormes. Israel era como gafanhotos diante deles.
Chegaram a dizer que o povo da terra também os achava do tamanho de gafanhotos. Será que falaram isso? Ou apenas imaginavam que era assim?
E nós? Como nos imaginamos? Somos guerreiros aptos para a guerra como o Senhor disse ou gafanhotos?
Israel começou a chorar voz alta. E não parou. Foi a noite inteira aquele lamento. Cada vez mais alto.
Murmuravam que teria sido melhor morrer no Egito ou até mesmo naquele deserto. Por que o Senhor os levou ali para morrerem em combate?
Pior. Sabe quem está falando assim? Os seiscentos mil guerreiros, aptos para a guerra. Sim. Eles estão dizendo que suas mulheres ficarão viúvas, suas crianças órfãs e levadas como prisioneiras de guerra.
De repente, disseram uns aos outros que deveriam levantar um líder para levá-los de volta ao Egito.
Que disparate! Mas será que às vezes agimos assim também? Desejando voltar à escravidão? Ela é mais fácil. Basta "deixar a vida levar".
Moisés e Arão se curvaram com o rosto em terra. Calebe e Josué rasgaram suas vestes. Estes dois disseram que a terra era muito boa. Se o Senhor se agradasse deles, Ele os levaria em segurança para dar-lhes a terra. Que não se rebelassem contra o Senhor. Que não tivessem medo daqueles povos. Eles estavam indefesos, não tinham ninguém que lutasse por eles. O Senhor estava com Israel. E lhes daria a vitória. Não deviam ter medo.
O acampamento todo começou a falar em apedrejar Josué e Calebe. Apedrejar!
Os outros dez, que os desanimaram é que deveriam ser apedrejados. Mas queriam apedrejar quem estava confirmando a palavra que o Senhor havia dito.
Então, a presença do Senhor apareceu na tenda do encontro. Diante de todo o povo.
O Senhor perguntou a Moisés até O tratariam com desprezo. Será que nunca aprenderiam a confiar nEle, mesmo depois de tudo que viram?
Que o Senhor nunca nos fale assim. Que sejamos ensináveis.
O Senhor disse que os deserdaria. Como se deserda um filho. Deserdaria com uma praga. E faria de Moisés uma grande nação.
Fazia pouco tempo que Moisés clamara ao Senhor que estava cansado daquele povo. Era uma ótima hora para se ver livre deles. http://www.espalhandoasemente.com/2019/02/numeros-111-35.html
Mas não. Moisés era um intercessor. E clamou ao Senhor. Como ficaria Seu nome diante do Egito? Eles haviam testemunhado tudo que o Senhor fez. E as próprias nações em volta sabiam da fama do Senhor. Sabiam que aquele povo era o povo do Senhor. Que o Senhor falava com eles. Acompanhava-os. Guiava-os.
Se o Senhor os exterminasse, diriam que o Senhor não foi capaz de levá-los à terra que havia prometido e os matara no deserto.
É lindo quando Moisés fala: “Por favor, Senhor, mostra que o Teu poder é grande”... (Números 14.17a)
Moisés lembra que o Senhor havia dito que era lento para se irar, cheio de amor e perdão. Embora não absolvesse o culpado. E trouxesse a consequência do pecado dos pais sobre os filhos até à terceira e quarta geração.
Moisés clama que o Senhor perdoe Seu povo. Como havia feito desde que saíram do Egito.
O Senhor respondeu que os perdoaria, como Moisés havia pedido. Mas...
Tão certo como o Senhor vive e que a terra está cheia da Sua glória, nenhum deles entraria na terra.
Toda aquela geração, de vinte anos para cima, que foi contada no censo, morreria. Com duas exceções, Josué e Calebe. Porque tiveram uma atitude diferente dos demais.
Precisamos ter cuidado com nossas atitudes. Agir como todos agem talvez seja perigoso. Mortal.
A partir deste momento, o destino daquele povo que saiu do Egito para conquistar a terra que o Senhor havia prometido a Abraão, Isaque e Jacó, mudou.
Dariam meia volta. Iriam em direção ao Mar Vermelho.
O pecado nos faz retroceder. Aqui não houve solução. "Pois o salário do pecado é a morte" (Romanos 6.23a).
O Senhor falou que todos cairiam mortos no deserto. E os filhos deles, que eles haviam dito que ficariam órfãos, seriam os conquistadores da terra. Entrariam nela em segurança. O Senhor faria isso.
Mas, antes de entrar, viveriam como pastores, andando sem rumo, durante quarenta anos, até que toda aquela geração morresse. Sofreriam as consequências do pecado de seus pais, até que o último deles morresse. No deserto.
Iam aprender, a duras penas, o resultado de se opor ao Senhor.
Os homens que haviam sido enviados para reconhecer a terra morreram repentinamente de uma praga. Apenas Josué e Calebe sobreviveram.
Depois de ouvirem as palavras do Senhor, o povo ficou triste.
No dia seguinte, levantaram-se cedo e subiram em direção ao alto dos montes. Disseram que reconheceram seu pecado e agora estavam prontos para entrar na terra que o Senhor prometeu.
Enganaram-se. Não estavam prontos. O Senhor havia dado Sua sentença. Não entrariam mais. Agora, sofreriam a consequência de suas escolhas. Colheriam o que plantaram.
Moisés perguntou porque estavam novamente desobedecendo ao Senhor. O Senhor não iria com eles. Seriam vencidos pelos habitantes da terra. Ainda assim, teimaram, e arrogantemente seguiram adiante.
Moisés e a arca do Senhor ficaram no acampamento. Eles foram.
Como Moisés disse, foram derrotados e tiveram que fugir.
Que o Senhor tenha misericórdia de nós. Que aprendamos a crer. A não duvidar. A não murmurar. A não desobedecer.
Que jamais saiamos sem a presença do Senhor. Sem Ele não podemos vencer.
Amanhã continuamos. Leremos do capítulo quinze ao dezessete.
Espero você. Até lá.
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