terça-feira, 26 de março de 2019

2 Samuel 15.1-37

Leitura do dia 26/03.

Continuamos nossa caminhada pelo livro de 2 Samuel.

Nas postagens anteriores, vimos Davi errar o alvo e cair. Não cumpriu "a agenda". Cobiçou. Adulterou. Enganou. Assassinou.
http://www.espalhandoasemente.com/2019/03/2-samuel-111-27.html

Natã corajosamente o repreende. Ele se arrepende. E confessa sua culpa. Havia dado a si mesmo uma sentença, de morte. Mas o Senhor o perdoou. Ainda assim, seu filho morre.
http://www.espalhandoasemente.com/2019/03/2-samuel-121-31.html

Também vimos a desgraça de Tamar. A omissão de Davi. O ódio profundo em Absalão. Sua vingança. Sua fuga. Sua volta a Jerusalém. Seu afastamento de Davi. E a tentativa de reconciliação entre os dois. http://www.espalhandoasemente.com/2019/03/2-samuel-131-22.html;
http://www.espalhandoasemente.com/2019/03/2-samuel-1323-1433.html

Agora, caminharemos pelas páginas dos capítulos quinze a dezessete.

Na primeira postagem o capítulo quinze.

Mas, ainda no capítulo quatorze, vimos Absalão pedir a Davi para matá-lo, já que não podia vê-lo. Se seu pai acreditava que havia culpa nele, que o matasse.

A Lei dizia que se um homem forçasse uma mulher a se deitar com ele, devia ser castigado. Davi se omitiu. Era seu filho. Seu filho primogênito. Absalão se ressentiu. Sua irmã foi violada. Ela, que devia ter sido acolhida e protegida por seu pai, foi morar com ele. Ele, com certeza, presenciou sua irmã morrendo a cada dia. Totalmente desolada. E não perdoou.

Seu pai devia ser seu herói. Sua omissão fez com que agisse em vingança. E continuou com o coração cheio de amargura. Viu o pai apenas depois que pediu que o matasse. Não houve reconciliação. No encontro, prostrou-se diante do rei. Não do pai. E o rei o beijou.

Não se abraçaram. Não choraram. Não compartilharam nenhuma dor. Não houve pedidos de perdão. Nada. E a raiz de amargura que penetrara em Absalão foi crescendo.

Um tempo depois de ter se encontrado com o rei, que não fizera justiça à sua irmã, filha do rei, Absalão comprou uma carruagem. Contratou cinquenta guardas. Sim. Cinquenta. Era sua guarda de honra. Para quê?

Para completar sua vingança. Para lançar sua flecha de amargura. Ainda não estava satisfeito.

A amargura é assim. Não se satisfaz com pouco. Quer sugar tudo que puder.

Todos os dias Absalão levantava cedo. Ia à porta da cidade. Ficava lá. Observando. Quando alguém apresentava uma causa para ser julgada pelo rei, ele perguntava de que cidade era aquela pessoa.

Olhe para Absalão. É o homem mais bonito de Israel. Perfeito da cabeça aos pés. Com uma carruagem. E cinquenta guardas de honra. Como não se impressionar? Como não ouví-lo?

Quando a pessoa dizia a cidade de onde era, Absalão falava que a causa que apresentara era justa e legítima. Mas o rei não tinha ninguém para ouví-la. Acrescentava que se fosse juiz, todas as causas seriam julgadas. Com justiça.

A pessoa não ia atrás do rei. “Seu representante” estava ali. E a "injustiça" de Davi ia se propagando.

Além disso, toda pessoa que tentava prostrar-se diante dele, cumprimentando-o, era impedida. Absalão tomava-a pela mão e a beijava.

Fazia isso com todos que iam ao rei procurar por justiça. Dessa maneira ardilosa, "cheia de charme", foi ganhando o coração de todos em Israel.

Não acredito na possibilidade de Davi não saber o que acontecia. Dia após dia. Durante anos! Não. Mais uma vez ele se omite. Tudo que leremos nos próximos capítulos podia, quem sabe, ser diferente, se ele tivesse se reconciliado verdadeiramente com seu filho. Ou, se antes, tivesse resolvido o caso de Amnon.

Passados quatro anos Absalão pediu ao rei para ir a Hebrom oferecer um sacrifício. Havia prometido que faria um. Se voltasse para casa.

Pelo que tudo indica, Absalão havia voltado seis anos antes. Só agora resolve cumprir seu voto?

Davi não percebeu. Assim como não percebeu a intenção de Amnon com Tamar. Nem a intenção de Absalão com Amnon.

Ah, como é triste ver um homem tão maravilhoso em tantos aspectos, ser tão displicente neste! Se fosse em nossos dias, eu pensaria que estava distraído assistindo algum filme, ou jogo. Ou no celular.

Que o Senhor tenha misericórdia de nós. Que não sejamos alheios a nossos filhos. Que prestemos atenção neles. Corrigindo. Socorrendo. Amando através de ações.

Davi permite que Absalão vá a Hebrom cumprir seu voto. Ele vai. Leva duzentos convidados. De lá, envia em segredo, mensageiros por todas as tribos de Israel. Sua mensagem falava para gritarem que Absalão foi coroado rei em Hebrom, assim que ouvissem as trombetas. Seus convidados não sabiam de nada.

Absalão convida Aitofel, conselheiro de Davi, a juntar-se a ele. Em pouco tempo, muitos se uniram. E a conspiração foi se avolumando.

Logo um mensageiro chegou em Jerusalém. Davi foi informado que Israel se unira a Absalão.

Imediatamente tomou a decisão de fugir. Antes que Absalão chegasse e matasse todos os habitantes de Jerusalém. Seus conselheiros o apoiam. Ele e sua família deixam a cidade. Muitos o acompanham.

Davi ordenou que dez concubinas ficassem, para cuidar do palácio.

Eles fogem a pé. Param na última casa da cidade. Os soldados do rei passariam à frente. Sua guarda pessoal estava com ele. Além de seiscentos homens de Gate.

O comandante desses homens era Itai. Davi fala que volte. Que fique em segurança. Era um estrangeiro em exílio. Não precisava acompanhá-lo. Davi não sabia nem para onde ia. Que ficassem em paz, ele e seus parentes e que a bondade e a fidelidade o acompanhassem.

Mas Itai disse ao rei que o seguiria. Para o bem ou para o mal. E assim fizeram.

Por onde Davi e sua “comitiva” passavam, as pessoas choraram em voz alta.

Zadoque e todos os levitas foram atrás de Davi. Carregando a arca da aliança. Enquanto o povo saía da cidade, colocaram a arca no chão e Abiatar oferecia sacrifícios.

Quando todos que acompanhavam Davi saíram da cidade, ele ordenou que voltassem. Ficassem em Jerusalém. Se o Senhor se agradasse dele, voltaria a ver a arca. Em seu lugar. Segura.

Além disso, estando em Jerusalém, Aimaás e Jônatas, filhos de Zadoque e Abiatar, respectivamente, podiam lhe dar notícias de Absalão.

Eles voltam. Davi prossegue. Sobe ao Monte das Oliveiras. Andando e chorando. Sua cabeça está coberta. Seus pés descalços. Todos que estão com ele também têm a cabeça coberta.

Então, Davi foi informado de que seu conselheiro, Aitofel, estava com Absalão. Ele ora. Pede que o Senhor confunda os conselhos de Aitofel. Ele era um excelente conselheiro.

Quando Davi chega ao alto do monte, onde o povo costumava adorar, Husai, seu amigo o espera. Rasgara suas roupas e colocara terra em sua cabeça.

Davi pede que Husai fique. Que se ofereça como conselheiro de Absalão. Assim, quem sabe, consiga confundir os conselhos de Aitofel. E avisar Davi através de Aimaás e Jônatas.

Husai aceita a perigosa missão. Volta a Jerusalém. Chega na mesma hora em que Absalão está entrando na cidade.

Reparou que desde que Davi desprezou os mandamentos do Senhor, cada capítulo tem sido escrito com sangue, lágrimas, dor, tristeza e desespero? Pois é. Mais um. E essa história ainda não terminou.

Continuamos na próxima postagem.

Espero você. Até já.

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