quarta-feira, 3 de abril de 2019

2 Reis 2.1-18

Leitura do dia 05/04.

Na última postagem vimos que, mesmo ocupando uma alta patente no exército real, um capitão teve a coragem de se ajoelhar e por tal atitude, sua vida e a vida do seu pelotão, foram poupadas.
http://www.espalhandoasemente.com/2019/04/2-reis-19-18.html

Agora, caminharemos através das páginas do capítulo dois. Do versículo um ao dezoito.

O texto não fala como ficaram sabendo, mas os discípulos dos profetas, assim como Eliseu, sabiam que Elias seria levado aos céus, sem passar pela morte.

Lembra de Eliseu? Trabalhava com uma junta de boi arando a terra e o Senhor ordenou que Elias o ungisse profeta em seu lugar. http://www.espalhandoasemente.com/2019/04/1-reis-191-21.htmlhttp://www.espalhandoasemente.com/2016/04/eliseu-e-seu-chamado.html

Isso não aconteceu de uma hora para a outra. Não acontece. Para alguém se tornar um profeta, leva tempo. Tempo de renúncia. De oração. De comunhão com o Senhor. De humildade. De separação. Lembra de João, o Batista? http://www.espalhandoasemente.com/2017/11/joao-o-batista.html

Mas agora, finalmente, parece que chegou a hora de Eliseu passar a protagonista de história, não apenas o servo de Elias. http://www.espalhandoasemente.com/2016/04/andando-na-presenca-de-deus.html

Estavam ambos em Gilgal. No meio do caminho, Elias ordenou que Eliseu ficasse ali enquanto ia a Betel, pois o Senhor o havia enviado até aquela cidade. Eliseu não concordou. Respondeu que tão certo como o Senhor vive e como Elias vivia, não ficaria longe de Elias. Ia junto.

E foram. Chegando em Betel, os discípulos dos profetas, quando viram Eliseu, foram falar com ele. Sabiam até que seria aquele dia que o Senhor levaria Elias para os céus. Perguntaram a Eliseu se também sabia. Ele respondeu que sabia e ordenou que se calassem.

Depois Elias lhe ordenou que ficasse em Betel, pois o Senhor o estava enviando a Jericó. A decisão de Eliseu era tão forte, que jurou pelo nome do Senhor e pela vida de Elias que não se separaria dele.

O que Eliseu está querendo? Quer estar junto, para presenciar o que o Senhor fará com Elias? Sabe que chegou o dia? Está pronto?

Os dois foram juntos a Jericó. Quando chegaram lá, os irmãos, seguidores dos profetas, perguntaram a Eliseu se ele sabia que naquele dia o Senhor levaria seu mestre para os céus, por sobre a cabeça de Eliseu. Ele sabia. E pediu que não tocassem mais neste assunto. Esses homens sabiam até como seria!

O que será que passava pela cabeça de Eliseu? Ah, como é difícil nos separarmos de nossos mestres, nossos líderes e das pessoas que exercem autoridade sobre nós. Ele não ia se afastar de Elias, sabia que o dia havia chegado, mas não queria que tocassem no assunto.

Elias novamente ordenou que Eliseu ficasse ali. Iria até o rio Jordão. O Senhor o estava enviando.

Novamente Eliseu contestou. Disse que como era certo que o Senhor vive e que a alma de Elias vivia, não o deixaria seguir só. Então, foram juntos ao Jordão.

Cinquenta discípulos dos profetas também foram. Todos queriam saber o que aconteceria. Ficaram observando à distância, quando Elias e Eliseu pararam às margens do rio Jordão.

Elias tomou seu manto, dobrou-o e bateu com ele nas águas. Sim, isso mesmo, bateu seu manto (ou sua capa), nas águas. Imediatamente elas se dividiram. Os dois atravessaram sobre terra seca. Nenhum dos dois se molhou. Simples assim.

Logo que atravessaram o Jordão, Elias falou para Eliseu que pedisse o que quisesse que lhe fizesse. Antes que fosse levado.

Eliseu não foi pego de surpresa. Não precisou “inventar” um pedido “à queima roupa”. Não. Ele sabia o que aconteceria. E estava ao lado de Elias. Esperava ansiosamente que lhe fosse feita aquela pergunta. Estava pronto para a resposta. Sabia o que queria.

Eliseu respondeu que queria, como herança, porção dobrada do seu poder espiritual. Uau! Será que teríamos essa coragem?

Precisamos lembrar que toda unção, todo poder, toda herança, carrega responsabilidades. Eliseu queria mais responsabilidades que Elias. Queria influenciar mais que Elias. Quanta ousadia! Sabia o que Elias havia passado. Todos os riscos de vida. Provações. Mas era o que queria. Por isso estava ao seu lado, aprendendo e servindo. De prontidão.

Lembre-se também que, quanto maior a unção, maior a responsabilidade. Maior a renúncia.

Elias respondeu que seu pedido era muito difícil. Se Eliseu o visse sendo levado, seu pedido seria atendido. Se não visse seu arrebatamento, não seria.

Continuaram caminhando e conversando. De repente, um carro de fogo, puxado por cavalos em chamas, separou-os um do outro. Elias subiu aos céus, num redemoinho.

Assim que viu tudo isso acontecendo, Eliseu gritou: “Aba, meu mestre! Meu pai! Tu foste com os carros de guerra e os cavaleiros de Israel!”

Eliseu ficou olhando. Que visão era aquela! Quando já não podia mais segui-lo com os olhos, tomou suas próprias vestes e as rasgou ao meio. Em seguida pegou o manto de Elias, que tinha caído, voltou e parou às margens do Jordão.

Tomou o manto de Elias, bateu com ele nas águas, e perguntou onde estava o Senhor, o Deus de Elias. Na mesma hora as águas se separaram em duas partes. Eliseu passou sobre terra seca. Foi até o outro lado do rio.

Os discípulos dos profetas de Jericó observavam tudo à distância. Quando viram o que acontecera, exclamaram, com convicção que o poder espiritual de Elias agora repousava sobre Eliseu.

Foram até ele e inclinaram-se com o rosto rente ao chão. Disseram-lhe que havia cinquenta homens guerreiros entre eles, seus servos. Pediram que os deixassem ir atrás de Elias, seu senhor, afinal, podia ser que o Espírito do Senhor o tivesse levado e deixado sobre algum monte ou algum vale.

Elias lhes ordenou que não mandassem ninguém procurá-lo. Sabia que o Senhor o havia levado. Definitivamente.

Eles o importunaram até aborrecê-lo. Consentiu que fossem. Mandaram cinquenta valentes, que o procuraram por três dias sem encontrá-lo. Voltaram a Jericó, onde Eliseu havia permanecido. Ele os admoestou, lembrando que havia dito para não irem.

Que aprendamos a nos calar como Eliseu e aguardar os acontecimentos, quando assim o Senhor nos orientar.

Que saibamos o que desejamos, para responder como Eliseu, no momento oportuno. Ainda que o preço seja alto.

Que saibamos perseverar, sendo servos, sendo muitas vezes invisíveis aos olhos humanos, como Eliseu. Um dia chegará a vez de sermos os protagonistas. E precisamos estar prontos.

Que saibamos agir quando chegar a hora de estarmos à frente, de sermos os protagonistas. O profeta e não mais "apenas" o "servo de Elias".

Será que o autor de Reis ainda falará de Eliseu? Ele realmente recebeu a herança que pediu?

Continuamos na próxima postagem.

Espero você. Até já.

Texto semelhante:
http://www.espalhandoasemente.com/2018/10/e-hoje-voce-esta-pronto.html

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